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    Pesquisadoras também produziram livreto em homenagem às profissionais que atuam no combate ao coronavírus - Ilustrações: Marcelo Jean Machado

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    Divulgação

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      Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina Coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação)

      “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

      Em foto de 2019, Ananda Portela segura a mão da avó, internada com covid-19 Imagem: Acervo Pessoal

      Após o final do ano, a covid-19 explodiu em minha família – e no país

      Thiago Amparo (Foto: Marcus Leoni/CLAUDIA)

      O Brasil é uma enfermeira preta vacinada

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      “Lutei e provei inocência do meu filho, hoje ajudo mães em penitenciárias”

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      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

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              ‘Eu fui vítima de arma de fogo que nem sabia que meu marido tinha’, diz Maria da Penha

              13/07/2019
              em Violência contra Mulher
              Tempo de leitura: 7 min.

              A cearense que inspirou a criação da lei que leva seu nome se mostra preocupada com o decreto que prevê facilitar o porte de armas de fogo, pois o objeto é o que mais mata mulheres no Brasil

              Por Daiane Costa, Do O Globo

              Maria da Penha- mulher branca, de cabelo curto, usando bleaser e camiseta do Instituto Maria da Penha (IMP)- sentada sorrindo, também a na imagem ilustrações de mãos com o punho fechado
              Maria da Penha foi vítima de dupla tentativa de femicídio, em 1983. Sua busca por justiça inspirou a criação da lei que leva seu nome Foto: Arte de Ana Luiza Costa sobre foto de Cid Moreira / Divulgação Instituto Maria da Penha

              A cearense Maria da Penha foi vítima de dupla tentativa de feminicídio, em 1983, quando ficou paraplégica. O agressor era seu marido. Sua luta de 19 anos por justiça resultou na criação da lei de proteção à mulher que leva seu nome, em vigor desde 2006.

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              Em entrevista ao GLOBO para comentar os mais recentes dados sobre assassinatos de mulheres, extraídos do Atlas da Violência do Ipea, Maria da Penha demonstrou preocupação com a possibilidade de aprovação do decreto proposto pelo presidente Jair Bolsonaro para facilitar o porte de arma de fogo, em análise no Congresso.

              Entre as mulheres mortas no Brasil, a maior parte é justamente por arma de fogo.

              Na avaliação de Maria da Penha, é importante também que a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, passe a se posicionar a respeito.

              O GLOBO: Houve um crescimento dos homicídios femininos no Brasil em 2017, com cerca de 13 assassinatos por dia. O número é o maior registrado desde 2007. Por que as mulheres estão morrendo mais, mesmo depois de tantos anos da Lei Maria da Penha?

              Maria da Penha: Quando a lei (Maria da Penha) surgiu, não havia políticas públicas (de combate à violência contra a mulher). Demorou quatro ou cinco anos para que todas as capitais tivessem políticas de atendimento às mulheres e mais um tempo até que as mulheres confiassem nessas instituições. Então, esse aumento dos casos era esperado. As mulheres começaram a denunciar porque passaram a acreditar nas instituições. Só que temos percebido que essas políticas públicas não cresceram. Os pequenos municípios, na sua grande maioria, continuam sem.

              “A mulher ameaçada precisa de mais proteção e o pretenso agressor tem de ser melhor monitorado. É uma forma de evitar mais mortes. ”
              MARIA DA PENHA
              que inspirou a lei de proteção à mulher que leva seu nome

              Por que a mulher negra morre mais que a branca, como mostra o Atlas da Violência?

              O aumento dos assassinatos de mulheres negras vai pelo mesmo caminho do racismo. As políticas públicas foram criadas para combater a violência contra a mulher, mas o racismo não foi igualmente enfrentado. É necessário um investimento no combate ao racismo também. Essas mulheres não morrem só porque são mulheres, mas porque são negras. Essa rede que existe deve ser capacitada para atender a mulher negra e entender que mulher é mulher: seja negra, indígena ou branca, independente da sua cor.

              A mulher negra tem mais dificuldades de acessar dispositivos de segurança que poderiam evitar sua morte?

