Por Leno F. Silva
“Ora, ora, ora o que é a vida?”. Essa frase ficou para a história e quase toda vez que reencontro os amigos da FAAP, ela nos vem à tona, numa lembrança da profunda declaração que o George fez para o lustre da casa do Zé, naquela cena antológica na sala de visita do apartamento da família, digna de Pier Paolo Pasolini.
Passados mais de 30 anos da primeira grande festa da turma de comunicação social, esse enigma permanece vivo e inquietante. Nunca
mais tive notícias no nosso filósofo de voz anasalada e muito charmoso. Torço que ele esteja bem e que tenha encontrado respostas para a sua indagação. Ou, se não as encontrou, que persista procurando, porque esse é um exercício que não tem fim.
Na era do Facebook e da comunicação instantânea recebemos, a cada segundo, centenas de reflexões, inspirações, respostas,
conselhos, provocações e tantos outros pitacos. Talvez até já tenhamos conseguido resolver alguns dos problemas existências, só não foi possível, ainda, identificá-los com precisão. Mas se ninguém ainda “curtiu”, “comentou” ou “compartilhou”, é provável que essa inquietação crucial esteja em aberto.
Numa rápida busca pelo Google, obtive o seguinte resultado para a inquietude Georgeana: 12/03/2009 – ora, ora, ora. o que é a vida . então, cosme rímoli, temos um ‘doble’ em mogi mirim..13/03/2009 , navblog.uol.com.br/comment.html ? …2009, um importante sinal de que o líder em pesquisa de informação não se encontra suficientemente pronto para responder a uma complexa questão.
Talvez o caminho seja lançar um concurso cultural para estimular todo mundo a dar a sua visão sobre a estupenda declaração do nosso querido George. Para escolher as três melhores “definições”, usaremos os critérios que elegeram a música “Camaro amarelo” como a melhor canção de 2012. Se o júri não chegar a um consenso inexistirão vencedores e a indagação será remetida aos universitários das próximas gerações.
Tomara que na realização dessa importante atividade mobilizadora o George reapareça para nos revelar se ele encontrou, ou não, a resposta para o que vem a ser a vida. Enquanto isso, “a gente vamos” tocando a nossa com os recursos, as disponibilidades, e
as motivações que conseguimos bancar, enfrentar e praticar. Bom demais, né?! Por aqui, fico. Até a próxima.