‘Desigualdade não serve mais a quase ninguém’, diz economista

Para Ricardo Henriques, atalhos da elite para driblar educação frágil não estarão disponíveis em sociedade do conhecimento

por Cássia Almeida / Luciana Rodrigues no O Globo

Marcos Ramos / Agência O Globo

Economista com ampla experiência em gestão pública, Ricardo Henriques coordenou a criação do Bolsa Família, em 2003, quando era secretário executivo do Ministério de Assistência e Promoção Social. No Estado do Rio, desenvolveu o programa UPP Social, em 2010, como secretário estadual. Desde 2012, é superintendente executivo do Instituto Unibanco, que apoia a melhoria da gestão em 2 mil escolas de Ensino Médio de seis estados do país — conhece, assim, a realidade de 12% das matrículas escolares neste segmento do Brasil. Ele vê na educação de qualidade para todos a chave para o país não perder a corrida global da nova sociedade de conhecimento. E faz um alerta: os atalhos que a classe média e a elite brasileira usaram no passado para driblar a educação frágil do país e, assim, conseguir emprego e inserção de qualidade, não estarão mais disponíveis. O acesso elitizado ao ensino superior para poucos não será mais suficiente e isso pode acabar viabilizando a agenda da educação como prioridade, e não como um “enunciado genérico”. “Pode ser uma solução pela dor”, afirma.

No Brasil, a classe média e a elite dão o devido valor à educação?

De forma sóbria e respeitosa com a nossa História, acho que não. Há movimentos ao longo da nossa História recente que de forma recorrente enuncia a educação como prioridade. É mais comum e talvez mais fácil um acordo retórico sobre isso do que efetivamente um engajamento sobre a relevância e a importância crucial da educação. Isso se traduz muitas vezes na forma com que mesmo aqueles que têm alta escolaridade se dedicam ao processo educacional de seus filhos. Há exceções, mas é muito comum que parte significativa da classe média delegue à escola, em geral à escola privada, a responsabilidade completa sobre a educação dos seus filhos. Quantos de nós participam de forma dedicada das reuniões de pais que discutem o desempenho dos filhos? Para ser justo, as escolas também precisam se adaptar, pois fazem as reuniões serem chatas e desinteressantes, no máximo uma prestação de contas formal. Esse pai e essa mãe que estão longe da escola contribuem para aumentar a dificuldade da escola em atualizar tanto os conhecimentos cognitivos como, sobretudo, os socioemocionais associados ao processo de ensino.

Assim como na vida privada, os brasileiros, enquanto sociedade, também não assumem essa responsabilidade?

‘A fronteira do conhecimento requer heterogeneidade. O que você quer é uma sala de aula diversa, numa escola diversa, numa sociedade diversa.’

Com certeza. O problema é que a sociedade brasileira atribui uma importância menor à educação do que seria necessário. Os brasileiros como um todo. Uma nuance importante é que, dado que a gente tem um padrão de desigualdade alto, do ponto de vista relativo, isto é mais grave entre os mais escolarizados, que já teriam acumulado ao longo da vida um capital social que solicitaria deles imediatamente mais implicação (com a importância da educação). Parte disso talvez esteja associado a ideia que o Brasil não projeta um futuro. É um pouco aquela referência do Stefan Zweig (escritor austríaco, autor de “Brasil, país do futuro”), é um futuro que não se traduz hoje em algo materializável. É sempre uma intenção. A questão toda é: a gente quer projetar ou não um futuro no qual o bem-estar para todos é uma referência? Uma das variáveis, se não a principal, é a educação, que vai viabilizar essa agenda comprometida com o bem-estar no futuro. Isso implica um arranjo de sociedade que reconheça e enfrente suas desigualdades. Se projetamos um futuro de bem-estar, a educação que a gente quer, sobretudo a educação pública que dá conta de 83% das matrículas no país, precisa estar comprometida em gerar conhecimentos cognitivos fortes, mas também em gerar um campo de valores compartilhados que diga que essa sociedade almeja um arranjo que é mais transformador do que é hoje. Quando a sociedade não se discute como um todo e não discute seu futuro, ela não reconhece de forma objetiva o valor da educação e não produz engajamento. Aí, esse ciclo perverso se dá. Vira um enunciado genérico. Hoje o direito à educação é um imperativo moral de uma sociedade que pode reconhecer que produziu um padrão de desigualdade que não faz sentido.

