Fabríccio ressignifica sua carreia com o álbum Selva, trazendo releituras das canções do agora extinto álbum Jungle

O cantor e compositor capixaba apresenta uma versão amadurecida de sua obra, onde toca todos os instrumentos e assina a produção musical de 14 das 15 faixas

 No dia 18 de agosto, o cantor, compositor e multi-instrumentista capixaba Fabríccio lança o álbum SELVA através da Zeferina Produções. A obra traz releituras do extinto disco Jungle (2017), além das faixas bônus “Me Abraça”, com participação da Tuyo e já apresentada para o público no dia 14 de julho, e a inédita “Teu Pretim Remix”, com participação de Drik Barbosa e produção de Rafa Dias (RDD, ÀTTØØXXÁ). E ainda conta com Tássia Reis, em “Preta”.

“Depois de um processo de entendimento e resgate pelo meu eu, a melhor definição de SELVA em relação ao álbum é sobre essa sensação de ambiente hostil em todos os contextos, para além daquela noção de ‘selva de pedra’ e ‘selva’ em seu literal. Estar num ecossistema altamente hostil em que minha presença ofende, ameaça,  intimida e torna muitas outras experiências, que do dia-a-dia são muito mais complexas e dependendo do contexto, perigosas”, desabafa Fabríccio.

Ele se refere a um período conturbado de sua carreira que resultou no encerramento do ciclo de Jungle, seu álbum de estreia. O disco hoje está extinto, em comum acordo com a antiga gravadora. Deixar morrer para renascer, ressignificando sua vida e obra. Novas leituras para um artista que ressurge em um ambiente que já não o assusta mais.

SELVA é a forma de estar no meio disso, com as ferramentas que a vivência de outras pessoas iguais a mim, que passaram por épocas, contextos e dificuldades, que também deixaram de herança, não só a música, mas sobre como o tempo vai configurando a história dos relacionamentos, das famílias… Eu dei sorte, a música é meu jeito de estar no mundo, é minha forma de espelhar a forma que a vida se mostra pra mim, uma forma de retribuir não só a ‘beleza’ da música ou da letra, mas retribuir por ter aprendido a ter isso como tecnologia para me comunicar e também me descobrir”, Fabríccio completa.

Para não deixar os fãs órfãos e se empoderar de sua própria história, todas as canções estão de volta. Mais amadurecidas. Ressignificadas. “Teu Pretim” abre SELVA falando sobre afeto sob a fusão de funk americano com ritmos brasileiros à la Black Rio, Farofa Carioca e Djavan. “Amor e Som” vem em seguida, como um mantra pessoal sobre a alegria de poder fazer música. “O Poder do Machado de Xangô” é inspirada no documentário de Pierre Verger e conta a história de Balbino, um baiano que sonha em ir para a África conhecer os cultos originais de seus ancestrais. A quarta faixa é “Foge Comigo” que, como o nome sugere, é um convite para ir para outro lugar. “Dia de Ver o Meu Bem” é sobre arrumar um tempo para encontrar quem faz o tempo parar. Em seguida vem “Bossa Velha”, canção que Fabríccio ganhou de presente de Thais Uchôa. “Orfeu” é uma homenagem ao filme Orfeu Negro, de Marcel Camus. “Preta” tem participação de Tássia Reis e é uma declaração de amor. “Beira Mar” é a primeira música que o artista escreveu na vida e é uma homenagem à Avenida Beira Mar, em Vitória (ES), sua cidade natal. “Sorte das Marés” fala sobre despedidas e a falta de controle que temos da vida. “O Negro Quando Canta” é uma saudação a todas as pessoas pretas que sabem a vivência da pele que habitam e que muitas vezes não foram reconhecidas como mereciam. “Aonde o Sol se Esconde” fala sobre preservar a força dentro de si, mesmo quando o mundo não permite por causa da sua cor da pele. “SP” conta sobre o caos que é a percepção de quem acabou de se mudar para São Paulo. “Me Abraça”, com participação da Tuyo, é uma canção sobre acolhimento e respeito ao tempo. E, fechando o álbum, “Teu Pretim Remix”. Com produção de Rafa Dias (RDD, ÀTTØØXXÁ) e participação de Drik Barbosa, é um presente para quem já gosta do hit do artista.

