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    A importância da proteção de defensores e defensoras de direitos humanos 

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    A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala prepara seu discurso após ser nomeada, em sua casa de Potomac, Maryland. (Foto: ERIC BARADAT / AFP)

    A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala será a primeira mulher africana a dirigir a OMC

    (Foto: Divulgação/ Editora ContraCorrente) 

    Por ela, por elas, por nós

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      Bianca Santana, jornalista, cientista social e pesquisadora - Foto: Bruno Santos/Folhapress

      Notícia sem contexto contribui para o genocídio negro no Brasil, afirma pesquisadora

      Alice Hasters (Foto: Tereza Mundilová/ @terezamundilova)

      Alice Hasters – Por que os brancos gostam de ser iguais

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      Família diz que menino morto no Rio foi retirado da porta de casa pela PM

      Foto: Diêgo Holanda/G1

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      Keeanga-Yamahtta Taylor (© Don Usner)

      O que o Black Lives Matter diz ao mundo e ao Brasil

      83% dos presos injustamente por reconhecimento fotográfico no Brasil são negros

      Ilustração/ Thaddeus Coates

      Quando eu descobri a negritude

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      Maíra Vida: Advogada, Professora, Conselheira Estadual da OAB BA e Presidenta da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa (Foto: Angelino de Jesus)

      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

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        Edusa Chidecasse (Foto: Reprodução/ @tekniqa.studios)

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        Chiquinha Gonzaga  Acervo Instituto Moreira Salles/Coleção Edinha Diniz/Divulgação

        Itaú Cultural abre a série Ocupação em 2021 com mostra dedicada à maestrina Chiquinha Gonzaga

        Vacinação contra a Covid-19 dos Quilombolas da comunidade Sucurijuquara, região isolada do Distrito de Mosqueiro, no Pará (Foto: FramePhoto / Agência O Globo)

        Covid-19: maioria da população, negros foram menos vacinados até agora

        Osaka comemora título do Austraçlian Open após vitória contra Brady (Foto: ASANKA BRENDON RATNAYAKE / REUTERS)

        Osaka conquista Australian Open e chega ao 4º título de Grand Slam

        Viviane Ferreira (Foto: Imagem retirada do site Glamurama)

        Cineasta Viviane Ferreira será a nova diretora-presidente da SPCINE

        Steve Granitz/WireImage

        Regina King interpretará a primeira congressista negra dos Estados Unidos

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              Entenda por que o hino do Rio Grande do Sul é considerado racista

              Protesto de vereadores negros da Câmara de Porto Alegre que se recusaram a cantar hino considerado racista viralizou nas redes sociais

              06/01/2021
              em Casos de Racismo
              Tempo de leitura: 3 min.

              Fonte: O Globo, por David Barbosa
              Os vereadores Matheus Gomes (PSOL) e Comandante Nádia (DEM) trocaram farpas na Câmara de Porto Alegre, após a bancada do PSOL se recusar a cantar o hino do estado Foto: Divulgação / Câmara Municipal de Porto Alegre

              Os vereadores Matheus Gomes (PSOL) e Comandante Nádia (DEM) trocaram farpas na Câmara de Porto Alegre, após a bancada do PSOL se recusar a cantar o hino do estado Foto: Divulgação / Câmara Municipal de Porto Alegre

              Mas não basta pra ser livre / Ser forte, aguerrido e bravo / Povo que não tem virtude / Acaba por ser escravo”. Esse trecho do Hino do Rio Grande do Sul repercutiu nas redes sociais depois que vereadores do PSOL se recusaram a cantá-lo durante a cerimônia de posse na Câmara de Porto Alegre, na última sexta-feira. Considerados racistas, os versos integram a terceira versão do hino, composta por um militar no século XIX e adotada oficialmente na década de 1930.

              No evento, os cinco parlamentares que compõem a bancada negra do partido permaneceram sentados durante a execução do hino. O ato foi criticado pela vereadora Comandante Nádia (DEM), que pediu a palavra e afirmou que “o avanço de uma nação passa também pelo respeito aos símbolos”.

              Em seguida, o vereador Matheus Gomes entrou com uma questão de ordem e justificou o protesto de seus colegas de partido. “Como bancada negra pela primeira vez na história da Câmara de Vereadores, talvez a maioria dos que já exerceram outros mandatos não estejam acostumados com a nossa presença. Não temos obrigação nenhuma de estar cantando o verso que diz que o nosso povo não tem virtude, por isso foi escravizado”, afirmou o parlamentar.

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              25/02/2021
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              24/02/2021

              Gomes, que é historiador, também lembrou que a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) não executa mais o hino do estado em cerimônias oficiais. Por meio de nota, a instituição confirmou que o hino não é mais tocado em colações de graus desde 2018, e afirmou que a decisão foi tomada “em função de a execução do hino estadual não ser obrigatória em instituições federais”.

