Defensoria Pública da União adere à campanha Igualdade Racial é pra Valer

A proposta faz parte de uma série de iniciativas de um acordo de cooperação que ampliará a parceria já existente entre os dois órgãos federais.

Intensificar a assistência integral e gratuita da Defensoria Pública da União (DPU) às comunidades tradicionais. Os procedimentos a serem adotados para o alcance dessa meta foram abordados em reunião entre representantes da DPU e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) em reunião no dia 01 desse mês. A proposta faz parte de uma série de iniciativas de um acordo de cooperação que ampliará a parceria já existente entre os dois órgãos federais.

“Estamos discutindo uma cooperação que incorpora outras linhas de ação pela promoção da igualdade racial, no âmbito do Ano Internacional dos Afrodescendentes e da campanha Igualdade Racial é pra Valer”, destacou a titular da Secretaria de Comunidades Tradicionais da Seppir, Ivonete Carvalho. Ela lembrou que a articulação que já vigora desde 2009, entre a Seppir e a Escola Superior da Defensoria Pública da União (ESDPU), voltada para a capacitação dos profissionais da DPU.

A reunião possibilitou também a criação de um Grupo de Trabalho, formado por técnicos indicados pela Seppir e pela DPU, visando à elaboração de material impresso para orientação das políticas e ações ligadas ao Programa Brasil Quilombola (PBQ). As publicações terão como público alvo gestores estaduais e municipais, defensores públicos federais e estaduais, e as comunidades tradicionais.

“A proposta é elaborar cartilhas que, passo a passo, esclareçam as condições para os quilombolas acessarem os serviços judicializados da Defensoria Pública da União e dos Estados”, explicou a assessora técnica da DPU, Alda Carvalho. A gestora disse ainda que uma outra cartilha, dirigida aos defensores da União e dos Estados, também ajudará no atendimento às comunidades tradicionais.

Além da assistência jurídica gratuita, os gestores discutiram a realização da 4ª Capacitação dos Defensores Públicos Federais e Estaduais e o intercâmbio de informações entre a Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial e a congênere da DPU. De acordo com o ouvidor da Seppir, Carlos Alberto Junior, a parceria facilitará a atuação dos dois órgãos em casos de discriminação racial, a partir da definição de um padrão de atuação e de encaminhamento de denúncias.

Também participaram da reunião a gerente do PBQ, Leonor Franco de Araújo, o diretor Geral da Escola da Defensoria Pública da União, Holden Macedo da Silva, e o coordenador Geral da ESDPU, Osman Álvares dos Prazeres.

Fonte: Mulher Negra

+ sobre o tema

Comitê Quilombola da 2ª Marcha das Mulheres Negras é lançado em Brasília

Mulheres quilombolas de todo o país lançaram, nesta terça-feira...

Governo encara o privilégio tributário dos muito ricos

Mais que cumprir promessa da campanha de 2022 ou...

Google concorda em pagar US$ 28 milhões em processo por preconceito racial

O Google concordou em pagar US$ 28 milhões (cerca de R$...

Renda de pessoas negras equivale a 58% da de brancas, mostra estudo

A renda do trabalho principal de pessoas negras correspondia,...

para lembrar

OAB debate projetos para a promoção da igualdade em seus quadros

Há anos atuando como porta voz dos anseios sociais...

O que pode uma língua

A triste verdade é que a língua portuguesa esmagou...

O Oscar, enfim, escutou: diversidade importa

Há algo de novo no reino dos homens brancos...

Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns morre aos 95 anos

Morreu no final da manhã desta quarta-feira (14), em...

Geledés – Instituto da Mulher Negra se solidariza à Ministra Marina Silva

Geledés – Instituto da Mulher Negra, organização fundada e liderada por mulheres negras, se solidariza com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do...

STF forma maioria para validar lei que expulsa empresa por escravidão em SP

O plenário do Supremo Tribunal Federal formou maioria, nesta quarta (19), para validar a Lei Paulista de Combate ao Trabalho Escravo, sancionada e regulamentada...

Alcântara é Quilombola! Em sentença histórica, Corte Interamericana condena Brasil por violar direitos quilombolas e determina titulação do território

Na última quinta-feira (13), a Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) declarou que o Estado brasileiro é responsável por violar os direitos das...
-+=