Duda voa no último salto e conquista o inédito bicampeonato mundial

Paulista sofre na decisão, mas faz salto perfeito no fim para ser o primeiro brasileiro bicampeão do mundo em pista coberta: ‘Não existe um campeão sem dedicação”

O olhar estava fixo. Mauro Vinícius da Silva, o Duda, sabia que se acertasse a tábua de impulsão poderia subir ao pódio no último voo do salto em distância. Assim como na eliminatória, teria de ser na raça, na emoção. Ele nem se importou com o barulho na Ergo Arena para a final dos 60m rasos masculina que ocorria ao mesmo tempo e foi perfeito. Duda vibrou com um grande voo e explodiu em euforia quando o placar mostrou a marca de 8,28m. O brasileiro só teve de esperar três adversários saltarem para confirmar: é bicampeão mundial em pista coberta. Em Sopot, neste sábado, Duda voltou ao topo do mundo.

 

Desta vez, uma vitória inquestionável. Os principais saltadores estavam em ação também, não era um campeonato esvaziado como o de Istambul, em 2012. Nem o atual campeão mundial ao ar livre, o russo Aleksandr Menkov, nem o chinês Jinzhe Li, que liderava até a última rodada. O campeão mundial do salto em distância é brasileiro, que igualou o recorde nacional indoor.

O chinês Li levou a prata, com a marca de 8,23m. O sueco Michel Tornéus completou o pódio, com a marca de 8,21m.

– Eu e o Tornéus, o sueco que é meu amigo, ficamos esperando. O chinês foi para uns 8,50m, mas queimou. Sabia que o potencial dele é grande, ele é muito técnico. Sabia que todos na final poderia vencer. Passei em sétimo e venci. O Tornéus que me disse que eu ganhei, não tinha visto que o chinês queimou. Nós atletas temos a mania de dizer que não caiu a ficha, não posso dizer isso porque sou bicampeão mundial. Isso sim. Desculpem pelos palavrões que soltei na comemoração, saiu. (risos) Só amanhã vou entender o que está acontecendo. Poderia falar mil coisas, mas sei que Deus sempre é justo. Tive uma lesão, mas trabalhamos muito. Não existe campeão sem dedicação. Nunca poderia deixar de agradecer. Sou suspeito para falar. O atletismo me descobriu com 17 anos. Tem de ter calma, porque do contrário vêm lesões e erros, só não vêm resultados. A concentração total. Igualei o meu melhor. Saio o cara mais feliz do mundo por ter igualado o recorde nacional – disse.

 

Salto a salto

Duda foi o último a iniciar seus saltos, e foi bem. Como disse depois da eliminatória, queria aumentar a cada voo a marca de 8,02m da classificatória. O movimento bem encaixado lhe deu a marca de 8,06m e o segundo lugar na primeira rodada, atrás apenas do chinês Jinzhe Li, que abriu a prova com 8,19m.

Só que Duda também previu que precisaria de mais de 8,10m para subir ao pódio. Na segunda rodada, ele aproveitou bem a tábua de impulsão, mas só conseguiu a marca de 7,94m e caiu para a quinta posição. Ele queimou na rodada seguinte, mas continuava a sete centímetros do pódio, enquanto o chinês abriu vantagem (8,23m), seguido de perto do sueco Michel Tornéus (8,21m).

Na quarta tentativa, Duda saltou a 13cm do limite, mas ainda assim conseguiu a marca de 8,04m. Ele precisava apenas acertar a tábua de impulsão, então ele arriscou e queimou mais uma vez.

Duda voa no último salto e conquista o inédito bicampeonato mundial

Assim como na eliminatória, Duda teria de buscar um último voo perfeito. Ele já está acostumado com essa pressão. Nem se importou com o barulho da final dos 60m rasos masculino, correu concentrado para um voo de 8,28m. Ele explodiu e secou os rivais. O sueco Tornéus ficou apenas nos 8,10m, enquanto o chinês Li e o grego Louis Tsátoumas, pressionados, queimaram. O ouro novamente é do Brasil.

 

 

 

Fonte: G1

 

 

 

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