O Brasil pode ficar para trás na corrida tecnológica, se não investir em educação?

Há megatendências em curso, como a globalização, com os mercados cada vez mais integrados; a mudança tecnológica, com a automação e o peso da inteligência artificial; a mudança demográfica, com o envelhecimento da população; a desigualdade crescente no mundo e o papel da sustentabilidade ambiental. Neste cenário, é preciso algo radical: um investimento forte em educação, tanto no cognitivo básico, capacidade de tomada de decisão, pensamento crítico e criatividade, no qual estamos muito defasados; quanto no cognitivo mais avançado, com capacidade de leitura, letramento matemático e leitura de dados. Além disso, as competências sociais e emocionais são fundamentais: capacidade de comunicação, empatia, negociação, adaptabilidade e aprendizagem contínua, o “aprender a aprender”. A gente precisa fazer isso desde a primeira infância. O Brasil de alguma forma driblou várias necessidades do mundo do trabalho, fazendo com que parte da elite, via universidade, se atualizasse no mundo contemporâneo. Mas as dimensões radicais, tão necessárias, de cognitivo avançado, habilidades emocionais e sociais, não eram tão importantes. Para desenvolver isso, preciso que isso se dê em massa.

E por que é necessário o investimento em massa? Para atrair investimentos ao país?

Ninguém sabe quais serão as configurações exatas do mundo do trabalho no futuro. Mas algumas habilidades são chaves, como capacidade de resolução de problemas, criatividade e empatia. A resolução de problemas e a criatividade não podem ficar contidas num segmento de elite. É preciso massificar, pois o mundo está produzindo um novo modo de pensar e conhecer. Sem isso, duas coisas tendem a acontecer: um caminho funcional para o Brasil, que foi esse atalho para as elites, diminuiria muito, pois teria cada vez mais pessoas no mundo com essas habilidades. E tende a aumentar no Brasil o fosso dos jovens que não estão nesse processo. O tamanho do desafio é enorme: 93% dos jovens que terminam o Ensino Médio têm conhecimento de matemática aquém do que seria o desejável, segundo dados do Todos pela Educação. O desenvolvimento dinâmico e inclusivo depende do desenvolvimento pleno e integral dos estudantes. A educação é um campo com potencial enorme de inovação. Em muitos lugares, os professores trocam práticas didáticas. Um professor assiste aulas do outro, aprende, usa o grupo de pares como elemento crítico para melhorar. Quando você cria um ambiente de aprendizagem estimulante e comprometido, tanto no cognitivo como no social, no emocional, você muda de patamar. Esse processo pode ser com saltos relativamente rápidos. Isso deve nos dar um certo otimismo. Treinar para fazer prova, manter a ideia da decoreba, etc., não funciona. Mas, quando você produz campos para solução de problemas, empatia, vê que precisa de todos. Na sala de aula, há meninos com habilidade em matemática altíssima, outros com habilidade em resolução de problemas, outros com capacidade de comunicação. A fronteira do conhecimento requer heterogeneidade. O que você quer é uma sala de aula diversa, numa escola diversa, numa sociedade diversa.

Escola do Rio: mundo vive em fronteira de sociedade do conhecimento – Analice Paron / Agência O Globo

A reforma em curso na base curricular pode ajudar nesse desafio?

