Capa de edição especial da Vanity Fair tem apenas mulheres

Da esq. para a dir., em sentido horário: Jane Fonda, Cate BlanchettViola Davis e Jennifer Lawrence; Brie Larson, Rachel Weisz, Charlotte Rampling, Lupita Nyong’o e Alicia Vikander; Saoirse Ronan, Helen Mirren, Gugu Mbatha-Raw e Diane Keaton

A tradicional edição “Hollywood” da revista Vanity Fair fez, para 2016, uma capa estupenda apenas com mulheres – e de diferentes gerações. Ficou estupenda.

Em um momento em que debate-se muito a respeito da falta de diversidade no Oscar – que, mais uma vez, apresentou poucos ou nenhum representantes de minorias como negros e LGBT entre os indicados –, a Vanity Fair optou por mostrar, em sua principal edição do ano, a variedade que existe entre as atrizes que estão em destaque nesta temporada de premiações.

A revista lembrou-se de mostrar mulheres negras, brancas e de diferentes gerações. É importante lembrar também que, no último ano, diversas atrizes tem criticado abertamente a desigualdade salarial entre mulheres e homens no entretenimento.

O lançamento da edição “Hollywood” da VF é um momento sempre aguardado. Não apenas por mostrar as atrizes em evidência e com chance de ganhar o Oscar, mas também por refletir o que acontece nesta mesma indústria. (As cinco indicadas a melhor atriz deste ano estão na imagem: Lawrence, Blanchett, Larson, Rampling e Ronan.)

As fotografias são de Annie Leibovitz.

Davis é a primeira mulher negra a aparecer na capa da VF desde 1999 – e a primeira negra com mais de 30 anos a estar em uma das principais partes da revista.

É importante ressaltar, entretanto, que o fato de termos uma grande quantidade de brancas na capa deste ano acaba saltando aos olhos. Precisamos procurar pela diversidade na fotografia com um olhar mais atento do que seria necessário se a sociedade fosse mais igualitária. Também faltam outras representatividades, como LGBT.

Há um longo caminho para percorrermos, pelo visto.

A revista chega às bancas digitais e físicas de Nova York nesta quinta-feira (4), e nas bancas dos EUA na terça (9).

Veja aqui mais imagens da revista.

+ sobre o tema

O racismo não tem nada de belo

Se você ainda acredita que somos todos iguais em...

Inspirado em Marielle Franco, programa quer transformar mulheres negras em líderes

Patrocinado por entidades como a Fundação Kellogg e o...

Negro, gay e rapper: “Sofro preconceito diariamente, nada mudou”

Rico Dalasam desafia a normalidade nas questões musicais e...

Como mulheres escravizadas usaram o acarajé para conseguir liberdade na BA

Originalmente feito com a massa de feijão-fradinho, cebola e...

para lembrar

O delírio da cesariana

Nos hospitais privados, 88% dos bebês nascem por cirurgia....

Liniker se diz cansada de ser reduzida a uma mulher trans e lança primeiro disco solo

Em fevereiro do ano passado, a banda paulista Liniker...

Anencefalia: com placar de 5 a 1, STF retoma hoje julgamento

Brasília – Com placar de 5 a 1 a...
spot_imgspot_img

Ativistas do mundo participam do Lançamento do Comitê Global da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver

As mulheres negras do Brasil estão se organizando e fortalecendo alianças internacionais para a realização da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem...

Iniciativa Negra debate mulheres, política de drogas e o encarceramento em evento presencial

São Paulo, março de 2025 – A Iniciativa Negra convida a sociedade para mais uma edição do Boteco Brasileiro de Política de Drogas. O...

Empreendedorismo feminino avança, mas negras têm obstáculos com receita e tempo de dedicação

O empreendedorismo feminino avança no Brasil, refletindo tendência global de igualdade na abertura de negócios por homens e mulheres, mas questões relacionadas a cor e raça colocam negras em desvantagem. O...
-+=