A empresária de Campo Grande presa em flagrante terça-feira (15), por racismo contra um entregador, foi solta nesta terça-feira (15) após pagamento de fiança de R$ 10.450. O valor foi determinado por uma juíza plantonista do Fórum da capital que, inclusive, mudou a tipificação do crime de racismo para injúria racional. A decisão foi referendada depois, na manhã desta quarta-feira (16) na audiência de custódia.
Os xingamentos contra Joaquim Azevedo foram na loja da empresária, quando ele descarregava encomendas dela. A mulher disse que “não queria esse preto” no local e as ofensas foram ouvidas por testemunhas.
“Ela saiu alterada me xingando fora da loja, sendo que eu estava apenas separando os materiais dela. Alguns policiais vieram, falando que ela estava muito nervosa, quando ela disse que estava só mandando esse preto guardar as mercadorias dela'”, afirmou Joaquim.
O chapeiro registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia de Pronto Atendimento (Depac) Centro. De acordo com o delegado plantonista, foram ouvidas testemunhas e a própria empresária. Segundo o delegado, o caso foi registrado como crime de racismo e não injúria racial porque as ofensas atingiram não apenas uma pessoa, mas todos os negros.
Para a advogada da vítima, Odete Cardoso, a liberdade da empresária já era prevista, pois ela não tem antecedentes criminais e a pena para racismo é de 3 anos de prisão. O G1 não conseguiu contato com a defesa da mulher.