A reforma tem que ir na direção de flexibilização de trajetória para os mais jovens. Mas, ao mesmo tempo, é preciso produzir engajamento dos atores responsáveis por isso: os estudante e os professores. Engajar esses atores implica valorizar o professor, com uma remuneração melhor para eles, atrair bons estudantes para o desejo da profissão de professores, um cotidiano das salas de aula em que os professores estão preocupados que todos aprendam, implica uma gestão totalmente focada em criar as melhores condições possíveis de ensino e, também, a criação de um campo de maior participação das famílias. Os professores mais motivados e engajados criam condições para os alunos estarem mais engajados e inovam o tempo todo. A educação é um campo com um potencial enorme de inovação. Em muitos lugares do mundo, os professores trocam práticas didáticas, um professor assiste aulas do outro, aprende, usa o grupo de pares como um elemento crítico para melhorar. Toda vez que você move essa troca entre pares, a sala de aula fica muito mais criativa e dinâmica. E aí os saltos não são lineares. Quando você cria um ambiente de aprendizagem estimulante e comprometido, tanto no cognitivo como no social, e como no emocional, você muda de patamar com frequência.

Ou seja, é possível, com engajamento e inovação, dar saltos em direção a essa fronteira da sociedade do conhecimento? É possível melhorar a educação, em massa, de forma mais rápida, não linear?

‘A diversidade é a nossa força. O riquíssimo pode não ter nenhum skill (habilidade) de empatia, que o outro tenha, por exemplo.’

– Ricardo Henriques, economista

Esse processo não é de crescimento só na margem, ele pode ser com saltos. Isso deve nos dar um certo otimismo. Se você conseguir construir bem o desenho e a implementação de um campo da educação atualizado com a fronteira (do conhecimento), você pode dar bons saltos e saltos relativamente rápidos. Para isso se dar em larga escala, se você se ativer estritamente ao cognitivo básico, é muito pouco provável que você consiga. Treinar para fazer prova, manter a ideia da decoreba, etc. não funciona. Mas, quando você produz campos para solução de problemas, empatia, você vê que precisa de todos. Numa mesma sala de aulas, tem meninos com habilidade em matemática altíssima, outros com habilidade em resolução de problemas, outros com capacidade de comunicação. O modelo antigo só quer pegar alunos com habilidades cognitivas básicas e a escola cria a ideia do aluno problema. A fronteira solicita heterogeneidade, campo de tensionamento para a produção de soluções, inquietações sobre formas novas de aprender. O que você quer é uma sala de aula diversa, numa escola diversa, numa sociedade diversa. O que você quer é que a diversidade da sociedade venha para a escola e produza nela um ganho que tende a ser mais do que linear, que seja em saltos.

A desigualdade brasileira é um problema, mas a nossa diversidade pode facilitar esses saltos inovadores? Mesmo nas escolas, há desigualdades. Nas escolas públicas, há os muito pobres e os remediados. Nas escolas privadas, há os riquíssimos e a classe média.

A diversidade é a nossa força. O riquíssimo pode não ter nenhum skill (habilidade) de empatia, que o outro tenha, por exemplo. A História do Brasil produziu uma equação perversa, que é ter transformado o diferente em desigual. Isso submeteu a política social, inclusive a política educacional, a só poder lidar com a pobreza, e não com a desigualdade: uma vez que o desigual é o mesmo que diferente, é melhor não tratar desse problema e ir para o campo do alívio das condições e enfrentar a pobreza. É preciso mostrar que o desigual não é o mesmo que o diferente e, ao contrário, que os caminhos de solução desse país passam pelo reconhecimento e a força da diferença. Se eu quebrar essa equação, eu posso a partir da diferença alavancar essa sociedade. Essa educação do século XXI traz em potência essa nossa força estrutural, que é a força da diversidade.

Essa é uma força que outros países de renda média como nós, e o senhor citou China e Índia como avançados na corrida tecnológica, não têm?

