A jornalista Patrícia Lélis, que acusa o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro dentro de apartamento funcional, registrou boletim de ocorrência na noite deste domingo na Delegacia da Mulher, na Asa Sul de Brasília.
Por Leandro Mazzini, do UOL
Ela envolve o deputado e também denuncia mais dois homens que a convenceram a ir para São Paulo, que resultou no caso do suposto sequestro qualificado pelo chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, que foi detido para esclarecimentos na sexta, e depois solto.
Os outros dois envolvidos no caso, segundo Patrícia, são: um homem identificado apenas como Marcelinho – que seria seu empresário para tentativa de emprego em SP – e o jornalista Emerson Biazon, que a convenceu a viajar para a capital paulista.
Em São Paulo, ela foi alojada no hotel San Raphael, no Centro, onde ficou sob tutela de Bauer, e onde teria se iniciado a coação para ela mudar o discurso sobre a denúncia contra Feliciano, revelada pela Coluna. As diárias estavam pagas até a próxima quarta, 10.
DEFESA DE FELICIANO
As denúncias começaram a aparecer na última terça-feira, registradas em primeira mão pela Coluna Esplanada. Desde então o deputado Marco Feliciano preferiu o silêncio, e só o quebrou quatro dias depois – neste sábado – após a prisão do seu chefe de gabinete em SP acusado de cárcere privado.
Feliciano divulgou um vídeo em suas redes sociais, ao lado de sua esposa, negando a agressão. Disse ser vítima de falsa comunicação de crime e que vai perdoar a mulher que o denuncia – uma ex-militante do PSC Jovem.
Patrícia Lélis continua mantendo sua versão – fez oitiva na 3ª DP em São Paulo – que será encaminhada à PGR nesta segunda – e agora faz o B.O. na Delegacia da Mulher em Brasília.