Corregedoria-Geral da PM sugeriu que PMs sejam demitidos da corporação.
Universitário africano foi espancado até a morte em pizzaria de Cuiabá.
A Corregedoria-Geral da Polícia Militar de Mato Grosso concluiu a sindicância sobre a participação de dois policiais militares na morte do universitário africano Toni Bernardo da Silva, de 27 anos, e sugeriu a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que pode resultar na expulsão deles da corporação. O processo de apuração foi concluído nesta sexta-feira (21).
O relatório da sindicância foi encaminhado ao comandante-geral da PM, coronel Osmar Lino Farias, que decidirá o futuro dos policiais. De acordo com corregedor Joelson Sampaio, o excesso cometido pelos policiais contribuiu com o assassinato de Toni, ocorrido no dia 22 de setembro deste ano no interior de uma pizzaria de Cuiabá.
Para o corregedor, os policiais agiram em defesa de uma pessoa que estava sendo injustamente agredida, nesse caso, uma cliente do estabelecimento, mas, segundo ele, a partir do momento em que o imobilizaram não deveriam agredi-lo, tão menos permitir que outras pessoas batessem no africano.
Além dos PMs, um empresário de 27 anos é suspeito de espancar o estudante até a morte. Os três ficaram detidos por 20 dias e conseguiram a liberdade provisória. Eles foram indiciados pelo delegado Antônio Esperândio, que conduziu as investigações, por homicídio qualificado por motivo fútil, com pena prevista entre 12 a 30 anos de prisão.
Fonte: G1
