Fonte: Jornal Feira Hoje –
Evento organizado pelo Fundo das Nações Unidas para Mulheres, Unifem, tabém debate a cobertura da mídia brasileira sobre os indicadores socioeconômicos do país.
A cobertura da imprensa brasileira sobre a questão racial e a produção de dados sobre a população negra são os temas do Encontro Latino-americano de Comunicação, Afrodescendentes e Censos, que começou nesta quinta-feira, em Porto Alegre.
Em entrevista à Rádio ONU, a coordenadora do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para as Mulheres, Unifem, no Brasil, Maria Inês Barbosa, disse que a coleta de indicadores sociais é importante para mapear o impacto do racismo no país.
Preconceito
Ela afirma ainda que a coleta fornece ao Estado as informações necessárias à construção de uma política de igualdade racial.
“O racismo impactou e impacta a vida das populações afrodescendentes e indígenas. É necessário demonstrar através dos dados confiáveis o resultado desse impacto, o perfil dessas populações em termos sociais, econômicos e políticos, para então os estados proverem de políticas para a desconstrução do racismo e promoção da igualdade racial”, afirmou.
Já segundo a diretora do Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros do Rio Grande do Sul, Jeanice Ramos, a mídia brasileira ainda encara com preconceito a diversidade racial do país.
Diversidade
“A mídia brasileira não vê a população, a comunidade, como uma comunidade negra e feminina, não consegue visualizar essa diversidade. Então a nossa intenção quando fazemos esse seminário é fazer com que os indicadores da população negra e sobre o gênero representem uma oportunidade de dominar com maior propriedade a temática étnica e racial”, disse.
O encontro é organizado com o apoio do Unifem e segue até sexta-feira com debates entre jornalistas do Brasil, da Colômbia, do Equador e da Espanha.
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