Especialista esclarece o mito de que esse tipo de derme exige menos proteção e é mais forte por permanecer imune a diversos fatores agressivos
Afinal, da mesma forma que a pele clara sofre com o aparecimento de rugas de expressão, manchas e com passar do tempo também perde o viço, o envelhecimento também deixa marcas na pele negra. Por outro lado, essa derme possui melanina mais funcionante, o que naturalmente a deixa mais protegida, também é rica em fibroblastos ativos – células que produzem colágeno – que a deixa mais distante da flacidez.
Quelóides, manchas e pelos encravados são problemas comuns da pele negra, portanto toda atenção é pouca, principalmente após as intervenções cirúrgicas, cortes ou traumas na pele. “O profissional deve acompanhar o dia a dia deste paciente para intervir com técnica e cautela na hora certa”, afirma Edith Kawano Horibe, cirurgiã plástica que preside a ABMAE (Academia Brasileira de Medicina Anti-envelhecimento).
Segundo a profissional, os quelóides, cicatrizes hipertróficas, são um dos principais vilões desse tipo de cútis, aparecendo normalmente no peito, braços, costas e seio. São tratados com betaterapia e compressões, infiltração de antiinflamatórios e laser, crioterapia, ou até mesmo cirurgia. “Tudo depende da reação do paciente, geralmente o tratamento dura uns seis meses”, diz a cirurgiã.
A pele negra requer muito conhecimento e especialização, pois até uma simples limpeza de pele pode deixar manchas se não forem tomadas todas as precauções, devido a sua forte pigmentação. Os cuidados devem ser redobrados quando o assunto for depilação e retirada de pintas, peeling e preenchimentos. Algumas indicações são o ácido hialurônico para amenizar rugas, assim como a toxina botulínica e a laserterapia, laser de baixa potência, indicados para tratar peles negras e morenas, pois equilibra e rejuvenesce.
Pelos encravados são resolvidos a laser, desde que possua tecnologia adequada para a cútis negra. “O Spectra, aparelho de radiofreqüência, é indicado para combater a flacidez, pois não é ablativo, isto é, não provoca manchas e queimaduras”, afirma a médica.
Ao optar por um tratamento de peeling, é extremamente importante destacar a classificação do método, já que cada etnia tem características próprias que influenciam diretamente no sucesso do procedimento
“Para se ter um diagnóstico mais preciso são necessários conhecimento e experiência e, principalmente, bom senso, pois essas técnicas exigem limites determinantes em cada aplicação”, finaliza Edith.
Os tipos de Peelings mais favoráveis à pele negra e são:
O ICP Peel admite todo tipo de pele, sendo mais indicado para o Fototipo II à IV. Pode ser aplicado em qualquer época do ano. Elimina as manchas melânicas e hemáticas.
A especialista indica que a manutenção preventiva deve ser mantida e esclarece que a técnica permite exposição solar com proteção adequada.
Blue Peel: peeling obtido pela mistura do ATA 30% com base de blue peel, de fácil uso, seguro e eficaz. Originário dos Estados Unidos, o Blue Peel efetua peeling superficial e médio. Usado em todos os tipos de pele, pode ser aplicado na face, no tronco e nos membros. O Blue Peel também pode ser associado com lifting, laser e outros.
Fonte: Abril