Boteco da Diversidade retorna à Comedoria do Sesc Pompeia e traz como tema a Afrodiáspora

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Em seu retorno ao formato presencial, o projeto reúne diversas atrações artísticas e ativistas para refletir sobre o diverso repertório cultural e simbólico oriundo dos povos africanos que chegaram no Brasil e em todo o continente americano

No próximo sábado, dia 30 de abril, às 20h30, acontece o Boteco da Diversidade, em formato presencial, na Comedoria do Sesc Pompeia. Com o tema “Afrodiáspora”, a atividade traz ao palco atrações artísticas e falas de ativistas que rememoram o processo de travessia forçada de povos africanos ao Brasil no período da escravidão e, ao mesmo tempo, celebram a pluralidade das manifestações culturais  e simbólicas oriundas desses povos, que se tornaram parte essencial da cultura brasileira.

Participam desta edição: Adriana Aragão, Beth Beli, Coletivo AMEM, Girlei Miranda, Leda Maria Martins, Mafalda Pequenino, Mãe Dora de Oyá, O Bonde, Symone Tobias, Tadeu Kaçula e Vânia Oliveira. A direção é de Aysha Nascimento e o videocenário, de Lilian Solá Santiago.

Programação regular do Sesc Pompeia desde 2017, o Boteco da Diversidade tem como objetivo debater e ampliar a visibilidade política e artística de ações e assuntos ligados aos temas da diversidade cultural e da defesa dos direitos humanos, por meio de experimentos cênicos.

Esta edição do Boteco da Diversidade se insere ainda no projeto “Dossiê da Diáspora: Presença e Resistência Negra no Mundo”, do Sesc Pompeia, a partir do qual são propostas atividades em diversas frentes de programação, todas com o olhar voltado para a diáspora africana e suas ramificações nas ciências, na cultura e nas artes ao redor do mundo.

Durante o período de isolamento social, o Boteco se adaptou ao ambiente virtual.  A playlist das 12 edições virtuais do Boteco da Diversidade está disponível em http://bit.ly/playlist-boteco


Mini bio dos participantes

Adriana Aragão

Percussionista, vocalista, compositora, arranjadora e pesquisadora da cultura do Candomblé há 30 anos. Em 2004, fundou o Bloco Afro Ilú Obá De Min junto com Beth Beli e Girlei Miranda. Ministra cursos e oficinas de Dança dos Orixás, Ritmos dos Orixás (percussão), afro-brasileiros e populares (percussão) e Canto dos Orixás.

Possui graduação em Musicoterapia pela Faculdade Paulista De Artes e pós-graduação em Ciência da Religião pela PUC-SP. Integra a Cia. Brasileira de Mystérios e Novidades e a Cia. São Jorge e variedades, e os blocos Agora Vai, Queen Magia e Samboryê.

Aysha Nascimento (direção)

Atriz, dançarina, professora e diretora de Teatro, formada pela Escola Livre de Teatro de Santo André (2007) e licenciada e bacharelada em Dança pela Universidade Anhembi Morumbi (2018). Integrante fundadora da Cia. Dos Inventivos (2005), de teatro de rua. Integrante fundadora do Coletivo Negro, grupo de teatro negro da cidade de São Paulo. Integra como intérprete criadora desde 2016 a Cia Sansacroma, de dança negra contemporânea. Integra como intérprete-criadora o Núcleo Ajeum.

Beth Beli

Graduada em Ciências Sociais, é fundadora, presidenta, regente e diretora musical do Bloco Afro Ilú Obá De Min. Professora de percussão dos ritmos dos Orixás e Malinkes e arte-educadora na Instituição Arte Despertar, Fundação Casa e em hospitais. É integrante da Grande Companhia de Mysterios e Novidades. Assinou a trilha sonora do filme Pitanga, ao lado de Rica Amabis, tendo sido indicada para o Grande Prêmio de Cinema Brasileiro em 2018. Protagonista do curta metragem Beth Beli Maestra (2020), dirigido por Beto Brant. Diretoria musical da peça De Mãos Dadas com Minha irmã Cia Os Crespo. Direção e participação com Ilu Obá De Min no CD Deus é Mulher, de Elza Soares.

Coletivo AMEM

Conhecido pela Festa AMEM e seus projetos em conexão com as comunidades Ballroom, Hip Hop, Funk, Samba, Dancehall e outras linguagens afro urbanas, o coletivo multidisciplinar formado por artistas pretes LGBTQIAP+ vem, desde 2016, construindo espaços de acolhimento, articulação e criação ascendendo debates sobre raça, classe, gênero, sexualidades, saúde coletiva e vivências PositHIVas.

Girlei Miranda

Com mais de 30 anos de carreira dedicada à pesquisa rítmica dos tambores, é percussionista, compositora e cantora popular. Diretora musical premiada com APCA e Coca-Cola Fensa em sua trajetória no grupo As Meninas do Conto. Com a Grande Cia. de Mysterios e Novidades, representou o Brasil em festivais internacionais de Teatro de Rua. É uma das fundadoras do Bloco Afro Ilú Obá de Min e atualmente integra a Cia. Trupe Liuds, onde estuda e desenvolve a comicidade negra e integra o corpo de artistas formadores na Escola Livre de Teatro de Santo André.

