Cantora Paula Lima é alvo de novo ataque racista, mas avisa: “Isso é crime e vou até o final”

“Como negra, eu enfrento isso e sempre enfrentei”, disse a cantora Paula Lima em entrevista à Radio Estadão nesta quarta-feira (20) após um comentário preconceituoso em uma rede social

Da Revista Fórum 

A cantora Paula Lima voltou a ser vítima de ataques racistas em sua conta do Facebook nesta terça-feira (19). Ao postar o anúncio da volta de seu quadro “Chocolate Quente”, naRádio Eldorado FM, um perfil sem foto ofendeu a cantora em função da cor de sua pele.

Em entrevista à Rádio Estadão na manhã desta quarta-feira (20), Paula Lima comentou o episódio. “Ontem foi a reestreia do ‘Chocolate Quente’, que me deixou muito feliz, e logicamente teve o post nas redes sociais. No Facebook, teve um intruso que fez uma manifestação racista bem desagradável”.

A cantora disse que vai recorrer à Justiça para motivar as outras pessoas que também sofrem ataques racistas a fazerem o mesmo. “Eu não posso falar que não me atingiu e tudo bem, não. Isso é crime e eu vou até o final, por uma questão de respeito, de negritude, de cidadania”.

Paula Lima disse que a internet ajudou as pessoas a manifestarem seus ataques de uma “maneira mais cruel”. “Como negra, eu enfrento isso e sempre enfrentei. Eu acho que as pessoas eram menos transparentes em relação ao que sentiam e pensavam, então a internet trouxe essa coragem de ser ainda mais cruel”.

+ sobre o tema

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...

para lembrar

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...
spot_imgspot_img

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro no pé. Ou melhor: é uma carga redobrada de combustível para fazer a máquina do racismo funcionar....

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a categoria racial coloured, mestiços que não eram nem brancos nem negros. Na prática, não tinham...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira (27) habeas corpus ao policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, réu por assassinato de Guilherme Dias...