Escuta Festival promove três dias de atividades gratuitas, com artistas da periferia carioca

O evento acontece nos dias 13, 14 e 15 de dezembro, no IMS Rio. Organizada em parceria com a Agência de Redes para Juventude, a programação inclui debates, festas, exibições de cinema, feiras, entre outros destaques 

por IMS para o Portal Geledés

“Quem fala e quem escuta?”. Esta pergunta, vital no debate contemporâneo, norteia a primeira edição do Escuta Festival, organizado pelo Instituto Moreira Salles e a Agência de Redes para Juventude. O evento acontece nos dias 13, 14 e 15 de dezembro (sexta, sábado e domingo), no IMS Rio (Rua Marquês de São Vicente, 476).

O festival promoverá debates, conversas e atividades voltadas para as linguagens e práticas culturais realizadas nas periferias do Rio de Janeiro. Para participar do evento, a Agência convidou uma rede de artistas e ativistas de favelas e territórios populares, que se encontrarão com o público no IMS Rio. Todas as atividades são gratuitas.

O evento começa na sexta-feira (13/12), às 16h, com a mesa “Quando novos corpos, territórios e vozes chegam no sistema das artes”, composta pela artista Taisa Machado, a atriz Dandara Vital, o escritor Otávio Júnior, e o videomarker Big Jaum. Ouvindo a fala, estarão os pesquisadores Ivana Bentes, professora da UFRJ, e Fred Coelho, docente da PUC-Rio, a fotógrafa Rosângela Rennó, e o produtor Batman Zavareze. Ao final da apresentação, eles realizarão perguntas para os participantes da mesa.

Em seguida, às 18h, haverá uma festa, no espírito das resenhas que acontecem nas periferias. A celebração começará com uma aula de afrofunk, ministrada por Taisa Machado. Em seguida, um grupo de slammers e poetas apresentarão seus trabalhos ao público, numa festa comandada pela MC Gênesis, ao som do DJ Bion, nos arredores da piscina.

A programação continua no sábado (14/12), às 11h, com a exibição de um curta em homenagem ao audiovisual, de Cavi Borges. O filme apresenta um compilado de filmes produzidos na periferia do Rio de Janeiro, nos últimos quinze anos.  Às 14h, doze artistas de territórios populares, selecionados em uma convocatória realizada pelo IMS, conversarão sobre seus portfólios com profissionais de várias áreas do Instituto (evento fechado). Também às 14h, o festival traz uma oficina sobre o punk rock carioca, com o historiador Larry Antha.

Às 16h, acontecem duas atividades simultâneas: uma visita mediada à casa e aos jardins do centro cultural e uma mostra de cinema. Na primeira, a equipe da ação educativa conduzirá o público em um percurso pelos jardins e pela arquitetura da Casa da Gávea. Exibida no cinema, a mostra apresentará cinco curtas produzidos na Baixada Fluminense, seguido de debate com os diretores. Às 18h, nos arredores da piscina, haverá ainda uma roda de samba com a música Margarete Mendes.

No domingo (15/12), às 11h, o festival promove um piquenique com cineastas, performers, grafiteiros e ativistas da periferia da cidade. Ao longo do encontro, eles trocarão impressões sobre os desafios de suas atuações e os planos para o futuro. Às 15h, o ator Leandro Santanna, indicado ao Prêmio Shell 2018, apresentará um monólogo sobre a obra do escritor Lima Barreto. Às 16h, a equipe educativa fará a visita mediada pelos jardins e a casa do centro cultural.

Também às 16h, haverá um debate, no qual artistas de periferias convidados  discutirão os acervos do IMS, apresentando possíveis leituras e intervenções artísticas sobre as coleções. A mesa contará com a presença do fotógrafo Francisco Valdean e dos artistas Lucas Ururah e Panmela Castro. Na plateia, estarão Beatriz Paes Leme, Bruno Buccalon, Elizama de Almeida, Gabriel Bevilacqua, Gustavo Aquino e João Fernandes, representantes da equipe do IMS. O festival encerra às 18h, com a festa Eu amo Baile Funk, conduzida pelo DJ Grandmaster Raphael, nos arredores da piscina

A Feira Crespa Gastronômica estará presente durante os três dias do festival, vendendo comidas e bebidas.

