Izabella Teixeira discursou na plenária da Rio+20, no Rio de Janeiro.
Para ela, é preciso ‘questionar’ pessimismo em torno da conferência.
Por: Nathalia Passarinho
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou na noite desta quinta-feira (21) que o documento final da Rio+20 não atende a todas as “ambições” do Brasil, mas representa o melhor acordo possível. Ela discursou no segundo dia do Segmento de Alto Nível da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
“O documento não atende a todas as ambições do Brasil, assim como não atende a todas as aspirações dos indivíduos nessa sala, mas tenham certeza de que é o comprometimento melhor que podemos chegar”, disse.
Para a ministra, a Rio+20 “será lembrada como um marco na história das Nações Unidas”, especialmente pelo pluralismo, participação da sociedade civil e o alto nível do diálogo.
A ministra afirmou que o caminho para o desenvolvimento sustentável deve seguir três eixos. “Precisamos escolher um caminho para prosseguirmos e o caminho tem que ser de crescimento econômico, inclusão social e proteção ambiental.
Segundo a ministra, o texto contém “comprometimentos concretos no caminho do desenvolvimento sustentável”. “Esse arcabouço de consumo e proteção sustentável vai nos ajudar a proteger os recursos naturais e propiciará o desenvolvimento econômico”, disse.
Izabella Teixeira defendeu o fortalecimento da articulação entre os países pela crescimento aliado à proteção ambiental e inclusão social. “Precisamos também decidir que queremos coordenação mais forte no nível internacional para o desenvolvimento sustentável.”
Negociações
O penúltimo dia da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável transcorreu sem surpresas nas negociações. Os líderes não demonstraram intenção de mexer no rascunho da Rio+20.
“Não haverá anexos e o texto não será reaberto”, assegurou o chefe de comunicação da Rio+20, Nikhil Chandavarkar. “O papel de forte liderança do Brasil resultou em um documento final em que a agenda de desenvolvimento sustentável pode solidamente construir uma visão e um legado positivo”.
Até o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que na quarta-feira (21) comentou que esperava que o documento final da Rio+20 fosse mais ambicioso, convocou a imprensa nesta quinta-feira para dizer que o texto já era sim “ambicioso”, além de “amplo e prático”.
Fonte: G1