Consciência Negra: Feira Preta comemora 21 anos com apresentações gratuitas de Iza e Baiana System e programação nas periferias de SP

Enviado por / FonteG1, por Nayara Fernandes

Entre os dias 5 de novembro a 4 de dezembro, evento reúne shows e atividades gratuitas realizadas por empreendedores negros.

A Feira Preta, maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina, comemora sua 21ª edição com shows e atividades gratuitas espalhadas por São Paulo entre os dia 5 de novembro e 4 de dezembro.

O evento celebra o mês da Consciência Negra com shows gratuitos de artistas como Iza, Baiana System, Discopédia, Bushman, La Pacifican Power, Renascer Del Pacifico e Jelly Cleaver nos dias 3 e 4 de dezembro no Memorial da América Latina.

Com o tema, “O Futuro Preto se faz hoje”, a Feira Preta retoma o formato presencial neste ano com apresentações e atividades gratuitas no centro nas periferias de São Paulo como Grajaú, Cidade Tiradentes, Brasilândia e Campo Limpo, além de outros locais, como Arena XP, SESC-SP, Instituto Moreira Salles e o Museu das Favelas.

Adriana Barbosa, fundadora do evento que completa 21 anos em 2022, relata quais foram os caminhos para levar às periferias as atividades da Feira Preta, que movimenta pelo menos 140 empreendedores negros de todo o país – um processo que envolveu a parceira com lideranças locais, além do apoio de grandes marcas para a capacitação dos empreendedores que participam do evento.

“Quem conhece a história da Feira Preta sabe que a gente penou”, diz. “É importante a gente falar isso porque agora a gente tem um contexto da questão racial no Brasil que reflete o que é a história da Feira Preta. A gente consegue ter acesso às marcas muito recentemente. Até 2016, era nós por nós.”

A Feira Preta reúne milhares de pessoas interessadas em vender, comprar, consumir e se conectar à cultura negra — Foto: Arquivo pessoal

A programação nas periferias, explica Adriana, teve a curadoria feita pelas lideranças locais.

“A gente tem feito um trabalho que não é para a comunidade. É com a comunidade. Desde o ano passado, a gente senta com as lideranças locais e fala que a nossa parte [da Feira Preta] é dispor do recurso, da infraestrutura. Toda a programação que foi curada nos territórios não foi a gente que fez. É uma construção que ela é gradativa e tem sua complexidade. Tem sido muito interessante poder compro com as comunidades territoriais.”

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