 

Serviço

Escuta Festival
13, 14 e 15 de dezembro (sexta, sábado e domingo)
IMS Rio
Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
Rio de Janeiro
Tel.: (21) 3284-7400

 

Programação completa

 

13 de dezembro (sexta-feira)

 

16h – Mesa Quem fala? Quem escuta? – Quando novos corpos, territórios e vozes chegam no sistema das artes

ComTaisa Machado,  Dandara Vital, Otávio Júnior, Big Jaum, Ivana Bentes, Fred Coelho, Rosângela Rennó, Batman Zavareze. Mediação: Marcus Faustini

Auditório

Entrada gratuita, com distribuição de senhas 30 minutos antes e limite de 1 senha por pessoa

 

18h às 20h – Resenha das maravilhosidades da palavra falada

Com: Gênesis, Taisa Machado, DJ Bion, Binho Cultura, Enraizados no Vagão; Sabrina Azevedo (Slam Laje) e Mery Onírica (Universidade das Quebradas)
Arredores da piscina
Entrada gratuita

 

14 de dezembro (sábado)

 

11h – Exibição de filme de Cavi Borges + Ato de celebração ao audiovisual da periferia
Auditório

Entrada gratuita

 

14h – Oficina O Rio punk de Larry Antha
Com Larry Antha
Ateliê
Entrada gratuita, com distribuição de senhas 30 minutos antes e limite de 1 senha por pessoa

 

14h – Escuta de portfólio
Leitura de portfólio de artistas já selecionados em convocatória realizada pelo IMS*

*O evento será voltado apenas aos artistas selecionados, não sendo aberto ao público

16h – Família em Foco especial: Casa- Jardins do IMS
Entrada gratuita, com distribuição de senhas 30 minutos antes e limite de 1 senha por pessoa
Atividade voltada para adultos e crianças acompanhadas

 

16h – Mostra audiovisual da BXD
Exibição de curtas de realizadores da Baixada Fluminense, seguida de bate papo com os diretores.

Filmes exibidos: Cascudos, de Igor Barradas, Cineclubismo na BF, de Carol Vilamaro, Eu preciso destas palavras escritas, de Milena Manfredini e Raquel Fernandes, Mente aberta, de Getulio Ribeiro, Joãosinho da Gomea, o rei do Candomblé, de Janaina Oliveira Refem e Rodrigo Dutra

Mediação: Cavi Borges
Auditório
Entrada gratuita, com distribuição de senhas 30 minutos antes e limite de 1 senha por pessoa

18h – Roda de Samba com Margarete Mendes
Arredores da piscina
Entrada gratuita

15 de dezembro (domingo)

 

11h – Piquenique das ideias perigosas
Com: Sinara Rúbia (Panteras Negras), Luciana Bezerra (Nós do Morro), Quitta Pinheiro (Baphos Periféricos), Manaíra Carneiro (Fluxos Urbanos), Juliana França (Grupo Código), David Amen (Raízes em Movimento), Julio Barroso (produtor) e Ana Chagas (Saravá Bien).Mediação: Luana Pinheiro
Área ao lado da pequena galeria
Entrada gratuita

 

15h – Monólogo Lima entre nós: estudo compartilhado a atualidade de Lima Barreto, com Leandro Santanna
Entrada gratuita

16h – Família em Foco especial: Casa- Jardins do IMS
Entrada gratuita, com distribuição de senhas 30 minutos antes e limite de 1 senha por pessoa
Atividade voltada para adultos e crianças a partir de 6 anos

 

16h – Mesa Quem fala? Quem escuta? – IMS: Acervos Abertos
Com: Francisco Valdean, Lucas Ururah, Panmela CastroBruno Buccalon, João Fernandes, Gabriel Bevilacqua, Beatriz Paes Leme, Elizama Almeida
Sala de aula

Entrada gratuita, com distribuição de senhas 30 minutos antes e limite de 1 senha por pessoa

 

18h – Festa Eu amo baile funk
Arredores da piscina
Entrada gratuita

 

Sobre os participantes

 

Ana Chagas (Saravá Bien) – Ana Chagas é atriz, se formou em Paris e trabalhou por mais de dez anos na Europa. No Rio de Janeiro desde 2011, seguiu como atriz, é produtora cultural e poeta. Seu livro Passeio pelo Méier tem previsão de lançamento em 2020. Em 2014 junto com Paulinho Sacramento criaram o Rio Mapping Festival – Festival Internacional de Video Mapping, que já realizou quatro edições. Atualmente toca junto com parceiros o espaço Saravá Bien, na Lapa.

