Número é quase cinco vezes maior do que o registrado entre 1º de janeiro e 19 de março deste ano, antes do lançamento da central
As denúncias de crimes discriminatórios como injúria racial, racismo e intolerância religiosa viram casos de Justiça no Distrito Federal. Desde a criação do Disque Racismo, há dois meses, o programa do Governo do Distrito Federal (GDF) encaminhou ao Judiciário 29 reclamações. O número é quase cinco vezes maior do que o registrado pela Secretaria Especial de Promoção de Igualdade Racial do DF (Sepir-DF) entre 1º de janeiro e 19 de março deste ano, antes do lançamento da central.
“O número ainda é baixo, se considerarmos a quantidade de negros e possíveis crimes no DF, mas já podemos notar um avanço considerável. Nos primeiros 80 dias do ano, antes de lançarmos o serviço, encaminhamos à Justiça apenas seis denúncias. Depois do Disque Racismo, esse número pulou para 29 e em um período menor”, comemora Viridiano Custódio de Brito, titular da Sepir-DF. “O serviço ainda é novo, e a tendência é só melhorar. Por enquanto, tem muita gente ligando só para ver se o número funciona e para tirar dúvidas”, informa.
Para o secretário, isso explica a diferença entre a quantidade de ligações recebidas pelo 156, opção 7, e o número de denúncias efetivadas. Nos dois primeiros meses do ano, o serviço recebeu 3.074 chamadas. Só no primeiro dia, foram 124 atendimentos. “Nesse início, é normal que as pessoas liguem para verificar se o número funciona mesmo ou até para tirar algumas dúvidas, caso precisem usá-lo no futuro. Com o tempo, acreditamos que ele vai se consolidar no Distrito Federal, e esse fluxo deve diminuir”, acredita Viridiano.
Por: Rodrigo Antonelli
Fonte: Correio Braziliense