Esbanjando bom humor, candidata petista diz que campanha foi uma experiência que mudou sua vida
A presidenciável do PT, Dilma Rousseff, fez hoje um balanço de sua campanha antes do debate entre os candidatos. “Sou outra pessoa, muito melhor. Tem uma pessoa que entrou e outra que vai sair”, afirmou a candidata, acrescentando que a campanha foi uma experiência que mudou a sua vida.
Em entrevista aos jornalistas no início da noite de hoje, no Rio, Dilma esbanjou bom humor. Não se incomodou com perguntas sobre o seu peso nem com as comparações que jornais europeus fizeram, chamando-a de “dama de ferro”. Sobre os quilos a mais que ganhou nesses últimos três meses, disse: “Não me pesei pra não ficar triste”. Em relação às comparações da imprensa europeia, afirmou: “Não me incomodo, não”.
O bom humor da candidata reflete o momento atual da campanha, segundo os assessores de Dilma. Os motivos para isso são as pesquisas de intenção de voto, que mostram que ela parou de cair e pode vencer no primeiro turno, e também a estratégia, considerada bem sucedida, de conter a perda de votos no segmento evangélico por causa de boatos de que ela seria a favor do aborto. Com isso, o clima de preocupação, que ficou evidente no último comício da campanha na segunda-feira, em São Paulo, parece ter se dissipado.
Dilma brincou com os jornalistas e estendeu a entrevista por mais de 15 minutos além do que estava previsto. “No Brasil não se faz campanha sisuda nem certinha. Quanto mais você quer organizar, menos organizada ela fica”, afirmou em relação à campanha. Entre as coisas que a emocionaram, ela disse que foi o contato com a população, a alegria das pessoas e as manifestações de agradecimento, principalmente das pessoas mais pobres. Dilma disse que o momento mais emocionante aconteceu quando um homem, de origem humilde, tirou o chapéu para agradecer pela melhora que o governo fez pela vida dele. A candidata contou essa passagem com voz embargada e olhos marejados. “Eu faço parte de um projeto que deu certo. E eles (a população) sabem o que nós fizemos”, afirmou.
Apesar da rotina estressante, a candidata afirmou que não viu o tempo passar. “Não é pesado, é alegre fazer campanha no Brasil”. Quando um jornalista perguntou como ela se sentia agora que a campanha está desacelerando, Dilma respondeu com outra pergunta: “Está desacelerando? Pra quem?”. No final da entrevista, fez questão de distender a tensão entre a campanha e a imprensa. “O que houve não foi um estresse. Todos os lados têm o direito de dar a sua opinião”, afirmou.
Fonte: IG