 

Big Jaum – João Baptista, conhecido como Big Jaum, é Videomaker, Produtor de cinema e videoclipe, comediante e morador de Guadalupe. Apesar de passear por diversas áreas, tem seu destaque em suas produções para internet, principalmente em videoclipes de Rap.

 

Binho Cultura (Flizo – Festa Literária da Zona Oeste) – George Cleber Alves da Silva é Binho Cultura, assim popularmente chamado, 39 anos, morador de Vila Aliança, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Formado em Ciências Sociais, autor de cinco livros infantis, pela editora Aeroplano, compondo a Coleção Amigoteca. É idealizador e fundador de projetos culturais, destacando a presidência do Centro Cultural A História que eu Conto, de 2008 a 2012, a Flizo – Festa Literária da Zona Oeste, de 2013 a 2015, do Projeto Palavras que Libertam, 2015 a 2018, onde desenvolve oficinas de produção textual para menores infratores no Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas), do Projeto Orquestra Bela Oeste, 2015 a 2018. Participação internacional, com passagens pelos  EUA e Argentina, palestrante convidado do TEDx e consultor de conteúdo cultural da Fundação Cultural Palmares, 2016.

 

Canal Plá – O Canal Plá nasce com o desejo de produzir memória audiovisual sobre os coletivos, iniciativas, pessoas e instituições que promovem ações socioculturais nas áreas de periferia da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. As primeiras filmagens – puras experimentações audiovisuais – começaram em julho e o primeiro minidocumentário foi lançado em agosto de 2015, com quatro diferentes coberturas e uma videoarte. De lá pra cá, o Plá produziu oito minidocs sobre ações periféricas, uma websérie, um videoclipe, uma videoarte, além de entrevistas e debates.

 

Carol Vilamaro – Jornalista formada pela Faculdade Pinheiro Guimarães. Cursou capacitação em cinema na Escola de Cinema Darcy Ribeiro e fotografia profissional no Senac. Participou do Laboratório de capacitação em audiovisual na Produtora Escola Cinema Nosso durante todo ano de 2017. Já foi diretora, produtora, social media, colaboradora e fotógrafa de diversos filmes. É uma das realizadoras do movimento #BaixadaFilma, um movimento que começou com um manifesto pela territorialização dos orçamentos no Audiovisual para a Baixada Fluminense, região periférica do Rio de Janeiro. Curadora do Circuito #BaixadaFilma, uma mostra de filmes itinerante com produções de realizadores da região. Produtora e expositora na Mostra #BaixadaFilma por elas, em cartaz até 21 de Junho de 2018 no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, Praça Tiradentes – Rio de Janeiro. Criadora da Laranja Vulcânica, um selo de produções independentes da Baixada Fluminense. Em 2017, lançou o documentário Cinema Delas abordando o papel das mulheres no cinema. No mesmo ano teve um projeto de documentário aprovado no edital Territórios Culturais da Secretaria de Cultura do Estado e lançou dia 08 de Março de 2018 no Odeon um documentário sobre o movimento cineclubista da Baixada Fluminense, o Cineclubismo na BF.

 

Cavi Borges – Diretor, produtor e distribuidor. Fundador da Cavideo locadora, referencia dos cinéfilos cariocas, que se tornou também produtora e distribuidora de filmes independentes. Já dirigiu 43 curtas e 14 longas. Já produziu 154 curtas e 66 longas ganhando 178 prêmios em Festivais nacionais e internacionais. É um dos principais nomes do cinema independente do cinema brasileiro.

