Eleição é oportunidade de transição do Brasil a potência global, diz Lula

Por: Ardilhes Moreira

Ele defendeu política comercial brasileira de diversificação de mercados.
Mais cedo, presidente se encontrou com colega paraguaio em Ponta Porã.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (3) que as eleições de outubro serão uma oportunidade para preparar a transição do Brasil da condição de economia emergente para a de potência global.

 

Lula discursou por cerca de dez minutos em um evento em São Paulo que comemorava o aniversário de dez anos do jornal “Valor Econômico”. “O debate eleitoral deveria ser entendido como uma oportunidade ímpar para se pensar com grandeza a transição de uma economia emergente para a condição de potência global.”

 

Para Lula, “o legado de conquistas [do governo] assegura a capacidade de discernimento e autoestima para superar o desafio dessa travessia”.

 

Ao avaliar a última década, Lula destacou os avanços econômicos do país e defendeu as apostas do governo de reforçar o mercado interno e diversificar os parceiros comerciais. Ele classificou de “maniqueísmo” e “preconceito ideológico” as recorrentes críticas à expansão do mercado consumidor interno e no investimento em parceiros internacionais, como os países da África.

 

“A ênfase Sul-Sul e o comércio regional não cabem mais no espaço pequeno do preconceito ideológico e nem podem ser tratados superficialmente em uma gincana de retórica eleitoral”, disse Lula.

 

Encontro com Lugo
Mais cedo nesta segunda, Lula se encontrou em Ponta Porã (MS) com o presidente paraguaio, Fernando Lugo. Lula disse que o Brasil vai ajudar a combater a violência na região de fronteira entre os dois países.

 

Na semana passada, o senador governista do Paraguai Roberto Acevedo foi alvo de disparos na segunda-feira na cidade de Pedro Juan Caballero, região dominada pelo tráfico de drogas na fronteira com o Brasil. Dois brasileiros foram presos suspeitos de envolvimento com o crime.

 

O presidente ainda pediu pressa na aprovação do acordo bilateral que vai permitir ao Paraguai arrecadar mais recursos com a venda de energia de Itaiupu ao Brasil. Os paraguaios querem aumentar a arrecadação anual da parte paraguaia de Itaipu de US$ 125 milhões para cerca de US$ 300 milhões.

 

“O que nós esperamos é que o nosso Senado tenha pressa na aprovação porque os senadores sabem da importância de aperfeiçoar a relação com o Paraguai”, declarou o presidente. “Mas nem o presidente do Paraguai, nem do Brasil determinam o tempo de votação nos nossos Congressos porque eles têm autonomia de funcionarem livremente e são poderes autônomos”, justificou.

 

 

Fonte: G1

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