DEM reivindica vice de José Serra, afirma líder do partido

Por: Eduardo Bresciani

 

A escolha do vice-presidente é um processo que vai desaguar em junho. O governador Serra já demonstrou ter a paciência dos sábios para administrar o tempo. Mas, o DEM tem uma posição clara e reivindica a vaga de vice em função de sua densidade eleitoral e de seu tamanho”

 

O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Paulo Bornhausen (SC), afirmou nesta sexta-feira (9) que o partido reivindica a indicação do candidato a vice-presidente na chapa de José Serra (PSDB-SP). Os partidos de oposição, PSDB, DEM e PPS, lançam neste sábado (10), em Brasília, a candidatura de Serra para a Presidência.

 

“A escolha do vice-presidente é um processo que vai desaguar em junho. O governador Serra já demonstrou ter a paciência dos sábios para administrar o tempo. Mas, o DEM tem uma posição clara e reivindica a vaga de vice em função de sua densidade eleitoral e de seu tamanho”, disse o líder.

 

Segundo Bornhausen, o DEM só abriria mão da vice para o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). “Há uma colocação unânime no partido de que o ex-governador Aécio seria uma grande opção. Com ele, nós teríamos dois candidatos a presidente numa chapa só, que seria muito forte. Agora, vencida esta etapa, o DEM tem a sua posição”.

 

Apesar da cobrança da vaga para o DEM, Bornhausen ressalta que cabe a Serra escolher quem será o nome do vice. “Não posso impor a um candidato a presidente um vice que não seja alinhado com ele. Claro que ele terá um papel relevante na escolha, como terão os partidos da chapa. Acho que essa escolha vai ser um grande exercício de convergência da coligação”.

 

Para o líder do DEM, o escândalo no Distrito Federal que levou à prisão do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido) e ficou conhecido como mensalão do DEM não prejudica as pretensões eleitorais do partido. “A crise não é do DEM, é do governo do Distrito Federal. Nós fizemos tudo o que tinha de ser feito”.

 

Bornhausen afirmou ainda que a Executiva Nacional vai monitorar com atenção a sucessão no DF e o posicionamento dos filiados dos partidos. “O DEM não foi avestruz, nós atacamos o mal e vai ter aqui no Distrito Federal um tratamento permanente da Executiva Nacional. Nós não vamos permitir que aconteça nada aqui numa direção diferente da que apontamos”. Ele destacou que a decisão de não disputar a eleição indireta para governador já foi uma posição de acordo com o posicionamento da direção nacional.

 

Depois da prisão e afastamento do agora ex-governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) por tentativa de suborno de uma testemunha do chamado mensalão do DEM, o vice-governador Paulo Octávio renunciou ao cargo, assumindo interinamente o então presidente da Câmara Legislativa, Wilson Lima.

 

Arruda teve o mandato cassado pelo TRE-DF por infidelidade partidária, deixando vago o cargo. As eleições indiretas estão marcadas para o dia 17 de abril e determinarão quem vai ocupar o cargo até 31 de dezembro.

 

 

Fonte: G1

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