Segunda-feira, 02 de fevereiro, há exatos 82 anos, se tornou dia festa no mar. É o momento que milhares de pessoas saem de suas casas em direção a praia para saudar a rainha das águas salgadas, Yemanjá, o orixá responsável pelo equilíbrio mental, fartura e prosperidade.
Na hora que for entregar a sua oferenda leve em conta que candomblé, antes de mais nada, é natureza. Portanto, seja consciente.
Não leve para as águas nenhum elemento que coloque a vida marinha em risco. Coloque flores, use balaio ecológico (de palha) e se preferir prepare a comida sagrada de Yemanjá, o eboyá, feita a base de milho branco, temperada como cebola, sal e azeite de dendê.
O babalorixá Pece de Oxumarê explica que todas as oferendas, independente, do Orixá cultuado, só devem ser feitas com elementos biodegradáveis, ou seja, que não poluam o meio ambiente.
“O povo de candomblé cultua, antes de mais nada, a natureza. Portanto não podemos colocar no mar, nenhum tipo de obejto que prejudique o meio ambiente. Temos que zelar pela vida. As oferendas devem ser feitas com flores, comidas e em balaios de palha. Nada de sintético devem fazer parte de presente”, esclarece o sacerdote, para em seguida destacar que o mais importante na data é fazer uma entrega espiritual. “O amor ao próximo, a fé e a devoção são os melhores presentes que alguém pode ofertar para qualquer Deus”.