              Eu acredito nisso. A gente vê que nos pequenos municípios não existem políticas públicas e todas as mulheres têm dificuldades de atendimento. Nas grandes capitais essas políticas públicas existem, mas a mulher da periferia, que em sua maioria é negra, tem dificuldades de denunciar porque os equipamentos ficam distantes de onde mora. A mulher negra também pode sofrer violência institucional. Digo isso com base no descaso com que ela é atendida. Muitas vezes, ela vai denunciar um caso de violência e sua fala não ganha a devida atenção e valor.

              “Fugir de uma agressão com arma de fogo é muito mais difícil porque atinge a vítima de longe. ”

              MARIA DA PENHA que inspirou a lei de proteção à mulher que leva seu nome

              Como a senhora acha que deve se combater o assassinato de mulheres no Brasil?

              Tem que ter investimento em educação para que as próprias crianças que presenciam cenas de violência doméstica saibam que aquilo é errado e que existe uma lei que pode atender aquela mulher e evitar um feminicídio. A educação é essencial tanto para combater o racismo como a violência contra a mulher, como qualquer outra questão que cause danos à sociedade.

              A maior parte dos assassinatos de mulheres envolve arma de fogo. Como a senhora vê a movimentação do governo para facilitar o porte de armas?

              Com muita preocupação. Fugir de uma agressão com arma de fogo é muito mais difícil porque atinge a vítima de longe. A arma branca também atinge, mas a chance de ela ser atingida de forma fatal é menor. Eu tenho a impressão de que esse projeto não vai passar. Tem muitos parlamentares preocupados. Se com o estatuto do desarmamento estamos com esses números, imagina com esse decreto. Eu fui vítima de arma de fogo que nem sabia que meu agressor (o marido, na época) possuía.

              “A lei foi criada para combater a violência contra a mulher, mas o racismo não foi igualmente enfrentado. ”
              MARIA DA PENHA
              que inspirou a lei de proteção à mulher que leva seu nome

              Se o Estado brasileiro continuar silente em relação à criação de políticas públicas nos pequenos municípios, não temos uma perspectiva boa, não. Por exemplo, veja a importância que é a Casa da Mulher Brasileira, que facilita a vida da mulher naquela cidade. É uma política pública que reúne em um mesmo lugar todos os equipamentos e órgãos que fazem com que a lei funcione. Atende todos os dias, 24 horas. Foi uma criação do governo federal, que começou em Campo Grande (MS), em 2015. Brasília tinha uma, mas foi desativada, assim como está ocorrendo com outras. Por falta de recursos, estão entrando em colapso. Todos os encaminhamentos são realizados sem que ela tenha de sair de um bairro para outro para levar a sua necessidade de ser protegida ou orientada adiante. A mulher ameaçada precisa de mais proteção, e esse pretenso autor de um feminicídio tem de ser melhor monitorado. É uma forma de evitar mais mortes.

              A crise financeira de estados e municípios prejudica esses investimentos?

              O governo federal precisa ver a gravidade do número de mulheres que são assassinadas. Tem várias instituições trabalhando para mostrar esses dados e é importante que não haja redução no investimento nessas políticas públicas. Você já imaginou quantos filhos ficaram na orfandade por conta desses assassinatos? E o que o governo tem para essas crianças?

              Como resolver o problema dos pequenos municípios?

              Os pequenos têm de ter um Conselho da Mulher e criar política pública com um centro de referência dentro do CRAS, do posto de saúde ou de instituição de ensino. Tem de ser um lugar no qual a mulher se sinta segura para buscar ajuda e de fácil acesso. Ela não vai ser obrigada a nada (como fazer uma denúncia). Mas tem de conversar. Essa mulher pode estar vivenciado um ciclo de violência doméstica e ela não está se dando conta. A primeira violência não é uma facada. É um grito, um empurrão ou beliscão.

              “A mulher negra sofre violência institucional. Ela vai denunciar uma violência e não ganha a devida atenção e valor.”
              MARIA DA PENHA
              que inspirou a lei de proteção à mulher que leva seu nome

              A Lei Maria da Penha passou por mudanças este ano. Como as senhora as vê?