Dandara Vital – Natural de Niterói (RJ), iniciou sua formação artística com Celina Sodré no projeto Damas em Cena. Dandara Vital é atriz do Studio Stanislavski desde 2008 e fundadora do Coletivo Transarte. Atuou em diversas peças como TransTchecov, A pedra de SuelíDandara através do espelho, e dirigiu o espetáculo Mostra, Prostituta, Bichinha – Os sonhos de Waldirene. Ao longo de seus nove anos de atuação nos palcos, Dandara mantém a decisão de sublinhar a manutenção da travestilidade  no corpo, como forma de preservação, resistência e diferenciação do seu trabalho de atriz – memória, estratégia e sobrevivência. Em sua trajetória, recebeu o prêmio na categoria Melhor Atriz de 2011 no Troféu Claudia Celeste, promovido pela Astra Rio.

 

David Amen (Raízes em Movimento) – Grafiteiro, artista visual e comunicólogo, fundador do Instituto Raízes em Movimento localizado no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio.

 

DJ Bion – É conhecido no circuito de festas da Baixada Fluminense e Zona Norte do Rio. Com um set que aposta na mixagem sonoridades, sotaques e períodos da música popular brasileira, DJ Bion te convida para uma viagem por canções quentes e recheadas de ginga.

 

Enraizados no Vagão (Instituto Enraizados) – Coletivo artístico que atua nos transportes públicos cariocas, levando diversos formatos de performance, como poesia, música e teatro. Foi formado em fevereiro de 2018 pelos rappers GB Montsho e Dorgo Dj, passando por diversos formatos e continua em constante mudança, mas a única coisa que nunca mudou foi a entrega em cada segundo de apresentação, te convido a conhecer o ENRAIZADOS NO VAGÃO, venha de coração aberto e tenha um bom dia.

 

Eu amo baile Funk – Com 15 anos de história, o EU AMO BAILE FUNK, já colocou muito funkeiro para dançar!  Respeitado pelo público da velha-guarda e da nova geração, a programação do baile já contou com nomes como Catra, Willian e Duda, Thati Quebra Barraco, Smith e muitos outros que fazem a história do funk carioca.

 

Francisco Valdean – Fotógrafo, professor e Mestre em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Um Cearense acolhido pela favela da Maré após fazer a travessia de migração do  Nordeste até o Rio de Janeiro. Fotógrafo documentarista e pesquisador, desenvolve projetos autorais e reflexões sobre as imagens das paisagens cotidianas das favelas e subúrbio da cidade.”

 

Feira Crespa – Ação afirmativa que tem como mote principal a valorização da mulher que se identifica como negra e as que são identificadas pela sociedade como negras, e como principais objetivos: fortalecimento dos afro-empreendedores e aumento do repertório dos visitantes sobre a cultura afro-brasileira e sua história; além de também propor a reflexão e debate sobre temas em voga e como os participantes se projetam em diversos cenários. Tudo isso se desdobra em questões relacionais, comportamentais, práticas, no funcionamento político – econômico do nosso país, dentre outras discussões.  Em todas as suas edições, a feira crespa sempre contou com jovens: desde sua concepção até sua execução, bem como seus empreendedores, que são jovens no tempo de vida da arte de empreender ou jovens pelo tempo de vida mesmo. Para a 26° Edição não poderia ser diferente. Para ocupar o IMS (local de referência para de arte contemporânea), a feira crespa comemora sua penúltima edição do ano de 2019! Venha conferir arte, empreendedorismo e debate dentro do Escuta festival.

 

 

Gênesis – Gênesis é escritora, poeta, contadora de histórias e slammer. É uma das organizadoras do Slam das Minas RJ, uma batalha de poesia só para mulheres que acontece em todo RJ. Publicou seu primeiro livro infantil Cadê Martin? pela Chiado Editora, e seu livro de poesia Delírios de (R)existência pela Padê editora. Tem participação no livro “Identidades” da Ed. Conexões, uma coletânea com 18 escritoras negras. Em publicações independentes integra o primeiro caderno de poesia do Slam das Minas RJ, e seu fanzine O poema sai enquanto você entra. Esse ano participou do do primeiro Slam de Poesia do que aconteceu no Rock In Rio e também no Slam da Flup. Traz sua palavra inspirada na resistência e no protagonismo do corpo da mulher negra.