              Letra modificada

              Em 1934, por ocasião do centenário da Revolução Farroupilha, a letra escrita pelo militar e poeta Francisco Pinto da Fontoura, mais conhecido como Chiquinho da Vovó, foi escolhida pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul como a versão oficial do hino do estado. Até então, duas outras também eram cantadas em cerimônias: a original, composta pelo tenente-coronel do exército farroupilha Serafim Joaquim de Alencastre, e uma segunda, de autor desconhecido, que se popularizou após ter sido publicada pelo jornal “O Povo”, então órgão oficial da República Rio-Grandense, em 1839.

              Antes de todas as versões, no entanto, veio a melodia composta pelo maestro negro Joaquim José de Mendanha, em 1838. Em abril daquele ano, o músico mineiro estava no Rio Grande do Sul lutando ao lado do Exército na Guerra dos Farrapos. Acabou capturado na Batalha do Barro Vermelho.

              Autora de uma tese de doutorado sobre Mendanha, a professora do Instituto Federal do Mato Grosso Letícia Marques explica que há divergências entre especialistas quanto à afirmação de que o maestro teria sido forçado a compor o Hino dos Farrapos enquanto era mantido como prisioneiro de guerra. De todo modo, a ele coube a elaboração da melodia que, mais tarde, daria origem ao hino do Rio Grande do Sul.

              — Seja por falta de outros compositores que pudessem ter cumprido a solicitação dos Farrapos, seja, realmente, por seu talento e qualidade, a música de Mendanha fez com que ele conseguisse se articular entre as duas forças e manter uma condição um pouco mais favorável neste período. Enquanto prisioneiro de guerra, ele recebeu soldo dos farroupilhas, o que evidencia algum tipo de cumplicidade com o grupo. Essa participação foi uma porta de entrada para a sociedade sulina, e colaborou para seu estabelecimento em definitivo em Porto Alegre — conta a professora.

              Na década de 1930, a melodia passou por uma revisão do professor de música Antônio Côrte Real, que buscava adequá-la aos versos escritos por Fontoura. No entanto, a letra passou por alterações em 1966, quando o hino foi oficializado pela lei 5.214/1966. À época, o então deputado Getúlio Marcantonio pediu a exclusão da segunda estrofe, que dizia: “Entre nós reviva Atenas / Para assombro dos tiranos / Sejamos gregos na Glória / E, na virtude, romanos”.

              O parlamentar argumentava que os versos não tinham relação com o povo gaúcho. O pedido foi acolhido pela Assembleia Legislativa e, desde então, o trecho foi eliminado do hino. Em 2007, um projeto de lei tentou reincorporá-lo, mas acabou arquivado.

              Na avaliação de Marques, uma nova revisão do hino é necessária para garantir o respeito às origens diversas de toda a população do Rio Grande do Sul.

              — O maestro Mendanha é um dos muitos indivíduos que tiveram as suas origens invisibilizadas. O hino Rio-Grandense é cantado nos estádios gaúchos, sem que as pessoas saibam que o compositor de sua música era um maestro negro de uma família egressa do cativeiro. Pensar em uma revisão do hino hoje é importante para buscar que todos os rio-grandenses se sintam acolhidos e incluídos.

