Brasil doa US$ 300 milhões a países pobres

Nações africanas, como Sudão, Somália e Níger, receberão benefício até o fim do ano

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
MÁRIO SÉRGIO LIMA
DE BRASÍLIA

O Brasil vai doar US$ 300 milhões em alimentos neste final de ano para países pobres, principalmente Sudão, Somália, Níger e nações africanas de língua portuguesa, como parte de investida para angariar prestígio político internacional.
Esses alimentos são excedentes dos estoques da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), órgão do Ministério da Agricultura, e estão assim divididos: 300 mil toneladas de milho, 100 mil de feijão, 50 mil de arroz e 10 mil de leite em pó.
O total de 460 mil toneladas é mais do que dez vezes superior ao distribuído aos países pobres no ano passado: 45.528 toneladas.
Foram 8,4 toneladas para a faixa de Gaza, 14 para El Salvador, 10,3 mil para Honduras, 15,4 mil para o Haiti e a maior fatia, de 19,8 mil, para Cuba, que recebeu 43,5% do total enviado ao exterior e mais do que a distribuição emergencial para regiões pobres do próprio Brasil atingidas por calamidades.
Segundo informações oficiais da Conab, foram 16.742 toneladas de ajuda emergencial distribuídas internamente, ou seja, 3.000 a menos que o total enviado a Cuba, presidida pelos irmãos Raúl e Fidel Castro. Mas as famílias brasileiras receberam 32,6 mil toneladas de alimentos, quando computadas as distribuições não emergenciais.
A Conab atua como executora dos programas de estoques do Ministério da Agricultura. Um dos seus mecanismos é o PGPM (Programa de Garantia do Preço Mínimo), para comprar excesso de produção e assim garantir o equilíbrio de preços e evitar que o produtor seja prejudicado com oscilações em período de alta oferta.
Além da estocagem dos produtos essenciais, como o milho, o arroz e a soja, por exemplo, os armazéns da Conab ainda estocam uma lista de mais ou menos 30 produtos, entre eles a castanha.
Em 2008, foram doadas 1.600 toneladas do excedente, a título de ajuda humanitária, a Bolívia, Cuba, Haiti, Jamaica, Moçambique, Paraguai e Zâmbia. Em 2007, foram enviadas 26 toneladas para a Bolívia, 46 para o Peru, 10,1 para a Jamaica. E, em 2006, 14 toneladas para a Bolívia e 17,3 para o Equador.

Fonte: Folha 

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