Eduardo de Oliveira, poeta e arauto da negritude brasileira, celebramos a sua vida!

 

Eduardo de Oliveira, poeta e arauto da negritude brasileira, celebramos a sua vida!
A Túnica de Ébano o recobre hoje. É o manto do nosso louvor.
Você que nos trouxe suas Gestas Líricas da Negritude, nos deixa com saudades.
A você que nos deu o Hino da Negritude e nos falou da Cólera dos Generosos, a você que ergueu a bandeira da justiça para os negros e os pobres, nossas saudações!

A você que esteve conosco nos primórdios do Ipeafro em São Paulo, em 1981, e nos acompanhou desde o 3o Congresso de Cultura Negra das Américas até à noite de abertura da exposição África-Brasil: Ancestralidade e Expressões Contemporâneas, se deslocando de São Paulo para estar conosco aqui no Rio, nosso abraço!

A você que escreveu na revista Afrodiáspora e na revista Thoth, publicações do Ipeafro e do Gabinete do senador Abdias Nascimento, nosso brinde de amizade e colaboração!

A você que inspirou e construiu, com sua energa inigualável, o Congresso Nacional AfroBrasileiro, nosso grito conjunto de Akoben! Clarim da resistência!

A você que andou conosco, comigo e com Abdias, pelas noites de São Paulo, a tomar uma sopa quente ou comer um filé com agrião, isso comovido adeus.

Você vai chegando ao Orum, poeta. Que Olorum e os orixás o recebam com a mesma generosidade e o mesmo carinho que marcaram empre a sua pessoa.

Sua partida nos lembra da poesia de João Nogueira:
O corpo a morte leva
A voz some na brisa
A dor sobe para as trevas
O nome a obra imortaliza
Seu nome está imortalizado pela estampa de sua obra em nossos corações!
Esta noite a saudade aperta. Mais tarde poderemos curtir a alegria, o prazer e a honra de termos
vivido o privilégio de te conhecer.
Rio de Janeiro, 12 de julho de 2012

 

Fonte: Ipeafro

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