Dois acusados pela chacina de Osasco são absolvidos por júri popular

Dois acusados de participar da chacina de Osasco, na Grande São Paulo, em 2015, foram absolvidos pelo Tribunal do Júri. Este foi o segundo julgamento do policial militar Victor Cristilder e do guarda civil municipal Sérgio Manhanhã. No primeiro jugamento, ambos haviam sido condenados, respectivamente, a 119 anos e 94 anos de prisão, mas conseguiram anular a sentença em segunda instância e ao novo julgamento por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.

O crime, que ficou conhecido como chacina de Osasco, é a maior chacina ocorrida em São Paulo, e aconteceu em agosto de 2015 nos municípios de Osasco e Barueri.

Os dois réus foram julgados por participação nas 17 mortes ocorridas em Osasco e Barueri, num intervalo de apenas duas horas. No total, 23 pessoas foram mortas no mesmo mês. No dia 8 de agosto de 2015, seis pessoas foram assassinadas em Itapevi, Carapicuíba e Osasco. No dia 13, as outras 17. Nenhuma das vítimas tinha antecedentes criminais.

O caso ganhou repercussão internacional à época. Além do número de mortos, câmeras de segurança gravaram homens mascarados executando as vítimas num bar em Barueri. Moradores relataram os crimes pelo WhatsApp. Os promotores afirmam que os policiais combinaram a chacina também por aplicativo de mensagens.

Segundo o Ministério Público, o crime teria sido uma represália ao assassinato do policial militar Admilson Pereira de Oliveira e do guarda-civil Jeferson Luiz Rodrigues da Silva, ocorridos dias antes da chaci

Cristilder e Manhanhã, que estão presos, devem deixar a cadeia.

Outros dois policiais militares foram condenados pela chacina. Em setembro de 2017, o PM da Rota Fabrício Eleutério foi condenado a 255 anos, 7 meses e 10 dias de prisão; o policial militar Thiago Henklain a 247 anos, 7 meses e 10 dias. A condenação dos dois foi mantida pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.

A munição usada para matar a vereadora Marielle Franco e o motorista, Anderson Pedro Gomes, em março de 2018, fazia parte do mesmo lote UZZ-18 que já havia sido usado na chacina de Osasco, considerada a maior ocorrida em São Paulo. O lote foi vendido para a Polícia Federal de Brasília pela empresa CBC no dia 29 de dezembro de 2006.

+ sobre o tema

Bispo Edir Macedo: “Dilma é vítima de mentiras espalhadas na internet”

Por José Orenstein   SÃO PAULO – O...

Pacto sinistro

A sociedade brasileira atravessa turbulências originais. Depois do deslocamento...

A luta de uma escritora da Islândia para que não haja mais tragédias como a do bebê sírio. Por Paulo Nogueira

E então penso comigo. Tanta gente desinspiradora tem ocupado meus...

Mercadante telefona para Alckmin e reconhece derrota em SP

Por: Dennis Barbosa Candidato do PT agradeceu votos recebidos...

para lembrar

Anistia Internacional e juízes criticam Estado brasileiro por mortes em Manaus

A Associação Juízes para a Democracia (AJD), criticou o...

Embaixada dos Estados Unidos promove intercâmbio sobre violência contra mulher

A convite da Embaixada dos Estados Unidos, a delegada-chefe...

“Quanto menos armas, menos violência”, diz coronel da PM

Secretário de Defesa Social de Aracaju rechaça proposta de...

Estudo relata violência contra jornalistas e comunicadores na Amazônia

Alertar a sociedade sobre a relação de crimes contra o meio ambiente e a violência contra jornalistas na Amazônia é o objetivo do estudo Fronteiras da Informação...

Caso Marielle: veja quem já foi preso e os movimentos da investigação

Uma operação conjunta da Procuradoria Geral da República, do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal prendeu neste domingo (24) três suspeitos de...

PF prende Domingos Brazão e Chiquinho Brazão por mandar matar Marielle; delegado Rivaldo Barbosa também é preso

Os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão foram presos neste domingo (24) apontados como mandantes do atentado contra Marielle Franco, em março de 2018, no qual também morreu o motorista Anderson...
-+=