Brasil é tema do último episódio da série censo e afrodescendentes

Reportagem explora a importância do censo para levantamento das condições de vida dos afro-brasileiros, produção de indicadores socioeconômicos e definição de políticas de enfrentamento ao racismo

 

Ações afirmativas nas universidades brasileiras, violência contra a juventude negra e políticas de igualdade racial. Esses são os assuntos da última reportagem da série “As Américas têm cor: Afrodescendentes nos Censos do Século XXI”. A produção é da TV Brasil/Canal Integración e vai ao ar amanhã (29/1) na TV NBr, Tv Senado e TV Câmara, no Brasil, e para emissoras de 14 países das Américas. Entrevistas de estudantes universitários que entraram pelo sistema de cotas, ativistas do movimento negro, governo brasileiro e Nações Unidas revelam a importância do censo para a obtenção de dados raciais e definição de políticas de enfrentamento ao racismo.

 

Tema de grande evidência na sociedade brasileira, as políticas de ação afirmativa são apontadas como um dos vetores para a reversão da desigualdade racial. Desde 2004, cerca de 40 universidades federais e estaduais adotaram o sistema de cotas raciais para negros e indígenas. A reserva de vagas para negros nas universidades foi uma das propostas apresentadas pelo governo brasileiro na III Conferência Mundial de Combate ao Racismo, promovida pela ONU (Organização das Nações das Unidas), em 2001.

 

A classificação racial nos censos brasileiros e a autodeclaração etnicorracial também são abordadas na reportagem. Pesquisadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) e do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) falam sobre indicadores socioeconômicos, projeções sobre a redução da desigualdade racial no Brasil e impactos das políticas públicas na vida da população negra. Este é um dos pontos explorados pela reportagem na entrevista com o ministro Edson Santos, da Seppir (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial).


Violência racial

A vulnerabilidade da juventude negra à violência é o terceiro aspecto da reportagem. A ausência de políticas específicas expõe em quase três vezes mais um jovem negro a ser assassinado no Brasil em relação ao jovem branco, como verificou, em 2009, estudo do Observatório de Favelas, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

 

Em março do ano passado, análise do IPEA com base em informações do sistema de dados do Sistema Único de Saúde apontou que os jovens negros são as maiores vítimas da violência urbana no país. Em cada 100 mil habitantes vítimas de homicídio, 74,8 são jovens negros. O fenômeno da violência racial é comentado pela realidade de Salvador em entrevista de Vovô do Ilê Aiyê.

 

Afrocenso na TV

A série “As Américas têm cor: Afrodescendentes nos Censos do Século XXI” estreou em 8 de janeiro de 2010. Retratou a expectativa dos afro-uruguaios para o censo, a participação no mercado de trabalho e as políticas públicas de combate ao racismo. Abordou a preparação dos afro-equatorianos para o censo e os efeitos do plano plurinacional para eliminar a discriminação racial, e as condições de vida dos afro-panamenhos e os preparativos para o censo deste ano.

 

Idealizada pelo Grupo de Trabalho Afrodescendentes das Américas Censos de 2010, em junho de 2009, a série de reportagens atende o objetivo de informar a população das Américas sobre a rodada dos censos 2010-2012. As reportagens são veiculadas pelo sistema público de televisão brasileiro – NBr, TV Brasil, TV Câmara e TV Senado -, e uma rede de emissoras associadas de televisões públicas e privadas de 14 países americanos: Argentina, Brasil,Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Peru, Uruguai e Venezuela.

 

A série “As Américas têm cor: Afrodescendentes nos Censos do Século XXI” é resultado da parceria entre Canal Integración/Empresa Brasil de Comunicação, Grupo de Trabalho Afrodescendentes das Américas Censos de 2010 e UNIFEM Brasil e Cone Sul, por meio do Programa Regional de Gênero, Raça e Etnia desenvolvido no Brasil, Bolívia, Guatemala e Paraguai.

 

Confira aqui a grade de programação do telejornal América do Sul Hoje do Canal Integración

CANAL INTEGRACIÓN

VERSÃO PORTUGUÊS:
SEXTA – 20:30 (Estreia)
SABADO – 02:00 – 08:00 – 14:00 – 20:00
DOMINGO – 01:00 – 07:00 – 13:00 – 19:00
VERSÃO ESPANHOL:
SEXTA – 23:00
SÁBADO – 05:00 – 11:00 – 17:00
DOMINGO – 03:30 – 09:30 – 15:30 – 21:30
SEGUNDA – 04:00 – 10:00 – 16:00 – 22:00

TV SENADO
DOMINGO – 7:00

TV CÂMARA (Clique ao lado para ver a cobertura por Estado)
SEXTA – 22:30
DOMINGO – 11:00
SEGUNDA – 12:30

TV NBR (Clique ao lado para ver cobertura por Estado:)
SEXTA – 22:00h
SÁBADO – 08:30 – 12:30 – 00:00
DOMINGO – 11:00 – 19:30
SEGUNDA – 08:30 – 16:30

TV COMUNITÁRIA DE BELO HORIZONTE
(24 horas pela Internet, Canal 6 – Net e Canal 13 – Way)
SEGUNDA: 21:00
HORÁRIO DE BRASÍLIA

 

 

 

 

UNIFEM Brasil e Cone Sul

[email protected]

www.unifem.org.br

 

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Dí NO a la violencia contra las mujeres

Say NO to violence against women

 

Fonte: Lista Discríminação Racial

 

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