Dilma e Wagner participam em Salvador de homenagem às vítimas do holocausto

A libertação de prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, no sul da Polônia, em 27 de janeiro de 1945, foi lembrada neste domingo (29), em Salvador durante a cerimônia do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

A ministra da Igualdade Racial integrou a comitiva da presidenta Dilma Rousseff, em Salvador, na cerimônia em homenagem às vítimas do holocausto

O evento começou no final da tarde deste domingo (29), no Fórum Ruy Barbosa, e foi realizado pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), em parceria com a Sociedade Israelita da Bahia (Sib). Participaram a presidente da República, Dilma Rousseff, o governador Jaques Wagner, a primeira-dama, Fátima Mendonça, a mãe do governador, Paulina Wagner, secretários de estado, entre outras autoridades.

Compareceram ainda ao evento a presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Telma Brito, o vice-governador, Otto Alencar, o presidente da Ordem dos Advogados da Bahia, Saul Quadros, a ministra da Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros e a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário.

A ONU (Organização das Nações Unidas) há sete anos estipulou o dia 27 de janeiro como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, que, além de comemorar a libertação dos judeus do campo de concentração, é um tributo às milhões de pessoas exterminadas pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Cerca de 20 mil negros foram mortos e, segundo a Conib, esse foi um dos motivos da escolha de Salvador para sediar o evento este ano, já que a cidade possui o maior número de afrodescendentes fora da África.

A escolha de Salvador para receber o evento foi elogiada pela presidente Dilma. “Parabenizo a Confederação Israelita do Brasil pela escolha de Salvador. Essa cidade foi palco de lutas históricas, tanto pela independência do Brasil, quanto pela abolição da escravatura. Salvador é símbolo de uma comunidade que rejeita a discriminação e tem uma imensa capacidade de acolher e respeitar a diversidade.”

O papel dos direitos humanos também fez parte do discurso da presidente. “O Brasil é a favor de todos os tratados de combate ao racismo, discriminação e intolerância religiosa. Sabemos que nossa sociedade ainda discrimina negros, homossexuais ou qualquer pessoa que considere diferente.

Porém as sociedades democráticas têm o poder de combater crimes como o holocausto para que eles nunca mais ocorram.” A presidente finalizou dizendo que “nações dignas só se constrõem com democracia, igualdade e tolerância religiosa.”

Dilma na Bahia

Após a cerimônia deste domingo, a presidente Dilma continua na Bahia e, nesta segunda-feira (30), ela vai a Camaçari acompanhada do governador Jaques Wagner, onde a presidente assina, às 9h30, na Cidade do Saber, a ordem de serviço para revitalização urbanística da Bacia do Rio Camaçari. As obras contam com investimento de aproximadamente R$ 274 milhões e fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento II, beneficiando 90 mil moradores.

 

 

Fonte: Seppir

+ sobre o tema

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...

para lembrar

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...
spot_imgspot_img

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro no pé. Ou melhor: é uma carga redobrada de combustível para fazer a máquina do racismo funcionar....

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a categoria racial coloured, mestiços que não eram nem brancos nem negros. Na prática, não tinham...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira (27) habeas corpus ao policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, réu por assassinato de Guilherme Dias...