E assim renasce Fabríccio. Artista genuinamente brasileiro que representa o que se pode chamar de Nova MPB. “Cada faixa reúne as escolas musicais que a vida me trouxe, desde os instrumentos clássicos de banda de rock, até o impacto dos mesmo instrumentos sendo tocados no reggae, dos softwares de música que deram um loop eterno nessa vontade de criar música e misturar todas essas vivências. Tem muito dessa vontade doida e irresistível de criar o meu jeito de tocar cada um, misturar tudo isso, com histórias que eu vivi, o mais sincero que eu podia, contando histórias com as letras, com os samples, instrumentos”, explica. “Literalmente Música Popular Brasileira, celebrando, sobrevivendo e buscando. Me expressar por inteiro, como ser, não só pela via dos estereótipos e das violências físicas, psicológicas e sexuais que a selva me impõe. É sobre se recriar todo dia, pra sobrar alguma ternura no dia seguinte, para compor, cantar, amar e continuar vivo”.

Como multi-instrumentista, Fabríccio assina a produção musical e composições presentes nas 15 faixas. Exceto o remix ‘’Teu Pretim’’, com participação de Drik Barbosa, produção de Rafa Dias (RDD, ÀTTØØXXÁ) e o guitarrista Bill Saramiolo (Soul Connection). Mixagem e masterização de Jone BL.

Esse renascimento aconteceu com a gestão de carreira realizada pela Zeferina Produções, potente duo formado por Ciça Pereira e Tainá Ramos. Camila Tuon e Gabiru, da CeGê, assinam a direção criativa ao lado de Louis Rodrigues e Vinicius Texeira, da MOOC, e da produtora de audiovisual NOYSE.

Para além da ressignificação da carreira do artista, SELVA reforça o significado das experiências pessoais de um homem preto e formas de ver o mundo, com extensão e identificação a tantos semelhantes que sonham ou sonharam em se relacionar com a arte. Pelo entendimento de que masculinidade preta vai além de estereótipos.

OUÇA SELVA: https://links.altafonte.com/selva 

A CAPA

O artista plástico paulistano Pegge assina a capa de SELVA. A obra é o resultado do encontro de dois artistas que se reconhecem e se conectam através de suas vivências e sentimentos.

“Eu faço bastante auto retrato, falo sobre emoções comprimidas, infância, o hoje. Eu trabalho com a minha imagem e sobretudo com o que ela representa. Então casou muito com a ideia do que o Fabríccio canta, que é afeto, amor, sentimento. Juntar os dois foi só o caminho que a gente tava querendo seguir. Pelo menos eu queria muito já trampar com ele” conta Pegge. “No meu caso, que escrevo e canto, me ajuda também a expandir esse ‘universo’ musical pessoal através do olhar só outro, com outra forma de arte, mas falando do mesmo assunto, com histórias parecidas, medos e sonhos parecidos. Falando de afeto, corpos pretos, de um ponto de vista masculino e de todas as infinitas sutilezas que falar sobre ‘afeto’ traz à tona. Além do resultado da tela dispensar comentários, é um encontro real de dois caras pretos que conseguem se ver um no outro, e tem consciência de quanto isso é transformador”, declara Fabríccio.

A capa traz o conceito de renascimento. Por isso, Pegge retratou a selva nascendo de Fabríccio, como se tudo o que ele plantou durante a sua história estivesse agora florescendo. Ele veste uma camiseta com a estampa da carta de tarô “O Sol”, representando o grande astro de luz própria, e aparece com expressão serena. A luz e a paz em meio à selva.

Capa de SELVA, álbum de Fabríccio, por Pegge (Arte: Pegge)

FAIXA A FAIXA POR FABRÍCCIO

1. “Teu Pretim”

Essa faixa tem muito dessa minha identificação com essa fusão do Funk Americano com esse jeito brasileiro de fazer canção, falar de afeto e mesclar o groove das diferentes diásporas pretas através das gerações. Me lembro das primeiras escutas de sons da Black Rio, Farofa Carioca e das primeiras escutas mais atentas a escrita do Djavan. Assim como boa parte das músicas aqui é sobre afeto, essa especificamente é sobre o que há de mais sutil em se apaixonar, o dialeto particular que vai se construindo a cada encontro, os detalhes que criam as imagens mentais e sensoriais de saudade, a beleza dos detalhes, dos encontros, sorrisos e memórias.

2. “Amor e Som”

Um mantra pessoal sobre essa alegria de poder criar música, escrever letras e da reciprocidade com a qual a energia que eu coloco nisso volta pra mim em forma de inspiração e vivências que às vezes parecem filmes que eu já vi, ou quis ver. Sentimentos e vontades que eu às vezes esqueço que consigo sentir e transmitir através da minha música, fala e presença.

3. “O Poder do Machado de Xangô”

Não por acaso tem o mesmo nome do documentário do Pierre Verger, sobre a história de Balbino, um baiano que sonha em ir à África conhecer os cultos originais de seus ancestrais. Eu precisava escrever algo novo e me deparei com esse documentário, assisti, chorei por diversas vezes e assim que acabou senti uma vontade intensa de contar aquela história com música. Ela veio com uma “cara” meio que pronta, a melodia/letra fluíram juntas e ali escrevi ela e criei um pré arranjo no violão.