Lilian Solá Santiago (videocenário)

Documentarista, Roteirista e Professora de Cinema. É autora de mais de uma dezena de filmes premiados no Brasil e no exterior. Ganhadora do Prêmio Willian Greaves Fund 2021. Integra o Grupo de Pesquisa LabArteMídia da Universidade de São Paulo (USP), onde é doutoranda em Meios e Processos Audiovisuais na Escola de Comunicação e Artes (ECA/USP). Atualmente, é coordenadora do Curso de Cinema do CEUNSP (Salto/SP).

Leda Maria Martins

Poeta, ensaísta, dramaturga e professora. Doutora em Letras/ Literatura Comparada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Mestre em Artes pela Indiana University, com pós-doutorado em Performances Studies pela New York University, Tisch School of the Arts, e em Performance e Ritos pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atua nas áreas de artes cênicas, literatura comparada, performances e estudos culturais. Publicou vários livros, capítulos e ensaios no Brasil e no exterior.

Mafalda Pequenino (Mestre de Cerimônias)

Atriz, diretora e pernalta, respirando possibilidades variadas de conexões e resistindo de forma poética. Integra a “Grande Cia Brasileira de Mystérios e Novidades” com linguagem de circo dramático e Teatro de Rua; coreógrafa e diretora artística do nipe Pernaltas do Orun do grupo afro “Ilú Obá de Min” Educação Cultura e Arte Negra; diretora do Núcleo “Catappum” de Palhaçaria Preta, e apresentadora do programa infantil “Quintal da Cultura”, exibido na TV Cultura.

Mãe Dora de Oyá

Nascida em Riachão das Neves (BA) e residente no Distrito Federal desde 1970, é Ialorixá do Ilê Axé T’ojú Labá (DF). Diretora Geral do Afoxé Ogum Pá, idealizadora e coordenadora geral do projeto ABC Musical. Coordenadora Regional do DF do Grupo Mulheres de Axé do Brasil (MAB) e noviça da Irmandade da Boa Morte de Cachoeira (BA). Mestra em saberes tradicionais pelo INCTI/Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB). Ativista em prol dos direitos humanos e da luta antirracista.

O Bonde

Fundado em 2017, é um grupo de teatro negro que tem como pesquisa de linguagem a palavra e a narratividade como ferramenta de acesso, denúncia e ampliação de discussões afrodiaspóricas, numa constante investigação sobre o corpo negro periférico e a construção de um imaginário antirracista. Tem em seu repertório espetáculos premiados e reverenciados na cena teatral da cidade de São Paulo.

Symone Tobias

Nascida no berço do Samba de São Paulo, na Escola de Samba Mocidade Camisa Verde e Branco, participou do seu primeiro desfile em 1970. Participou como Passista, Chefe de Ala, Diretora e foi Presidente da até 2006. Compôs seu primeiro samba (Samba Exaltação) em 2004, em parceria com Celsinho Mody, Xande, MuMu e Luciano. A partir daí, fez parte da Sala de Compositores das agremiações: TUP, Só Vou Se Você For, Pérola Negra e Morro da Casa Verde. No carnaval de 2019, foi agraciada como madrinha do Bloco Agora Vai.

Tadeu Augusto Matheus (Tadeu Kaçula)

Sambista, sociólogo pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP-SP), Mestre e Doutorando em Mudança Social e Participação Política pela Universidade de São Paulo (USP). Coordenador executivo da Universidade Livre de Sociologia e Comunicação Afro-brasileira (Unafro) e Coordenador nacional da Nova Frente Negra Brasileira (NFNB). Autor do livro Casa Verde, uma pequena África paulistana e autor convidado no livro Cultura Política nas Periferias – estratégias de reexistência.

Vânia Oliveira

Mulher negra, filha e cumeeira de família negra. Candomblecista, artivista, foi Rainha do Bloco Afro Malê Debalê em 2000 e 2006; e princesa do Bloco Afro Ilê Aiyê de anos 2001 e 2014. Doutoranda do Programa Multidisciplinar de Difusão do Conhecimento da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professora Assistente do Curso de Licenciatura em Dança da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), é pesquisadora, amante e multiplicadora das danças criadas nos cenários dos Blocos Afro de Salvador.


SERVIÇO:

Boteco da Diversidade – Afrodiáspora

30 de abril, sábado, às 20h30
Comedoria
Classificação indicativa: 18 anos

Grátis

Retirada de ingressos 1h antes

Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93 – Pompeia – São Paulo/SP
Não temos estacionamento.

Protocolos de segurança

Pessoas com mais de 12 anos deverão apresentar comprovante de vacinação contra COVID-19, evidenciando DUAS doses ou dose única para ingressar em todas as unidades do Sesc no estado de São Paulo. O comprovante pode ser físico (carteirinha de vacinação) ou digital e um documento com foto. O uso da máscara, cobrindo boca e nariz, é recomendado.


Para informações sobre outras programações, acesse o portal: sescsp.org.br/pompeia

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