Cidade de Chicago retira estátuas de Cristóvão Colombo após protestos

O gabinete da prefeita da cidade informou em comunicado que a decisão foi tomada “depois de consultar várias partes interessadas e em resposta aos protestos que se tornaram inseguros tanto para os manifestantes como para a polícia”.

“Esse é um esforço para proteger a segurança pública e preservar um espaço seguro para o diálogo inclusivo e democrático sobre símbolos em nossa cidade”, acrescentou o comunicado à imprensa, antecipando que a prefeita de Chicago, Lori Lightfoot, anunciará um processo de avaliação dos vários monumentos e murais da cidade.

No último fim de semana, ativistas e autoridades eleitas pediram à prefeita que retirasse a estátua de Colombo do Grant Park, após um confronto entre a polícia e os manifestantes que terminou com feridos e 12 detenções.

No comunicado desta sexta-feira (24/7), o gabinete da prefeita referiu-se aos esforços dos manifestantes em derrubar a estátua no Grant Park por conta própria “de uma maneira extremamente perigosa”.

Além da estátua localizada naquele espaço no centro da cidade, outra imagem de Colombo foi retirada do Arrigo Park.

Nas semanas após ao assassinato do negro George Floyd durante uma abordagem policial feita por um agente branco, em 25 de maio, em Minneapolis, Minnesota, os ataques se multiplicaram em meio a protestos contra monumentos de líderes da Confederação, fundadores dos EUA e de exploradores ligados à “conquista” espanhola da América, como Cristóvão Colombo, que são vistos como símbolos de racismo pelos manifestantes.

O legado de Colombo, que viajou de Cádiz, na Espanha, até as Antilhas em 1492, tem sido questionado devido ao tratamento brutal que os indígenas sofreram nas mãos dos colonizadores europeus. As estátuas do navegador têm sido retiradas de cidades como Baltimore, Boston e São Francisco.

Isso levou o presidente americano, Donald Trump, em 26 de junho, a assinar uma ordem para proteger os monumentos, memoriais e estátuas e a punir os responsáveis com “longas penas de prisão”

Em Nova York, tanto o governador, Andrew Cuomo, como o prefeito, Bill de Blasio, descartaram a possibilidade de remover um monumento do explorador que está próximo ao Central Park.

No entanto, as autoridades juntaram-se aos apelos crescentes para remover esses símbolos, e até o Secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, proibiu o hasteamento de bandeiras de “símbolos divisores” nas instalações militares americanas. (Com agências internacionais)

+ sobre o tema

Mostra em São Paulo celebra produção de cineastas negros no Brasil

Uma seleção de filmes brasileiros realizados por cineastas negros...

O dia em que os deputados brasileiros se negaram a abolir a escravidão

Se dependesse da vontade política de alguns poucos, o...

para lembrar

Mostra em São Paulo celebra produção de cineastas negros no Brasil

Uma seleção de filmes brasileiros realizados por cineastas negros...

O dia em que os deputados brasileiros se negaram a abolir a escravidão

Se dependesse da vontade política de alguns poucos, o...
spot_imgspot_img

Feira do Livro Periférico 2025 acontece no Sesc Consolação com programação gratuita e diversa

A literatura das bordas e favelas toma o centro da cidade. De 03 a 07 de setembro de 2025, o Sesc Consolação recebe a Feira do Livro Periférico,...

Mostra em São Paulo celebra produção de cineastas negros no Brasil

Uma seleção de filmes brasileiros realizados por cineastas negros ou que tenham protagonistas negros é a proposta da OJU-Roda Sesc de Cinemas Negros, que chega...

O dia em que os deputados brasileiros se negaram a abolir a escravidão

Se dependesse da vontade política de alguns poucos, o Brasil teria abolido a escravidão oito anos antes da Lei Áurea, de 13 de maio de...