Escritora negra da Maré ganha prêmio e publica seu trabalho em coletânea

Ana Maria de Souza, de 85 anos, moradora da Maré, só teve a oportunidade de desenvolver suas habilidades artísticas depois da aposentadoria. Há alguns anos ela atua como pintora, desenhista, atriz, cantora e poetisa. Todo este talento foi mostrado na Flupp (Festa Literária das Periferias), cuja edição de 2015 durou até outubro. Uma de suas pinturas ilustra a capa da coletânea de textos realizados especialmente para a Feira. Este ano lançou seu novo livro de poesia Faces de Ana 2 e participou do “Concurso Nacional de Novos Poetas, Prêmio Poesia Livre 2015”, onde teve sua poesia divulgada em livro

Por Aline Melo, no Brasil 247

Escritora negra da Maré ganha prêmio e publica seu trabalho em coletânea

Ela participou do Concurso Nacional de Novos Poetas, Prêmio Poesia Livre 2015

Ana Maria de Souza, de 85 anos, moradora da comunidade da Maré, só teve a oportunidade de desenvolver suas habilidades artísticas depois da aposentadoria. Há alguns anos ela atua como pintora, desenhista, atriz, cantora e poetisa. Todo este talento foi mostrado na Flupp (Feira Literária das Periferias), cuja edição de 2015 durou até outubro. Uma de suas pinturas ilustra a capa da coletânea de textos realizados especialmente para a Feira. Este ano lançou seu novo livro de poesia “Faces de Ana 2″ e participou do Concurso Nacional de Novos Poetas, Prêmio Poesia Livre 2015, onde teve sua poesia divulgada em livro. Confira a entrevista onde Ana Maria fala um pouco mais sobre seu segundo livro:


Como foi participar do Concurso de Poesia Livre 2015?

Foi muito gratificante, já que sonhei com este prêmio e com o reconhecimento que ele está me dando no mundo da literatura.

Como você se sente ao lançar o seu novo livro Faces de Ana 2?

Me sinto muito feliz, pois no ano passado tive muito sucesso com o meu primeiro livro depois de mais de 50 anos tentando lançar, mas por obra de Deus consegui ajuda no projeto social Maré Latina, que me ajuda gratuitamente em tudo, tanto na produção, divulgação e no lançamento. Começamos no dia 05 de maio, no Museu [da Maré], depois 08 de maio no Projeto Maré Latina, e 11 de maio na UFRJ.


Como foi e é participar da Flupp 2014 e 2015?

É a realização de um sonho, pois pude ser mais reconhecida no mundo da literatura. Conheci o Júlio Ludemir, que me convidou para ilustrar a ultima edição da coletânea de livros da Flupp. Este ano recebi o convite para participar novamente deste grande evento literário.


Como é participar de mais um curta-metragem no Projeto Maré Latina?

Muito bom, o nome do curta-metragem é a “A Última Indígena”, faço uma participação pequena, porém muito especial, pois este projeto apoia minha carreira artística de poetiza, atriz e pintora, desde 2012. As gravações serão em janeiro de 2016, estamos agora em processo de seleção de atores, no qual todos podem participar, é só entrar em contato com www.projetomarelatina.blogspot.com.br.


Você tem blog e redes sociais?

Sim, tenho meu blog www.livrofacesdeana.blogspot.com.br e página no Facebook. São os meus principais canais onde eu mostro minha vida artística e literária.

 

+ sobre o tema

Como uma mulher negra, estou cansada de ter de provar minha feminilidade

"E não sou uma mulher?" – algumas evidências históricas...

Debates, música e arte para comemorar o Dia da Mulher Negra

O coletivo Mjiba promove evento no próximo domingo (3)...

Mil mulheres negras reúnem-se em Goiânia em encontro nacional

Programação do evento discute violência, bem viver e estratégias...

Lidando com o racismo

“Como você lida com o racismo lá?” Essa era...

para lembrar

CRIOLA convida 25 anos de luta!

Comemorar seus 25 anos, Criola vai realizar, no dia...

A cútis é minha, mas quem a define não sou eu…..

Essa semana fui tirar a segunda via da minha...

Nana maternidade Preta

Muitos são os estereótipos atribuídos às mulheres negras quando...

Debates, música e arte para comemorar o Dia da Mulher Negra

O coletivo Mjiba promove evento no próximo domingo (3)...
spot_imgspot_img

O preço de pegar a contramão da história

O Brasil não é um país de iguais. Aqui tem pacto da branquitude, privilégio branco, colorismo, racismo, machismo e meritocracia aplicada de maneira assimétrica. Tudo...

Direitos das mulheres afrodescendentes são reforçados na COP 28 por Geledés

No primeiro dia de participação de Geledés – Instituto da Mulher Negra na conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP...

Mortalidade materna de mulheres negras é o dobro da de brancas, mostra estudo da Saúde

Assim como outros indicadores de saúde, a mortalidade materna é maior em mulheres negras do que brancas, de acordo com levantamento do Ministério da Saúde. Dados preliminares...
-+=