 

Getulio Ribeiro – Ribeiro desconhece a palavra impossível, mas é intimo da frase “orçamento zero”. Para tornar viável suas produções “joga nas onze” e se alterna na Direção, Roteiro, Fotografia, Montagem e Produção dos filmes. Através da sua produtora “Por Que Não Filmes” realizou os curtas O Que Vai Ser? (2009), O Dia Que a Terra Não Acabou (2013), Um Filme para Gerson (2015) e Dias e Dias (2015), que lhe renderam prêmios de melhor filme, direção, fotografia e montagem em festivais nacionais e regionais. Escreve críticas para o site Cin3filia, faz parte da Comissão de Curadoria Audiovisual de Nova Iguaçu e em 2016 recebeu do Fórum de Cultural da Baixada Fluminense um prêmio especial pelo conjunto da obra no segmento audiovisual.

 

Igor Barradas – Cineasta, cineclubista e educador com mais de vinte anos de profissão. Dirigiu seu primeiro curta em 2001 e pouco depois fundou com amigos o Cineclube Mate Com Angu, no município de Duque de Caxias – RJ. Formou-se em Estrutura Dramática na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Educador audiovisual desde 2006 com experiências em projetos socioambientais e culturais em diferentes regiões do país. O doc experimental Lá no fim do Mundo…, de 2007, foi selecionado para o CINEESQUEMANOVO da cidade de Porto Alegre e ganhou melhor curta no 1º IGUACINE – Festival de Cinema de Nova Iguaçu -RJ. Em 2011, “Queimado” foi selecionado para a competitiva de curtas do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.  Em 2018 finalizou o curta Cascudos, seu quinto curta, terceiro de ficção, que foi selecionado para diversos festivais, entre eles, para a Mostra Novos Rumos do 20º Festival do Rio e para a competitiva principal do 26º FESANCOR – Festival Internacional de Curtas do Chile. 2019 dirigiu o clipe Latino Americano para a banda Virótica, vencedor da menção honrosa no Festival Novos Talentos Sesi/Firjan. Atualmente desenvolve um documentário sobre o filme O Amuleto de Ogum, produção de 1975, filmada em sua cidade, pelo mestre Nelson Pereira dos Santos.

 

Juliana França (Grupo Código) – Cria de Japeri, Baixada Fluminense, Juliana França é atriz, professora, pesquisadora e mestra em Filosofia (com ênfase nas pesquisas de gênero, raça e estética). Para além, Juliana compõe também  a coordenação do projeto “Artes Cênicas em extensão” (UniRio) e integra o Grupo Código há 13 anos.

 

Julio Barroso (Produtor) – Julio Barroso é ativista e produtor cultural. Trabalha na área musical desde 1990. Realiza com coletivos várias  ocupações político culturais pela cidade como Ocupa Lapa, O Passeio é Público, Ocupa Marina da Glória, Sarau do Escritório e Ocupa MinC RJ. Atualmente é colunista no jornal da Agência de Notícias das Favelas – ANF e está escrevendo um romance sobre sua vida. Produziu eventos como o Viradão Carioca. MIMO (Mostra Internacional de Música em Olinda) Rock in Rio e Brasilidade.

 

Larry Antha – historiador, escritor e músico. Tocou nas bandas Sex Noise, LoveJoy,  100Tauro 100Tado, e atualmente é vocalista da banda Katina Surf. Apresentador do programa de Web Rádio “Novo Velho Punk” na Cabaré Rádio (www.cabareradio.com.br).  Escreveu cinco livros: Memórias não póstumas de um punkTropicalismo selvagem, Dom  Josué e seu galo infante na Belle Époque punk1989 – As memórias não póstumas de um punk no quartelIsto não é um romance e o último Memórias não póstumas de um punk MORTO.  Em 2018, ganhou prêmios literários do Ministério da Cultura sobre o Bicentenário de Independência do Brasil, com dois textos inéditos, que serão publicados até 2022.

 

Lucas Ururah – Artista multimídia oriundo de Sepetiba, Zona Oeste do Rio de janeiro, que exprime em seu trabalho referências de elementos da natureza e vivências territoriais. Coordenou o projeto Sepetiba em Foco, é produtor cultural, arte educador, artista urbano, designer gráfico e fotógrafo.