              Fonte: O Globo, por David Barbosa
              Tags: BranquitudeRacismoRio Grande do Sul
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              • Para fechar fevereiro, a coluna Nossas Histórias vem com a assinatura da historiadora Bethania Pereira, que nos convida a pensar sobre as camadas de negação da história do Haiti. Confira um trecho do artigo do artigo"O Pioneirismo haitiano nas lutas pela liberdade no Atlântico"."A partir de 1824, o presidente Jean-Pierre Boyer passou a oferecer terras e cidadania para os imigrantes exclusivamente negros, vindos dos Estados Unidos. Ao chegar no Haiti, as pessoas teriam acesso a um lote de terra, ferramentas e, após um ano, receberiam a cidadania haitiana. A fim de fazer seu projeto reconhecido, Boyer enviou Jonathas Granville como seu representante oficial para os Estados Unidos. Lá, Granville pode se reunir com afro-americanos de diferentes locais mas, aparentemente, foi na cidade de Baltimore, onde ele participou de reuniões na African Methodist Episcopal Church – Bethel [Igreja Metodista Episcopal Africana] e pode se encontrar com homens e mulheres negros e negras. Acesse o material na íntegra em: A Coluna Nossas Histórias é parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs, o Geledés e o Acervo Cultune #Haiti #Liberdade #Direitos #SéculoXIX #HistoriadorasNegras #NossasHistórias.
              • #Repost @naosomosalvo • • • • • • A @camaradeputados, o @senadofederal e o @supremotribunalfederal precisam frear a política armamentista da Presidência da República, que coloca em risco nossa segurança e nossa democracia. 72% da população brasileira é contrária à proposta do governo de que é preciso armar a população: precisamos unir nossas forças e vozes contra esses retrocessos! Pressione agora: www.naosomosalvo.com.br As armas que a gente precisa são as que não matam.
              • No próximo sábado, dia 27 de fevereiro, às 17h, as Promotoras Legais Populares- PLPs, realizam uma live para falar sobre ações e desafios durante a pandemia, no canal do YouTube de Geledés Instituto da Mulher Negra.
              • Abdias Nascimento, por Sueli Carneiro “Sempre que penso em Abdias Nascimento o sentimento que me toma é de gratidão aos nossos deuses por sua longa vida e extraordinária história fonte de inspiração de todas as nossas lutas e emblema de nossa força e dignidade. A história política e a reflexão de Abdias Nascimento se inserem no patrimônio político-cultural pan-africanista, repleto de contribuições para a compreensão e superação dos fatores que vêm historicamente subjugando os povos africanos e sua diáspora. Abdias Nascimento é a grande expressão brasileira dessa tradição, que inclui líderes e pensadores da estatura de Marcus Garvey, Aimé Cesaire, Franz Fannon, Cheikh Anta Diop, Léopold Sedar Senghor, Patrice Lumumba, Kwame Nkruman, Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Steve Biko, Angela Davis, Martin Luther King, Malcom X, entre muitos outros. A atualidade e a justeza das análises e das posições defendidas por Abdias Nascimento ao longo de sua vida se manifestam contemporaneamente entre outros exemplo, nos resultados da III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância, ocorrida em setembro de 2001, em Durban, África do Sul, que parecem inspiradas em seu livro O Genocídio do Negro Brasileiro (1978) e em suas incontáveis proposições parlamentares.Aprendemos com ele tudo de essencial que há por saber sobre a questão racial no Brasil: a identificar o genocídio do negro, as manhas dos poderes para impedir a escuta de vozes insurgentes; a nos ver como pertencentes a uma comunidade de destino, produtores e herdeiros de um patrimônio cultural construído nos embates da diáspora negra com a supremacia branca em toda parte. Qualquer tema que esteja na agenda nacional sobre a problemática racial no presente já esteve em sua agenda política há décadas atrás, nada lhe escapou. Mas sobretudo o que devemos a ele é a conquista de um pensar negro: uma perspectiva política afrocentrada para o desvelamento e enfrentamento dos desafios para a efetivação de uma cidadania afrodescendente no Brasil, o seu mais generoso legado à nossa luta.” 📷Romulo Arruda
              • #Repost @brazilfound • • • • • • InstaLive Junte-se a nós para uma conversa com Januário Garcia, ícone da história do movimento negro no Brasil, enquanto celebramos o mês da história negra (Black History Month).⁠ ⁠ 📆: Terça-feira, 23 de fevereiro ⁠ ⏱: 18 hs horário de Brasília⁠ 📍: Instagram da BrazilFoundation (@brazilfound)⁠ ⁠ Fotógrafo brasileiro, Januário Garcia há mais de 40 anos vem documentando os aspectos social, político, cultural e econômico das populações negras do Brasil. Formado em Comunicação Visual, passou por prestigiados jornais e grandes agências de publicidade do Rio de Janeiro e é autor das fotos de álbuns icônicos de artistas consagrados. ⁠ ⁠ Januário participa de importantes espaços de memória, arte e cultura do povo negro; é co-fundador do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras, é membro do Conselho Memorial Zumbi e, atualmente, Presidente do Instituto Januário Garcia, um Centro de Memória Contemporâneo de Matrizes Africanas.⁠ ⁠ *⁠ #BrazilFoundation #mêsdahistórianegra #blackhistorymonth #januáriogarcia #brasil @januariogarciaoficial
              • Hoje é o dia nacional de luta por um auxílio emergêncial de 600 reais até o fim da pandemia! Fortaleça em todas as redes: #AuxilioEmergencial600reais #AteOFimDaPandemia #VacinaParaTodesPeloSUS Acompanhe os atos: https://coalizaonegrapordireitos.org.br/ato-nacional-pelo-auxilio-emergencial/
              • "As estratégias de liberdade desempenhadas pelos escravizados tiveram muitas dinâmicas. Em algumas oportunidades, era a carta de alforria o recurso daqueles que buscavam conquistar a saída da escravidão." Leia o artigo do historiador Igor Fernandes de Alencar, para a coluna
              • "Os ares colonizatórios destroem nossos pulmões. A população negra no mundo vem sendo asfixiada desde o processo de escravidão que mortificou as almas e os corpos do povo negro para dar “vida” a um novo modo de existência que podem ser compreendidos como mutações coloniais." Leia o Guest Post de Francélio Ângelo de Oliveira em www.geledes.org.br
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              Geledés Instituto da Mulher Negra

              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

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