Coletivo Sankofa: magistradas de São Paulo na luta pela paridade de gênero e étnico-racial no Poder Judiciário – SP, 08/12/2023

No dia 8 de dezembro, data em que se celebra o Dia da Justiça, magistradas que atuam no Estado de São Paulo promoverão o evento de lançamento do Coletivo Sankofa.

Formado a partir do Movimento Nacional por Paridade no Poder Judiciário, o Coletivo Sankofa tem o objetivo de atuar para que a paridade de gênero e étnico racial seja adotada no âmbito do Poder Judiciário, à luz do que prevê atualmente a Resolução 106/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cuja redação foi parcialmente modificada na Sessão Extraordinária de 26 de de setembro de 2023.

Em menos de 3 meses de existência e processo de constituição, o Coletivo Sankofa já reúne uma centena de magistradas da Justiça estadual e federal, comum e trabalhista.

Sankofa, nome dado ao Coletivo, é um símbolo de origem africana e significa o retorno no caminho para resgatar o que ficou para trás, para que o caminhar para o futuro honre e repare o passado. A adoção do nome decorre da intenção de proporcionar ações que impliquem transformações e reparem as desigualdades e iniquidades do passado, produzidas ao longo de anos de exclusões e discriminações de gênero e étnico racial. O Poder Judiciário é composto majoritariamente por homens brancos e queremos evidenciar e dar visibilidade a essa iniquidade e propor mudanças a partir dela.

O evento de lançamento irá compreender uma visita guiada à 35ª Bienal de São Paulo – Coreografias do Impossível. Com uma proposta de formação curatorial em uma relação horizontal e paritária, esta edição da Bienal proporciona elementos importantes de saberes decoloniais. Diante do reconhecimento da importância dessa exposição frente aos objetivos do Coletivo Sankofa, a visita foi escolhida para marcar o evento de lançamento, como forma de evidenciar e fortalecer esses objetivos, que incluem o necessário letramento de gênero e étnico racial a que o Coletivo se propõe.

O Coletivo Sankofa pretende, através da promoção de ações que visem garantir paridade de gênero e étnico racial no Poder Judiciário, trazer à magistratura valorizações e saberes que ampliem e qualifiquem o acesso à justiça no Brasil.

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