 

Luciana Bezerra (Nós do Morro) – Luciana Bezerra é roteirista, diretora audiovisual, atriz e Presidente do Grupo Nós do Morro.  Atuou como pesquisadora de elenco para o filme Cidade de Deus, o2filmes (2002). Seu curta Mina de Fé (2004) recebeu Melhor Curta ficição no 37º Fest. Brasília, Melhor Ficção Curta Cinema 2004, e foi exibido em mais de 10 países.   Dirigiu o episódio Acende a luz no filme Cinco Vezes Favela – Agora por nós mesmos, produzido por Carlos Diegues/Cannes 2010 (hors-concours). É autora do livro Meu destino era o Nós do  Morro/ editora Aeroplano. Colaboradora em roteiros como:   Praça Paris” – Taiga filmes, As lendas de Dandara ( tv Globo). Atualmente trabalha no roteiro e direção do Projeto autoral de longa metragem em produção A festa de Léo.

 

Manaíra Carneiro (Fluxos Urbanos) – Manaíra Carneiro é cineasta, especializada em roteiro pela escola de cinema Darcy Ribeiro. Mestra em Cultura e Territorialidades (PPCULT-UFF) e bacharel em Estudos de Mídias (UFF). Há dezesseis anos desenvolve projetos culturais de impacto social. É co-fundadora do coletivo de artes, comunicação e tecnologia Fluxos Urbanos (fluxosurbanos.org).

 

 

Margarete Mendes, A Negona do Axé  – Mulher negra carioca, nascida em Santa Tereza, bebeu nas mais nobres fontes do samba, recebendo influências de grandes damas como Jovelina Pérola Negra, Clara Nunes, Clementina de Jesus, D. Ivone Lara e Alcione, além de eternos mestres como Monarco, Cartola, Candeia, João Nogueira, Martinho da Vila e muitos outros.Tendo o samba como raiz e o cotidiano popular em sua vivência, Margarete Mendes A Negona, em seus 29 anos de carreira, desenvolveu uma bela forma de interpretação, unindo sua voz marcante e a dança ancestral, que conduzem o público por uma viagem cultural pelos caminhos do Samba.

 

Mery Onírica – Universidade das Quebradas (Laboratório de Tecnologias Sociais da UFRJ, trabalha com literatura marginal e performances faladas) – Maria Inez da Silva Moraes é conhecida na literatura como Mery Onírica. Entrou para o mundo do saber através da Flup  (Festa literária das periferias ), participando de quase todas as Antologias. É ativista sociocultural, membro do grupo Sarauzeiras Oníricas e quebradeira da Universidade das Quebradas. É escritora, autora e poeta.

 

Milena Manfredini – Cineasta negra, antropóloga e pesquisadora. Filha-neta de Dona Delminda, avó negra e baiana. Nasceu na Baixada Fluminense, periferia do Rio de Janeiro. Formou-se em Antropologia, com ênfase em Antropologia da Arte e da Cultura pela PUC-RIO e estudou cinema nas escolas Darcy Ribeiro, Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu, Cinema Nosso, AIC, dentre outras. Cursou Artes Visuais na EAV – Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Dirigiu e roteirizou os filmes “Eu Preciso Destas Palavras Escrita” (2017) filme sobre a vida e obra do artista contemporâneo Arthur Bispo do Rosário; “Camelôs” (2018) filme sobre os vendedores ambulantes da cidade do Rio de Janeiro. E atualmente está em processo de finalização dos filmes “Cais” e “Mãe Celina de Xangô”. É idealizadora, curadora e produtora da Mostra de Cinema Narrativas Negras. Projeto voltado à pesquisa, exibição e visibilização das filmografias negras.

 

Otávio Júnior – Otávio Júnior é escritor, ator, contador de histórias e produtor teatral. Fundador e coordenador do projeto Ler é 10 – Leia Favela, que inclui a abertura de bibliotecas no Complexo do Alemão. Trabalha na área cultural desde 1998 e atualmente desenvolve programas e atividades para o fomento da leitura entre os jovens das favelas do Rio de Janeiro. Em 2011 publicou seu primeiro livro “O Livreiro do Alemão”.