              Algumas mudanças são positivas e aconteceram pela necessidade de fazer com que a lei funcione. E foram importantes. Por exemplo, nos municípios onde não existe uma comarca, a delegada poderá pedir a medida protetiva, solicitar a prisão do agressor na ausência do Judiciário. Dentro dessa perspectiva, a mudança é válida.

              No governo Bolsonaro, a Secretaria das Mulheres voltou a ter status de ministério? Como a senhora avalia a atuação dela no combate ao feminicídio?

              Eu ainda não vi uma coisa palpável, algum ponto positivo ou diferencial que a ministra (Damares Alves) tenha feito na sua pasta. Não estou assim, por dentro de tudo. Mas, na questão da facilitação do porte de arma de fogo, não houve nenhum posicionamento por parte dela. Já foi falado muito sobre isso e espero que haja uma sensibilização do nosso presidente (Jair Bolsonaro), de repensar essa conduta. As pesquisas mostram que, mesmo quem o elegeu, não está muito convencido de que essa flexibilização é boa.

              “A primeira violência não é uma facada. É um grito, um empurrão ou beliscão.”

              MARIA DA PENHA
              que inspirou a lei de proteção à mulher que leva seu nome

              A saga de Maria da Penha em busca de justiça

              Em 1983, o então marido de Maria da Penha deu um tiro em suas costas enquanto ela dormia. Como resultado dessa agressão, ela ficou paraplégica. O agressor declarou à polícia que tudo não havia passado de uma tentativa de assalto. Quatro meses depois, quando Maria voltou para casa – após duas cirurgias, internações e tratamentos –, ele a manteve em cárcere privado durante 15 dias e tentou eletrocutá-la durante o banho.

              A perícia desmentiu a versão dele, mas o primeiro julgamento só ocorreu oito anos depois, em 1991. Ele foi sentenciado a 15 anos de prisão, mas saiu do Fórum em liberdade, pois a defesa apresentou vários recursos. O segundo julgamento só foi realizado em 1996. Desta vez, o ex-marido foi condenado a 10 anos e 6 meses de prisão. Mas, sob a alegação de irregularidades processuais por parte dos advogados de defesa, mais uma vez a sentença não foi cumprida.

              O ano de 1998 foi muito importante para o caso, que ganhou uma dimensão internacional e a negligência do Estado foi denunciada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH/OEA). Diante da falta de medidas legais e ações efetivas, como acesso à justiça, proteção e garantia de direitos humanos a outras vítimas de violência doméstica, em 2002, foi formado um Consórcio de ONGs Feministas para a elaboração de uma lei de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher, a Lei Maria da Penha. Ela foi aprovada pelo Congresso anos mais tarde e, em 2006, sancionada pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

