Estudo analisa saúde pública para negros


O acesso da população negra do Grande ABC aos serviços e informações na área da Saúde foi o foco da pesquisa feita pelo sociólogo e pesquisador da Faculdade de Medicina do ABC, Deivison Mendes Faustinol.

Durante os estudos, o pesquisador identificou algumas características, como o pouco acesso à literatura sobre Saúde referente à população negra.

A pesquisa foi feita a partir do cadastro de 135 organizações nas sete cidades, classificadas de acordo com a atividade principal, sendo também selecionadas 11 entidades religiosas de matriz africana. A avaliação foi dividida em duas partes. Do total, 41 organizações participaram da primeira e 33 da segunda.

“Queremos, através dos movimentos negros que já existem e são fortalecidos na região, ajudar a enfrentar as desigualdades e preconceitos que existem no sistema de saúde para os negros. Por exemplo, quando um homem negro chega ao hospital com pressão arterial alta, muitos funcionários às vezes pensam que é por problemas com alcolismo”, explica Faustino.

O pesquisador apurou também que as mulheres negras são mais vítimas da Aids que as brancas. Enquanto a taxa de mulheres brancas acometidas pela doença em 2000 foi de 10,61 para cada 100 mil habitantes, entre as negras foi mais do que o dobro, 21,49. No caso dos homens a discrepância é semelhante: 22,77 para brancos contra 41,75 para negros.

Sonia Maria de Souza Raimundo, integrante da ONG Negra Sim, de Santo André, lembra da necessidade de acelerar o Plano Municipal de Saúde da População Negra. “Esse projeto precisa sair do papel”, salienta Sonia.

 Fonte: Diario do ABC

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