Conectados venceremos!

Por Fernanda Pompeu

Quantas vezes você já ouviu falar ou falou em inteligência coletiva, trabalho colaborativo, conhecimento compartilhado? Esses conceitos parecem novidadeiros, mas na realidade estão se consolidando nas nossas vidas. Muita gente já está na onda, mesmo sem nomear.

Ninguém precisa ter diploma para intuir que o conhecimento funciona melhor quando sua construção é compartilhada. Eu sei um pouquinho, você sabe outro tantinho, uma terceira pessoa domina mais um pedacinho. Ao somar fatias de saberes alcançamos uma visão ampla.

No mesmo tom canta o trabalho colaborativo. Ele é o funeral da divisão clássica, na qual cada trabalhador faz uma parte sem ciência da parte do outro. Agora temos a chance de entrelaçar contribuições, além da vantagem de nos sentirmos menos sós nos momentos de decisão.

Conhecimento compartilhado e trabalho colaborativo são a pista para que a inteligência coletiva decole. E faça seu voo para destinos nunca dantes navegados. Pois é disso que se trata: juntos inventamos novos jeitos de produzir e de fruir os resultados.

Nos bastidores dessa jovem situação há, tão velha quanto a humanidade, a prática da troca. A mudança é que hoje não trocamos apenas açúcar por sal, geladeira por microondas, mocotó por rapadura, tatu por jacaré, dinheiro por bens. Trocamos informações e conhecimentos.

Também trocamos jeitos de ver, sentimentos de mundo, diferenças. Nos metemos uns no trabalho dos outros. Na metáfora, estamos numa corrida em que o da frente compartilha o que aprendeu com quem vem atrás e assim sucessivamente.

Otimismo meu? Acho que não. Se a inteligência coletiva não está em pleno uso é porque a ficha todavia não caiu para todos. Mas despencará. Pura questão de tempo. Porque tem uma coisa que as pessoas sempre perseguem: a simplicidade dos processos. 

O que a garotada da periferia chama de É nóis nada mais é do que o desejo de um mundo inclusivo e conectado. Mundo que, por vontade própria ou não, será obrigado a resolver desafios e conflitos de forma colaborativa.

 

Fonte: Yahoo

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