Brasil comemora acordo em texto da Rio+20 antes da chegada de líderes

‘Expectativa era ter texto ou não’, disse o ministro Antonio Patriota.
Brasil assumiu presidência das negociações no sábado (16).

Por: Eduardo Carvalho, Giovana Sanchez e Tadeu Meniconi

O governo brasileiro considerou a aprovação do rascunho final pelos negociadores da Rio+20 uma “vitória”. No início da tarde desta terça-feira (19), os diplomatas presentes à conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável chegaram a um consenso sobre o texto que será apresentado aos chefes de Estado, que se reúnem a partir desta quarta.

“O resultado não deixa de ser satisfatório, e muito satisfatório, em primeiro lugar”, apontou Antonio Patriota, ministro das Relações Exteriores. “A expectativa era de ter um texto ou não ter um texto, e temos um texto de consenso”.

O Itamaraty valorizou o fato de que no sábado, quando o Brasil assumiu a presidência do processo de negociações na conferência, havia acordo sobre menos de 40% dos pontos do texto.

Patriota lamentou alguns pontos em que o Brasil não conseguiu fazer valer seus desejos, como na regulamentação de normas sobre o planejamento familiar, mas disse que é “momento de valorizar” o acordo e que o Brasil manteve o que considerava “pontos essenciais”, como a diferenciação de responsabilidades entre os países ricos e os em desenvolvimento.

“Eu, particularmente, estou satisfeita por não ter que negociar até domingo de manhã. É a primeira vez que vejo uma conferência cumprir seus prazos”, comemorou Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente.

A ministra expressou ainda sua satisfação com os pontos aprovados pelo texto. “Muito da posição brasileira está neste documento que foi aprovado pelos negociadores”, completou.

Entre os pontos aprovados, Izabella destacou a criação oficial do termo “economia verde” e viu a definição de metas do desenvolvimento sustentável como algo “extremamente importante”. Além disso, ela viu como pontos positivos a inclusão da questão da defesa dos oceanos e o reconhecimento da necessidade de um novo processo para medir a riqueza.

 

 

Fonte: G1

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