Dino: Infraestrutura e inclusão devem ser base do desenvolvimento

Representando o Governo Federal, Flávio Dino (presidente da Embratur) defendeu em palestra ministrada em São Luís (MA) a administradores e estudantes que, para superar os entraves para o desenvolvimento do Maranhão, é necessário a aplicação de três vertentes centrais: Planejamento, eficiência e sensibilidade para encarar os problemas do estado.

Ao lado de conferencistas das principais esferas do poder público e da iniciativa privada, Flávio Dino falou das possibilidades de crescimento do Maranhão, desde que seja implantada uma política planejada de desenvolvimento econômico e social do Maranhão, durante o segundo dia do I Encontro Regional de Administração e II Encontro Maranhense dos Estudantes de Administração.

A palestra ministrada pelo presidente da Embratur destacou os principais investimentos do governo federal para o crescimento do estado. “O Porto do Itaqui, pensado e construído há 70 anos, surge das reivindicações de empresários e da iniciativa do governo federal. Hoje, ele é um escoadouro de produção importante para o Brasil, por sua localização e a profundidade que são excelentes” disse.

O Maranhão, no entanto, precisa obter mais ganhos sociais e econômicos mais consistentes a partir de seus atributos naturais. Para Flávio Dino, esta realidade começa a mudar pela identificação das potencialidades do Maranhão, detectando as principais locações econômicas do estado.

“O desenvolvimento tem que ser pensado de uma perspectiva ampla: abrangendo infraestrutura e a inclusão da maioria da população no desenvolvimento. Isso acontece quando identificamos o que o Maranhão pode produzir além da mera exportação de nossas riquezas. A industrialização do Maranhão, produzindo a partir de nossas matérias-primas é fundamental para que possamos dar esse passo para avançar,” disse.

O posicionamento de Flávio Dino foi apoiado pelos demais debatedores. O presidente da empresa Velocelog, Paulo Guedes, acrescentou que, para que qualquer estado se desenvolva, é necessário dar qualidade de vida a seus habitantes.

“Um estado que não olha de verdade para seus problemas, que esconde a realidade, não consegue se desenvolver. Falar da realidade não é feio, porque não há receita para curar uma doença que não se conhece. Se o Maranhão tem a menor renda per capita do país, se é o estado com maior índice de mortalidade infantil, é preciso que se enxergue esses problemas para poder enfrenta-los,” disse.

A saída, segundo Guedes, é a superação de gargalos do desenvolvimento através de um diagnóstico real e, a partir dele, elaborar um bom plano de estado, que tenha sensibilidade para enxergar problemas, soluções e potencialidades de cada situação. “Não dá pra esperar um bom futuro quando se esconde os problemas de hoje, ou faz de conta que não vê,” finalizou.

Participaram dos debates representantes da Emap (Silvia Maria Leal), da Seplan de São Luís (Pablo Rebouças), do Tribunal de Justiça (desembargador José Bernardo Rodrigues), da Universidade Federal do Maranhão (Ricardo Carrera), Suzano Celulose (Renato Machado) e Rodrigo Silva (Grupo Excellenzia).

 

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