              Tags: Maria da PenhaViolência contra Mulher
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              • A coluna NOSSAS HISTÓRIAS desta quarta-feira vem com a assinatura da historiadora Iracélli da Cruz Alves! O tema “Mulheres negras, política e cultura do cancelamento no Brasil republicano” é abordado no artigo e no vídeo nos quais ela oferece reflexões a partir de registros da atuação de mulheres negras integrantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) na década de 1940! Confira um trecho: “O que essas mulheres têm em comum? Todas eram comunistas, trabalhadoras e muito provavelmente negras, como é perceptível nas poucas imagens que até hoje encontrei. Além disso, não podemos esquecer que a classe trabalhadora brasileira tem sido majoritariamente negra, o que aumenta a probabilidade de essa pressuposição fazer sentido para os casos em que não acessei registros fotográficos. Outro ponto em comum em suas trajetórias é que todas participaram ativamente da vida política do país em meados do século XX, atuando significativamente no partido no qual escolheram militar. No entanto, foram praticamente esquecidas (ou silenciadas?) tanto pela historiografia política do Brasil quanto pelas narrativas históricas sobre o PCB. Os nomes delas, na maioria das vezes, nem sequer são citados.” Leia todo o artigo no Geledés: https://www.geledes.org.br/mulheres-negras-politica-e-cultura-do-cancelamento-no-brasil-republicano/ Veja o vídeo no Acervo Cultne: https://youtu.be/pS35-3RuNMc
              • Já que o mundo está em medida de contenção social, acredito estar diante de um dos maiores desafios que o ser humano possa receber da vida, que é o de ter a oportunidade de ficar sozinho e explorar a sua consciência, conhecer quem é essa pessoa que cohabita em meu corpo, ou seja tentar descobrir quem “eu dentro de mim”. Leia o Guest Post de Tatiane Cristina Nicomedio dos Santos em: www.geledes.org.br
              • Enfermeira Monica Calazans, primeira pessoa vacinada em território nacional
              • "Escolhi parafrasear no título do presente guest post a escritora brasileira, Conceição Evaristo, que constrói contos e poemas reveladores da condição da população negra no país. A intelectual operaciona a categoria de “escrevivência”, através de uma escrita que narra o cotidiano, as lembranças e as experiências do outro, mas sobretudo, a sua própria, propagando os sentimentos, as lutas, as alegrias e resistências de um povo cujas vozes são silenciadas." Leia o Guest Post de Ana Paula Batista da Silva Cruz em: www.geledes.org.br
              • ✊🏾 1960-1970: Grupo Palmares de Porto Alegre e a afirmação do Dia da Consciência Negra ✊🏾 Está disponível mais uma sala da Exposição “20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra” no Google Arts & Culture! Link: https://artsandculture.google.com/culturalinstitute/beta/u/4/exhibit/1960-1970-grupo-palmares-de-porto-alegre-e-a-afirma%C3%A7%C3%A3o-do-dia-da-consci%C3%AAncia-negra/tgLSJakjmcizKA 🙌🏿 Esta sala é especialmente dedicada à movimentação do Grupo Palmares em Porto Alegre, fundado em 1971, afirmando o Vinte de Novembro como Dia da Consciência Negra. Em 2021, o Vinte completa 50 anos! Conecte-se ao compromisso de ativistas negros e negras gaúchas em defesa de uma história justa sobre as lutas negras por liberdade por meio de depoimentos, fotografias, poemas, anotações, cartas, entre outros documentos. Vamos junt@s! 🖤 O material pode ser acessado em português e inglês e é mais um resultado da parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs(@historiadorxsnegrxs , Geledés Instituto da Mulher Nega e o Acervo Cultne! (@cultne) 🎉 Ao longo de todo 2021, muitas outras “Nossas Histórias” sobre vidas, lutas e saberes da gente negra serão contadas em salas de exposições virtuais!
              • "A história do indigenismo no século XIX tem importantes pontos de conexão com a história do tráfico escravista. A investigação dessas conexões permite compreender como possibilidades de branqueamento foram projetadas na nação brasileira, para além da mais conhecida: a imigração europeia ocorrida entre o último quartel do século XIX e 1930." Leia o artigo do historiador Samuel Rocha Ferreira publicado na coluna “Nossas Histórias” **A coluna “Nossas Histórias” é uma realização da Rede de Historiadoras Negras e Historiadores Negros em parceira com o Portal Geledés e o Acervo Cultne.
              • "Afirmar que este ano foi ganho para a EDUCAÇÃO parece beirar à cegueira. Escolas fechadas, estudantes, professores, gestores todos os servidores em casa e sem aulas presenciais." Leia o Guest Post de Jocivaldo dos Anjos em: www.geledes.org.br
              • Territórios negros e periféricos no enfrentamento à pandemia da COVID-19: um estudo sobre as ações desenvolvidas na região metropololitana de São Paulo Por compreender a importância das diversas iniciativas realizadas para o enfrentamento da Covid-19, Geledés Instituto da Mulher Negra, Rede Conhecimento Social e um grupo de coletivos e movimentos sociais realizaram uma pesquisa sobre as formas de atuação e enfrentamento à pandemia da COVID-19 protagonizadas pela sociedade civil na região metropolitana de São Paulo, de forma a identificar as experiências, as problemáticas enfrentadas e os desafios para a continuidade das iniciativas. Para saber mais acesse www.geledes.org.br
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              Geledés Instituto da Mulher Negra

              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

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