Segundo relatório, brancos representam a minoria dos alvos dos animais.
RIO – A Força Policial de Los Angeles é mais uma vez alvo de denúncias de discriminação. No entanto, os supostos racistas não são funcionários ou policiais que rondam os arredores de Hollywood ou Malibu, mas sim seus cachorros. Um relatório divulgado pela Comissão Especial Canina do Departamento Policial de Los Angeles revelou que, no primeiro semestre de 2013, todos os indivíduos mordidos por animais da corporação eram negros ou latinos.
Em junho, o Departamento de Justiça dos EUA divulgou estudo mostrando que negros e latinos são os que têm mais chances de serem parados por policiais para serem revistados. Além disso, diz o departamento, os policiais usam força sem necessidade.
Desde o início dos registros em 2004 até o ano de 2012, o número de latinos vítimas de ataques cresceu 30% , enquanto o de negros teve um aumento de 33% no mesmo período.
Segundo a polícia, os cães são usados para imobilizar suspeitos até que o oficial possa realizar a prisão. O relatório diz não saber o motivo desse alto índice e afirma que mais investigações são necessárias.
Nós ressaltamos que as vítimas de mordidas de cães policiais são quase universalmente afro-americanos e latinos. Apreensões e detenções de americanos e latinos envolvendo tais ataques triplicaram nos últimos anos, diz o texto.
Não é a primeira vez que os cães policiais de Los Angeles são acusados de racismo. Durante a década de 80, agentes da corporação do condado se referiam a jovens negros como biscoitos para cachorro.
Os autores do relatório recomendam que a polícia de Los Angeles melhore sua política de treinamento dos animais e continue a vigiar agentes e seus cães. Em 2004, um pastor alemão da Pensilvânia, chamado Dolpho, foi suspenso de suas funções policiais após especialistas comprovarem que ele tinha uma propensão para morder crianças negras.
Fonte: O Globo