Dilma defende “pacto social” contra a pobreza em discurso no Congresso

Presidente disse ainda que vai se esforçar pelo fim das tragédias das chuvas

 

Em discurso que marcou a abertura dos trabalhos do Poder Legislativo, realizado no Congresso nesta quarta-feira (2), a presidente Dilma Rousseff voltou a afirmar que seu governo terá como prioridade a luta pela igualdade social.

Como fez ao falar durante sua posse, no início do ano, Dilma pediu aos deputados e senadores que, com o Executivo, façam parte de “um pacto social” pela erradicação da miséria no Brasil.

– Conclamo as senhoras e os senhores representantes do poder Legislativo, governadores e prefeitos, a se reunirem em torno de um pacto de avanço social nesse país. Uma parceria sólida que acabe com a miséria, que amplie e melhore o acesso à saúde e educação, que garanta a segurança e que proporcione às brasileiras e aos brasileiros oportunidades reais de crescimento social.

Este pacto pode ter como símbolo o esforço desse governo.

Sem citar números, a presidente garantiu ainda que, em seu governo, os trabalhadores terão os salários equiparados ao crescimento econômico. O governo defende que o salário mínimo seja reajustado para R$ 545 neste ano – as centrais sindicais reivindicam o valor de R$ 580.

– A manutenção de regras estáveis que permitam ao salário mínimo recuperar o seu poder de compra é um pacto deste governo com os trabalhadores. Asseguradas as regras propostas, os salários dos trabalhadores terão ganhos reais sobre a inflação e serão compatíveis com a capacidade financeira do Estado.

Dilma também voltou a afirmar que o governo federal irá trabalhar pela implantação de um sistema de prevenção de tragédias, “para que o que ocorreu na região serrana do Rio de Janeiro não se repita”. Ao todo, mais de 800 pessoas morreram em decorrência das chuvas nos municípios da região em janeiro deste ano.

-Para que nunca mais se repita essa tragédia das chuvas que nos roubaram centenas de vidas. […] No Brasil, não podemos e não iremos esperar o próximo ano, as próximas chuvas, para chorar as próximas vítimas. […] Investiremos pesadamente na geração de dados confiáveis que possam alertar a população a tempo e com precisão; apoiaremos os Estados na identificação das áreas de risco; juntamente com os municípios, realizaremos obras de prevenção; e ofereceremos aos moradores das áreas atingidas a possibilidade de novas habitações, através do programa Minha Casa, Minha Vida.

A cerimônia de hoje marca o início dos trabalhos da 54ª Legislatura da Câmara e do Senado e ocorre um dia após a posse dos novos deputados e senadores. Segundo aliados, a ida da presidente – que é uma quebra de protocolo – buscou aplacar críticas de que estaria menosprezando a relação com os congressistas.

Na solenidade, Dilma entregou aos parlamentares o plano de governo com o que considera prioridade para os próximos quatro anos. No ano passado, quando era ministra-chefe da Casa Civil, ela entregou a mensagem em nome do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, Lula destacou o desenvolvimento socioeconômico conquistado pelo país e os acertos de seu governo face à crise de 2008, que afundou vários mercados financeiros em todo o mundo.

 

Fonte: R7

+ sobre o tema

Pobre Palmares!

  por Arísia Barros União,a terra de Zumbi, faz parcas e...

Olimpíadas de Tóquio devem ser novo marca na luta por igualdade

Os Jogos Olímpicos da Cidade do México, em 1968,...

Lei 13.019: um novo capítulo na história da democracia brasileira

Nota pública da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais...

para lembrar

PSDB e PMDB perdem prefeituras; PT, PSD e PSB ganham peso

O PSDB saiu menor das urnas, em comparação...

Em prédio novo, escola de SP não possui itens básicos para estudar.

Prédio novo também continha sobras de material de construção...

Jessé Souza: Escravidão é o que define sociedade brasileira

Reescrever a história dominante de que a corrupção é...

Haddad tem 49%, e Serra, 33%, diz Ibope

O Ibope divulgou, nesta quarta-feira (17), a segunda pesquisa de intenção...

Fim da saída temporária apenas favorece facções

Relatado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o Senado Federal aprovou projeto de lei que põe fim à saída temporária de presos em datas comemorativas. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA),...

Morre o político Luiz Alberto, sem ver o PT priorizar o combate ao racismo

Morreu na manhã desta quarta (13) o ex-deputado federal Luiz Alberto (PT-BA), 70. Ele teve um infarto. Passou mal na madrugada e chegou a ser...

Equidade só na rampa

Quando o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, perguntou "quem indica o procurador-geral da República? (...) O povo, através do seu...
-+=