A presidente eleita, Dilma Rousseff, confirmou na tarde desta segunda-feira a reunião com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, para falar sobre as operações nos morros da cidade para combate ao tráfico de drogas. O local e o horário do encontro ainda não estão definidos mas o mais provável é que eles se reúnam em Brasília, nesta terça-feira. De acordo com a assessoria de imprensa da transição, Dilma vem mantendo conversas com Cabral sobre o tema. Na semana passada, início da reação da polícia aos ataques que ocorreram na capital e nas cidades próximas, a presidenta eleita, Dilma Rousseff, ligou para o governador manifestando solidariedade à população.
Dilma, segundo a assessoria, considerou “positivo” o resultado das ações da polícia no fim de semana, no Complexo do Alemão. O bom resultado, na avaliação da presidenta eleita, se deve à parceria entre o governo do estado e o governo federal. Nos telefonemas, Dilma destacou que o uso dos equipamentos da Marinha foram fundamentais para que a polícia conseguisse entrar no conjunto de favelas e assegurou que essa parceria vai continuar em seu governo.
Não há previsão de agenda esta segunda-feira para a presidente eleita. Na terça-feira, ela deverá também se reunir com integrantes da equipe de transição para tratar de questões sobre a área da saúde.
Mantido no cargo
Dilma também teria definido que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, continuará no cargo. Segundo fontes ligadas à equipe de transição, Jobim teria recebido e aceitado o convite para continuar na pasta da Defesa, que perderá a área de aviação civil. Dilma busca modernizar o setor com a abertura do capital à iniciativa privada e a aceleração nas obras dos aeroportos para a Copa-2014 e a Olimpíada-2016. Uma secretaria especial deverá cuidar desta área. O presidente Lula já havia sugerido à presidenta a manutenção de Jobim. O apoio das Forças Armadas ao crime organizado, no Rio de Janeiro, foi decisivo para que a presidente eleita se decidisse pela manutenção de Jobim no cargo.
Além dos quatro principais nomes da área econômica – Guido Mantega (Fazenda), Alexandre Tombini (BC), Miriam Belchior (Planejamento) e Luciano Coutinho (BNDES), Antonio Palocci e Gilberto Carvalho também aceitaram convite para o núcleo político, provavelmente na Casa Civil e na Secretaria Geral, respectivamente. Outro nome confirmado é José Eduardo Cardozo, praticamente certo na Justiça. Também deverá permanecer no cargo Alexandre Padilha, das Relações Institucionais.
Fernando Haddad também deverá permanecer na Educação, a pedido do presidente Lula. Dilma tende a nomear o atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para a pasta das Comunicações, com a missão de sanear a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, também é tido como certo no governo, cotado para a pasta da Previdência ou para a do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Fonte: Correio do Brasil