O Brasil está um ponto percentual acima da média dos países pesquisados. Pontos positivos são experiência, habilidades, confiabilidade e organização
Do G1
Pesquisa feita pela Regus, empresa de soluções flexíveis de espaços de trabalho, revelou que 26% das companhias planejam contratar em 2015 um número ainda maior de mulheres que estão retornando ao mercado de trabalho após a maternidade. O Brasil está um ponto percentual acima da média, sendo que 27% dos entrevistados locais disseram ter intenção de avançar na contratação de profissionais com esse perfil.
O estudo global contou com a opinião de mais de 44 mil executivos sêniores baseados em mais de 100 países.
Segundo a pesquisa, profissionais desse perfil são especialmente valorizadas por terem experiência e habilidades variadas, além de transparecerem confiabilidade e conseguirem administrar bem o tempo. Além disso, são vistas como menos propensas a mudar de emprego, garantindo às empresas as vantagens da retenção. Pesquisa anterior da Regus já havia confirmado que 57% das companhias acreditam que reter mães trabalhadoras ajuda a melhorar a produtividade.
Mais de um quarto das empresas afirmaram que irão contratar neste ano mais colaboradoras que querem voltar ao mercado depois da maternidade. Essas profissionais são valorizadas pela sua experiência e habilidades (55%) e transparecem maior confiabilidade (30%) e organização (31%) do que outros funcionários da equipe.
Os executivos que participaram do estudo disseram que mulheres que voltaram ao mercado após a licença trabalham de maneira bastante eficiente (23%) e são funcionárias mais solidárias (23%).
Trabalho flexível
Para garantir que as demandas, por vezes divergentes, entre a maternidade e os negócios não sejam uma razão para essas mulheres deixarem o mercado, grande parte dos pesquisados enfatiza que o trabalho flexível é fator importante no que se refere a atrair o talento feminino: 83% dos respondentes confirmam que o trabalho flexível é crucial para atrair e reter esse perfil de profissional.
No entanto, as empresas observam que para reter esse perfil de funcionárias é necessário certo nível de flexibilidade por parte das corporações, como por exemplo, abrir a possibilidade para que elas trabalhem mais perto de casa.
“A tendência para o estímulo do aumento do trabalho flexível é muito forte. Se as empresas desejam que essas mulheres retornem ao mercado, fica evidente a necessidade de se reavaliar o uso de trabalho flexível para atrair os melhores talentos”, afirma Otávio Cavalcanti, diretor da Regus no Brasil.
“Há uma grande quantidade de potencial inexplorado entre esse público que hoje está fora do mercado. O trabalho flexível permite que as empresas explorem essa força de trabalho e ofereçam às mães recém-saídas da licença-maternidade um caminho para que voltem à atividade. Os benefícios para os negócios da companhia são claros: menor rotação de funcionários, diminuição dos custos com a contratação e treinamentos e ainda acesso à uma parcela talentosa de mão de obra”, conclui.