Durante sua visita ao Quênia, a partir desta sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, poderá encontrar seu nome por toda parte em uma cidadezinha.
Do BBC
Durante sua visita ao Quênia, a partir desta sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, poderá encontrar seu nome por toda parte em uma cidadezinha.
Trata-se de Kogelo, a oeste da capital Nairóbi, o povoado da família Obama e local onde está enterrado o pai do presidente.
Do nome das crianças, de escolas, lojas até de um penteado – quase tudo leva o nome de Obama.
Barack Obama ficará no Quênia até segunda-feira. Sua viagem está sendo tratada como a mais importante visita de um chefe de Estado ao país e, para Kogelo, é como a volta de um filho adotivo – ainda que, segundo autoridades americanas, não haja planos do presidente passar pela cidade. A esperança da população é que Obama apareça por ali “de surpresa”.
A última vez que Obama esteve na terra de seu pai foi em 2006, quando ainda era senador. Em seu livro, Os Sonhos de meu Pai, publicado em 1995, ele cita uma visita que fez a Kogelo.
Quando Obama chegou à Casa Branca, sua figura foi alçada ao status de lenda no vilarejo.
Várias meninos de 7 anos, nascidos pouco depois de ele ser eleito presidente, em 2008, foram batizados de Barack Obama.
Eles vão à aula na escola primária Senador Obama. Também há uma escola secundária que ostenta o nome do seu ilustre “filho”.
Impacto
Sua posição no cenário mundial teve um grande impacto na vida dos 3 mil moradores dessa cidade.
Depois da eleição de Obama, a escola ganhou mais classes e um escritório, conta o diretor.
O povoado também prosperou, com uma nova estrada asfaltada e água potável. Agora, também há uma delegacia de polícia.
“O presidente Obama mudou este vilarejo”, disse à agência France Presse Nicholas Rajuda, proprietário do Kogelo Village Resort, hotel criado para acomodar o crescente número de visitantes a Kogelo.
No entanto, muitos moradores reclamam que, passado o impacto inicial da fama de Kogelo, a cidade foi sendo esquecida pelo poder público. A própria escola primária está precisando de pintura e vidros nas janelas, informa a agência Efe.
“Faz muito tempo que não recebemos investimentos. Acham que, por a escola se chamar Obama, alguma fundação a financiará”, lamenta o diretor, Manasseh Oyucho.
Mama
A fama do primeiro presidente negro dos Estados Unidos também faz com que turistas batam na porta de Mama Sarah, como é conhecida a “avó” de Obama. Ela foi a terceira esposa do avô paterno de Obama e, apesar de não ter ligação de sangue, é considerada pelo presidente como avó.
O turismo também impulsionou o comércio. Uma das lojas vende canetas da marca Obama, que prometem escrever de maneira mais suave.
Um vendedor espera que as vendas de camisetas, lembranças e bugigangas com a imagem do presidente aumentem com a presença de Obama no Quênia.
Mas talvez o mais curioso na cidadezinha seja um penteado chamado “Barack Obama”, que, segundo um moradora, é muito popular por ali.
Tudo isso em homenagem a uma pessoa que nem sequer nasceu no Quênia, mas que é querida como se fosse um de seus filhos.