Bolsa Família chega mais cedo para moradores das cidades mais afetadas pela chuva no Rio

As mais de 220 mil famílias de Niterói, São Gonçalo e do Rio de Janeiro cadastradas no programa Bolsa Família poderão receber o benefício na próxima sexta-feira (16) nas agências da Caixa Econômica Federal onde fazem seus saques mensais.

A antecipação de uma semana no pagamento foi anunciada pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, que visitou hoje (12) algumas áreas prejudicadas pelos temporais que atingiram a região nos últimos dias. A ministra esteve inclusive no Morro do Bumba, em Niterói, onde um deslizamento soterrou dezenas de casas na semana passada, provocando a morte de 37 pessoas. Cerca de 50 ainda estão desaparecidas.

A cobertura do Bolsa Família abrange 165 mil famílias no Rio, ao custo de R$ 14,9 milhões, 42 mil em São Gonçalo, no total de R$ 3,6 milhões, e 13,3 mil em Niterói, com R$ 1,2 milhão. Os benefícios variam entre R$ 20 e R$ 200.

Márcia Lopes anunciou também para os próximos dias o começo da distribuição entre os desabrigados de 650 toneladas de grãos e farináceos doados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O feijão já está nos armazéns da empresa no Rio, o leite e a farinha de mandioca vêm de São Paulo, o arroz, do Rio Grande do Sul e o açúcar, de Pernambuco.

Outras ações emergenciais anunciadas na semana passada ainda dependem de medidas burocráticas, como a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) até o valor máximo de R$ 4.600 para trabalhadores vítimas das chuvas. A proposta do ministro do Trabalho, Carlos Luppi, deve ser aprovada na reunião semanal do Conselho Curador do FGTS.

A prefeituras de Niterói informou que já está cadastrando as vítimas de desabamentos e deslizamentos, em mais de 50 postos instalados nas áreas atingidas, regiões administrativas e em escolas da rede pública. A prefeitura de São Gonçalo aguarda instruções do ministério e a do Rio de Janeiro informou que os beneficiados irão diretamente à Caixa Econômica.

Já o programa Pró-Moradia Emergencial, também proposto por Luppi, deverá destinar R$ 1 bilhão do FGTS para uma linha de crédito especial de financiamento da casa própria a ser gerida pelos municípios em estado de emergência ou calamidade, com prazo de pagamento de 30 anos e juros de 3% ao ano.

Fonte: UOL

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