O comentário foi feito a uma rede de televisão que entrevistou o prefeito sobre a prisão de policiais acusados de racismo contra a comunidade hispânica.
Um comentário preconceituoso, emitido pelo prefeito de uma pequena cidade norte-americana, pode custar a perda do cargo local.
A confusão aconteceu em East Heaven, no estado de Connecticut, onde a comunidade latino-americana tem realizado vários protestos contra a intolerância contra imigrantes. Questionado sobre como iria proceder sobre o assunto, o prefeito Joseph Maturo afirmou: “Acho que vou comer uns tacos hoje à noite“.
O governador de Connecticut, que está no Fórum Mundial em Davos, na Suíça, apenas afirmou que o comentário foi “imbecil”. No entanto, as manifestações aumentaram ainda mais na cidade e surgiu um forte movimento para que ele deixe o cargo.
Maturo, aliás, responde desde 2009 a um processo contra maus tratos contra imigrantes. O prefeito garante que não irá renunciar ao cargo.
O comentário foi feito a uma rede de televisão local que entrevistou o prefeito sobre a prisão de policiais da cidade acusados de racismo contra a comunidade hispânica. Após as prisões, o chefe de polícia foi substituído.
O FBI prendeu três policiais de East Haven e o presidente do sindicato dos policiais na terça-feira, 17, sob a acusação de conspiração e obstrução da justiça. Segundo o FBI, os policiais ignoravam os direitos civis dos residentes latinos.
As prisões aconteceram depois de uma longa investigação federal das ações dos membros do departamento de polícia local contra a comunidade hispânica.
Os policiais Dennis Spaulding, David Cari e Jason Zullo, assim como o sargento John Miller são acusados de 10 violações que incluem ordem de busca sem motivo aparente, uso de força excessiva durante as prisões, prisão de cinco pessoas com falsos motivos, intimidação e falsos relatórios para justificar as ações.
“Os quatro policiais acusados formaram um câncer que rotineiramente privava os residentes de East Haven de seus direitos civis”, disse o diretor assistente do FBI Janice Fedarcyk. “A população não precisa de proteção daqueles que juraram proteger e servir”, completou.
A investigação do departamento de polícia, que tem um efetivo de 50 homens, começou em 2009. A comunidade latina dobrou nos últimos anos e defensores dos direitos alegam que tensões raciais levou ao tratamento pobre deles pelos policiais.
Fonte: Comunidade News