 

Panmela Castro – Originalmente pichadora do subúrbio do Rio, Panmela Castro interessou-se pelo diálogo que seu corpo feminino marginalizado estabelecia com a urbe, dedicando-se a construir performances a partir de experiências pessoais, em busca de uma afetividade recíproca com o outro de experiência similar. É Mestre em artes pela UERJ; realizou projetos em mais de 15 países; teve seu trabalho exposto em instituições como o Stedelijk Museum; e está em coleções como das Nações Unidas. Recebeu inúmeras nomeações por seu ativismo pelos direitos humanos

 

Quitta Pinheiro (Baphos Periféricos) – Performer, fotógrafa, produtora cultural, comunicadora e militante no movimento LGBTI+. 23 anos, moradora da Baixada Fluminense – Nova Iguaçu. Fotógrafa por 4 anos do Cineclube Buraco do Getúlio, ex-aluna da Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu, realizadora por 1 ano no Canal Plá, fundadora e coordenadora do grupo Baphos Periféricos, coordenadora do Projeto Transarte em 2018 e Comunicadora no Galpão Bela Maré de 2017 a 2019.

 

Rodrigo Dutra – Dirigiu os documentários 1962 O Ano do SaqueVento Forte do LevanteArmanda e Tv Olho todos veiculados em diversos festivais, alguns premiados e exibidos em Tv´s por assinatura. É técnico audiovisual no IACS/UFF, diretor executivo da Dunas Filmes e especialista em transmissão ao vivo multicâmeras. É mestre em Educação, Comunicação e Cultura em Periferias Urbanas/UERJ e um dos fundadores do Goméia Galpão Criativo. Está lançando o filme Joãosinho da Goméa. O Rei do Candomblé, sobre o Babalorixá mais notório do Brasil.

 

Sabrina Azevedo (Slam da Laje) – Nascida  no Rio de Janeiro, Sabrina Azevedo é: poeta, atriz, escritora, dramaturga, comediante e produtora cultural. Bicampeã do Slam RJ (Campeonato Estadual de Poesia Falada) por dois anos consecutivos, em 2017 e 2018 representou o Rio de Janeiro no Slam BR (Campeonato Brasileiro de Poesia Falada) realizado em São Paulo.  Em 2019, venceu o  Torneio Nacional Singulares de Poesia. É membro fundadora do coletivo Nós da RUA, e faz parte da Companhia de Intervenções Artísticas – AAR (A Artes Resiste).Sabrina também atua no mundo da comédia, utiliza da linguagem cômica para contar suas histórias em formato de STAND UP COMEDY, e com um ótimo humor traz energia positiva, Sabrina Azevedo transforma o dia, seja através da poesia, ou das risadas que causa.

 

Taisa Machado – Artista multilinguagem e criadora do Afrofunk Rio, plataforma de idéias e ações para o movimento funk com foco em equidade racial e de gênero é um nomes da nova geração de empreendedoras culturais do país. Dirigiu e atuou no espetáculo A Mulher que inventou a Dança, co-escreveu o Marco Referencial de Ações e Metodologias Descolonias para o Grupo SESC, faz parte do time de apresentadoras do programa Querendo Assunto. Apaixonada pela cidade do Rio de Janeiro e por toda produção artística da periferia escreve textos sobre o assunto além de incendiar as pistas de dança da cidade sob o codinome de DJ Garota.

 

Sinara Rúbia (Panteras Negras) – Sinara Rúbia é graduada em Letras-Português/Literatura,mestranda em relações étnico raciais pelo CEFET Rio, atuante na área de Literatura Infantojuvenil Negra e Contação de Histórias, de inspiração griô. É Educadora, Instrutora de Arte e Cultura e Ativista. Possui experiência em projetos de âmbito local, comunitário e nacional. Trabalha e compõe grupos, projetos e organizações que atuam nas áreas de Direitos Humanos, Cidadania, Território, Geração de Renda, Gênero, Combate ao Racismo e Violências.

 

Viviane Potiguara (Sarau Poesia de Esquina) – Viviane Potiguara é antropóloga, poeta e editora independente. Fundou o movimento da Poesia de Esquina na Cidade de Deus e a Esquina Editorial, editora especializada em poesia favelada. Viviane também é ativista por direitos periféricos e mestranda em Ciências Sociais na PUC-Rio.

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