Sim, e o Brasil não têm conflitos étnicos nem religiosos. Isso é um ativo do Brasil na economia global. No entanto, este ativo implica romper com essa equação histórica, de submeter a diferença à desigualdade, que a gente produziu. Pode soar abstrato, mas é fundamental. Foi assim que se definiu como foi a transição da escravidão, na qual foi dada a liberdade, mas não foi dado terra, nem capital, nem educação. Foi assim que se definiu quem vota, quem é trabalhador formal ou não. Com Getúlio Vargas, só teve direito à CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) quem era alfabetizado: se não tivesse letramento, você não teria nenhuma inserção no mundo do trabalho. Só uma sociedade como a nossa pôde pensar, naquela época, que para a inserção formal no mundo do trabalho era preciso estar alfabetizado e quem não estava, dane-se. Todas as sociedades com dilemas parecidos foram em outra direção: “vamos atualizar isso a um custo danado, mas vamos resolver para todos”. A gente pega as nossas heranças e estoques de desigualdade, naturaliza eles e mantém como um passivo. Vários recusam essa discussão. Mas temos de discutir: por que a desigualdade racial está na origem e no coração da nossa desigualdade? Por que temos estoques de desigualdade que mantemos e seguimos convivendo com eles? Geramos padrões abissais e vergonhosos de desigualdade, no entanto temos uma força que está em torno da diversidade, que pode ser o grande operador da redução da desigualdade. Isso é verdade há muito tempo, no entanto, como está se configurando a sociedade do conhecimento do século XXI, a diversidade pode ser o principal operador para redução da desigualdade. Um projeto de futuro na sociedade globalizada, inserido num mundo do conhecimento, referenciado no bem estar, tem na diversidade a sua maior potência. Parte do debate democrático hoje é olhar de forma sóbria para esse arranjo perverso da nossa desigualdade. Neste mundo contemporâneo, esse arranjo serve cada vez menos às pessoas.

Mas no passado já serviu, já que a elite criava atalhos, como o senhor citou, via ensino universitário, por exemplo?

Mas hoje, com o nosso padrão de desigualdade, com a sociedade do conhecimento se movendo na direção e à velocidade que está se movendo, talvez se o Brasil fizer uma reflexão sóbria sobre si, perceberá que essa desigualdade não serve mais para quase ninguém. Portanto, essa é uma solução pela dor. Se o campo democrático permitisse, e as eleições seriam um bom momento para isso, ao Brasil refletir sobre si para projetar seu futuro, talvez ficasse cada vez mais consistente a ideia de que o padrão de desigualdade radical e abissal que a gente gerou não tem mais funcionalidade para a inserção do Brasil na sociedade contemporânea. E, ao contrário disso, a força, a beleza e a potência da nossa diversidade, pode ser um caminho privilegiado para a gente ir em direção ao que a sociedade do século XXI está solicitando.

Ou seja, se não for para proporcionar o bem-estar como um fim em si mesmo, talvez a reflexão de que a desigualdade perdeu sua funcionalidade possa acelerar essa agenda?

As duas coisas acontecerão. Se a gente refletir sobre as perversidades que foram geradas por essa funcionalidade da desigualdade, talvez essa reflexão coloque a importância de buscar uma sociedade do bem-estar. A reflexão sobre as nossas vulnerabilidades, fragilidades e limitações talvez coloque de forma sóbria a importância de usar a referência do bem-estar. Com um efeito adicional: se o fizermos, poderemos ver que a diversidade que nós temos é uma força positiva nessa direção.

O senhor acha que essa agenda está sendo discutida?

Acho que não. Os momentos eleitorais são os momentos que possibilitam a reflexão sobre o que é a prioridade da política pública e, mais ampla, sobre que projeto de futuro estamos construindo. Seria muito virtuoso se esse debate permitisse, com muita evidência histórica, sem subestimar as tensões, pensar caminhos para projetar essa sociedade, que seja conectada com a sociedade de conhecimento do século XXI e com o imperativo do bem-estar.

O senhor acha que, com a atual polarização da política, haverá espaço para discutir isso nessas eleições?

