Começa agora a terceira etapa do Programa Convida do Instituto Moreira Salles

FONTEenviado por Instituto Moreira Salles
Reprodução/Facebook

Diante da situação de vulnerabilidade causada pela pandemia de covid-19 na sociedade brasileira, e particularmente na produção das artes, o Instituto Moreira Salles lançou em abril deste ano o Convida, um programa de apoio à criação artística que já passou por duas etapas – anunciadas em abril e em julho – e que agora entra em sua terceira fase. Nas duas primeiras, o projeto disponibilizou R$ 1.000.000,00 para comissionar cerca de 120 projetos de artistas e de coletivos, apresentados no site e nas redes sociais do IMS.

A terceira etapa do Programa Convida tem início agora. O IMS continua apoiando a produção artística e os artistas, que seguem em situação de vulnerabilidade devido às restrições trazidas pela pandemia. A reabertura limitada dos espaços culturais faz com que sejam pequenas as possibilidades de encontro e de fruição conjunta de obras de arte ou de eventos artísticos em contato com seus possíveis públicos. Nesse contexto, o programa, concebido no início do período de confinamento, continua mesmo diante da flexibilização do isolamento social.

Assim como aconteceu nas duas etapas anteriores, R$ 500 mil serão disponibilizados para a produção dos novos projetos individuais e coletivos comissionados pelo IMS, que se juntarão aos cerca de 120 resultantes da primeira e segunda etapas disponíveis no site e redes sociais da instituição: convida.ims.com.br

Cerca de 47 criadores, muitos deles atuantes em regiões de periferia, de grande vulnerabilidade, nas áreas de programação e acervos do IMS (fotografia, cinema, música, literatura, artes visuais e desenho gráfico), serão contemplados nesta terceira etapa. Os convites manifestam novamente uma pauta de critérios que levam em conta a diversidade de identidades presentes no Brasil – de raça, gênero, regionalidade, contexto social e cultural.

Os projetos não seguem formatos fixos ou rígidos. Solicita-se apenas aos criadores que respeitem todas as medidas de proteção sanitária adotadas pelas organizações de saúde nos territórios onde vivem e trabalham.

A interrogação do mundo em que vivemos, assim como das possibilidades do mundo em que queremos viver, as evidências da violência e do racismo, da exclusão social, das alterações do clima e dos ataques ao meio ambiente, os desafios da democracia na atualidade perante os ataques a que é submetida, as questões da sobrevivência e da resistência, dos direitos civis, a urgência da solidariedade e de novas possibilidades de ação política, as questões da produção artística entre os ambientes virtual e presencial, o papel da arte neste tempo em que vivemos são algumas das pautas que gostaríamos de ver abordadas. A elas, se juntarão todas as questões e os diferentes modos de fazer que os artistas manifestem em seus trabalhos.

O Programa Convida se encaixa no projeto #IMSquarentena, que está no ar (ims.com.br/quarentena/) desde 3 de abril, com ensaios do acervo, trabalhos inéditos, podcasts e indicações de leitura sobre a atual conjuntura. Todos os trabalhos estão disponíveis no site institucional (ims.com.br) e nas redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram e YouTube) do Instituto Moreira Salles. Desse modo, mesmo com seus centros culturais (São Paulo, Rio de Janeiro e Poços de Caldas) fechados por vários meses, e suas equipes trabalhando em casa, o IMS buscou trazer interpretações particulares de uma grande diversidade de criadores.

O IMS Rio reabriu para o público no dia 15 de setembro, o IMS Poços, em 22 de setembro, e o IMS Paulista, em 13 de outubro.

O Instituto Moreira Salles é uma instituição cultural sem fins lucrativos e todas as suas atividades são sustentadas por uma dotação, constituída inicialmente pelo Unibanco e ampliada posteriormente pela família Moreira Salles.

Até este momento, os seguintes artistas e coletivos aceitaram o convite do IMS para participar nesta terceira fase do programa Convida:

Ajeum da Diáspora (BA)

Allan da Rosa (SP)

Audino Vilão (SP)

Cadernos Negros – Quilombhoje (SP)

Cartografia Negra (SP)

Cila do Coco (PE)

Clara Moreira (PE)

Coletivo Movimento dos Artistas Huni Kuin (AC)

Comunidade Cultural Quilombaque (SP)

Darks Miranda (RJ)

Diego Gerlach (RS)

Edbrass Brasil (BA)

Eder Oliveira (PA)

Everlane Moraes (BA)
Fluxo Marginal (CE)

Gabriela Güllich (PB)

Gê Viana (MA)

Homenagem Valda Nogueira (RJ)

Januário Garcia (RJ)

Jarid Arraes (CE)

João Silvério Trevisan (SP)

José Falero (RS)

Juliana Antunes (MG)

Juliana Perdigão (MG/SP)

Kaê Guajajara (MA/RJ)

Labo Young (PA)

Luizinho 7 Cordas (SP)

Luli Penna (SP)

Lyz Parayzo (RJ)

Maria Augusta Ramos (Holanda)

Marilene Felinto (PE)

No Martins (SP)

Rebeca Carapiá (BA)

Revista O Menelick 2º Ato (SP)

Rimadores do Vagão (SP/RJ)

Rodrigo Aragão (ES)

Tamikuã Txihi do Povo Pataxó (SP)

Teatro Espanca (MG)

Tijolin (RJ)

TRANSÄLIEN (PE/SP)

Umoja (SP)

Uýra Sodoma (BA)

Vídeo nas Aldeias (PE/vários estados)

Wisrah Villefort (SP)

Xadalu (RS)

Yacunã Tuxá (BA)

Yane Mendes (PE)

** ESTE ARTIGO É DE AUTORIA DE COLABORADORES OU ARTICULISTAS DO PORTAL GELEDÉS E NÃO REPRESENTA IDEIAS OU OPINIÕES DO VEÍCULO. PORTAL GELEDÉS OFERECE ESPAÇO PARA VOZES DIVERSAS DA ESFERA PÚBLICA, GARANTINDO ASSIM A PLURALIDADE DO DEBATE NA SOCIEDADE. 
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