O criminoso de guerra nazista Erich Priebke continua sem lugar para o funeral, uma semana depois de morrer em Itália aos 100 anos.
“O lugar de Priebke não é aqui”, considera Klaus Kitzmann, um residente de Hennigsdorf, onde Priebke nasceu. “A nossa história já é suficientemente complicada”, adiantou o aposentado de 70 anos, que tem vivido neste subúrbio de Berlim desde há 54 anos, à AFP.
A Itália condenou Priebke em 1998, três anos depois de ter sido extraditado pela Argentina, para onde fugiu depois da II Guerra Mundial, por ter assassinado 335 civis num local próximo de Roma, durante o conflito.
“Priebke nasceu aqui, mas viveu fora a maior parte da sua vida”, acrescentou Kitzmann, dizendo que se ninguém quiser os seus restos mortais, “deve ser cremado e as suas cinzas espalhadas” em algum lugar.
Sentado a uma mesa no café Madlen, situado em frente de um monumento aos que foram assassinados nos campos de concentração nazis, Kitzmann parece expressar o sentimento geral dos residentes de Hennigsdorf.
Fonte: DCM