Dilma é recebida por Sarkozy em Paris

Candidata do PT vai se encontrar com líderes europeus nesta semana.
Pela manhã, ela recebeu apoio de partido socialista francês.

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, foi recebida nesta quarta-feira (16) pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, em encontro no Palácio Eliseu, em Paris.

O encontro com Sarkozy durou cerca de meia hora. No final da reunião, o presidente francês acompanhou Dilma até as escadarias do palácio.
Em uma breve declaração à imprensa, Dilma lembrou que França e Brasil trabalham juntos no âmbito do G20 (que reúne os países mais desenvolvidos do mundo e os emergentes) para a reforma do do sistema financeiro mundial, sacudido pela crise de 2008.
A petista disse que conversou com Sarkozy sobre o avanço das relações entre Brasil e França que, segundo ela, “evoluíram cada vez mais”. “Temos uma relação comercial muito grande em diversas áreas, inclusive a militar”, limitou-se a dizer Dilma, sem dar maiores detalhes sobre um assunto pendente entre os dois países.

O caça Rafale, da empresa francesa Dassault, compete com os F/A-18 Super Hornet, da americana Boeing, e com o Gripen NG, da sueca Saab, por um contrato para vender 36 aviões ao Brasil.

Giro na Europa
Dilma chegou na terça-feira (15) à Europa, onde cumprirá agenda com líderes políticos nesta semana. No dia de sua chegada, o primeiro compromisso público foi acompanhar o jogo do Brasil com brasileiros em Paris.

 

A turnê de Dilma pela Europa prossegue até domingo. Nesse período, a candidata ainda terá encontros com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, em Bruxelas, com o presidente do governo da Espanha, José Luis Zapatero, em Madri, e com o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates.

Apoio
Nesta manhã, ela participou de encontro com líderes do Partido Socialista francês, que fazem oposição ao governo de Sarkozy. A candidata recebeu o apoio da primeira secretária dos socialistas franceses, Martine Aubry. No encontro, as duas falaram sobre a situação econômica e social dos dois países e da necessária regulação do sistema financeiro.

 

Também conversaram sobre a decisão de Lula aumentar as aposentadorias em um momento em que a França “está ameaçada por uma decisão injusta e irresponsável” do presidente francês, segundo afirmou o partido em um comunicado. O governo francês anunciou nesta quarta um projeto de reforma do sistema que prevê aumentar de 60 a 62 a idade mínima para aposentadoria.
Estiveram presentes no encontro o secretário nacional para a Europa e para as Relações Internacionais do PS, Jean Christophe Cambadelis, e o secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo.

Fonte: G1

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