Acho que a conjuntura polarizada da política dificulta reflexões sóbrias. No entanto, acho que isso é mais um desafio para a sociedade brasileira do que um desafio stricto sensu da política eleitoral. A polarização não só produz várias irracionalidades como ela não tem como expectativa uma das virtudes da sociedade do século XXI, que é produzir convergência. Essa polarização, assim, gera um desserviço. Mas se fizermos uma discussão em termos de projeto de sociedade, acho que isso sensibiliza a classe média, os segmentos populares, a elite econômica, a elite cultural, os mais vulneráveis para discutir por que não estamos nos dedicando a projetar o futuro desse país. Stefan Zweig criou um desserviço. A ideia do país do futuro gera um conformismo porque parece que em algum momento esse país virá a ser algo e isso, enquanto sociedade, nos isenta da responsabilidade de no presente enunciar e pactuar que futuro queremos para esse país.

Desempregados formam longa fila a procura de empregos na Baixada Fluminense – MARCOS DE PAULA / Agência O Globo

Neste momento, muitos dizem que o futuro é o aeroporto e vários brasileiros estão se mudando para Portugal.

Ir para Portugal, ir para o exterior, é abrir mão de, no presente, projetar esse futuro. Pode ser uma solução individual, e eu respeito como qualquer solução, desde que seja ética e digna, mas é abrir mão de fazer esse processo, de projetar um futuro. A gente está discutindo um desafio ético, estamos falando sobre a possibilidade de a nossa sociedade agir com ética. O agir ético no presente é ter a disponibilidade e a generosidade de discutir com a pluralidade de visões que existem na sociedade brasileira, como projetar esse futuro que nos coloca na sociedade do conhecimento do século XXI com equidade e bem-estar. Este arranjo será bom para todos. Existem vários modos de pensar como chegar lá. O que temos de discutir é se queremos chegar lá. Acho que até hoje abrimos mão de fazer essa discussão densa e substantiva. Minha visão otimista é que, se criarmos condições amplas e plurais nesse debate, eu acho que a maioria da sociedade brasileira quer. Uma das questões que será colocada é como se dá de modo efetiva a prioridade para a educação. E, aí, na democracia, qual é o desenho disso.

Mas há amarras fiscais, como o teto de gastos.

Teremos de conversar sobre teto de gastos, sobre prioridades, e também sobre eficiência e sobre efetividade da política pública no campo educacional. Teremos de falar sobre compromissos e sobre qualidade da gestão. Essas coisas têm que andar juntas.

Muitos economistas veem o teto de gastos como intocável.

Ele deixaria de ser intocável. Precisamos discutir a crise fiscal, a crise fiscal dos estados e a possibilidade de mover a sociedade brasileira em direção ao contemporâneo. Não podemos fazer a irresponsabilidade fiscal como alavanca para o país se mover, porque já aprendemos que, a curto prazo, a gente quebra. Por outro lado, não podemos ficar contido estritamente em fazer os ajustes macroeconômicos necessários sem fazer essa projeção de futuro. Teremos de discutir privilégios, arranjos estabelecidos e teremos de garantir o direito fundamental e universal à educação para todos e com alta qualidade, se não não é direito à educação, é uma chicana semântica. Nos 30 anos da Constituição, aprendemos muito sobre política pública, o país está melhor. Mas a velocidade com que ele melhorou e o sentido da melhora é aquém do que a gente precisa. Precisamos de estabilidade da moeda, de estabilidade fiscal e precisamos de prioridade para a garantia de direitos fundamentais. Se não discutirmos esse projeto de futuro, os ajustes, por mais sensatos que sejam, não produzem um sentido de pertinência e um vínculo com uma escolha consistente da sociedade.

Um ajuste conjuntural não pode prejudicar um projeto de futuro, é isso?

Temos de lidar sempre com as conjunturas. Em alguns momentos, as conjunturas são mais severas. Mas devemos discutir as dificuldades de conjuntura sempre com essa projeção de futuro. Pode ser uma crise internacional, pode ser várias coisas. Mas está nos faltando essa referência, este Norte, ou este Sul. Precisamos decidir para onde queremos ir. A oportunidade talvez seja de ir em direção com a uma ruptura com a nossa história de desigualdade. E essa ruptura tem a diversidade como força e a oportunidade do que são as solicitações dessa sociedade do conhecimento do século XXI.

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