4. “Foge Comigo”

Aquelas noites em que a cidade tem milhares de coisas acontecendo, você está entre várias pessoas, música alta, mas vem até você aquela voz, presença, pessoa, proposta que você iria pra outro lugar.

5. “Dia de Ver o Meu Bem” 

Essa canção é sobre o tempo que a gente tenta ter sempre que possível para passar um tempo com quem consegue fazer o tempo parar aí dentro de você, que não sai da sua mente. É sobre esses dias.

6. “Bossa Velha” 

Eu ganhei essa música de presente da Thais Uchôa há anos. Ela me disse “toma nego, essa vai ficar linda na sua voz, grava um dia”. E anos depois, cá estamos. Para mim, foi uma alegria imensa produzir o arranjo para essa música. Poder pintar como quem pinta uma tela, uma tentativa de imprimir as sensações que essa letra me desperta da forma mais sutil que eu pude. Tocando, sampleando e cantando com o carinho de quem se declara como na canção. “Se o caso for de te esperar, eu espero o tempo que levar”.

7. “Orfeu”

Também inspirada em cinema, no filme Orfeu Negro, de Marcel Camus. Assim como em “O Poder do Machado de Xangô”, eu estava buscando referências para escrever coisas novas e, mais uma vez, fui capturado pela identificação pela história do Orfeu e pela vontade de contar aquilo do meu jeito, com música. O universo do filme conversa muito com o que tento criar cantando.

8. “Preta”

Uma honra gravar essa com a Tássia Reis. É uma das primeiras músicas que eu escrevi na vida e, anos depois, gravei com a preta que eu mais ouvia já naquela época. Essa é uma declaração de amor, de afeto, de saudade.

9. “Beira Mar”

Primeira música que escrevi na vida, é totalmente sobre minha cidade Vitória (ES), que é uma ilha. Tem uma Avenida chamada Beira Mar, que é o cenário dessa tentativa de reconciliação.

10. “Sorte das Marés” 

Sobre despedidas e da implacável constatação de que a vida simplesmente acontece e controlamos bem pouco, sobretudo em relação ao que sentimos. Carregada de lembranças e da constante atenção e carinho, as sutilezas e detalhes das relações.

11. “O Negro Quando Canta”

Me lembro de tantas vezes em que senti meu corpo físico em risco literal na rua, em comércios… Pensamentos de quem já sentiu medo ser punido por algo que não fez, que pensa 300 vezes na roupa antes de sair, nunca esquece identidade e se possível paga antes, guarda a nota fiscal. Eu poderia relatar várias, mas como isso não é só sobre mim, me inspirei na reflexão de que boa parte das pessoas nas quais me inspiro para fazer música vivenciaram isso, mesmo no auge de sua carreira, como Miles Davis. E é sobre como alguns partem sem ter reconhecimento em vida, enquanto alguém se apropria de sua criação e enriquece durante geração. Essa canção é uma saudação a todos, inclusive aos que não tiveram tempo de sonhar.

12. “Aonde o Sol se Esconde”

Às vezes eu me sinto forte, um rei como deve ser, em respeito aos meus ancestrais. Mas às vezes eu me sinto fraco, para mais um dia com os mesmos clichês e situações muitas vezes perigosas que a cor da minha pele desperta no imaginário popular. Não há para onde fugir, a não ser para dentro de si, se recolher para voltar mais forte, aprender a preservar esse lugar dentro de si. Tão longe o quanto puder para dentro, tão longe o quanto puder pra fora, até onde seu olho alcance, para além do horizonte.

13. “SP” 

Pela primeira vez morando em São Paulo (SP), indo encontrar uma pessoa pela primeira vez, no horário de pico do metrô, com um medo danado de descer na estação errada e com uma saudade danada do mar.

14. “Me Abraça”

O tempo corre e às vezes nos faltam pernas para acompanhar. A vida fica corrida, o dia curto e o tempo para o afeto e para viver além de produzir e consumir vai diminuindo. O abraço é um símbolo dessa ação de expressar carinho, afeto, cuidado, abraçar, ser abraçado e nunca desaprender a abraçar a si mesmo.

15. “Teu Pretim (REMIX)”

Uma honra ter uma canção minha remixada com dois artistas que eu já admiro muito. A Drik Barbosa é extremamente criativa e chegou lindamente nas melodias e nas rimas, os adlibs… eu realmente fiquei emocionado em ouvir pela primeira vez depois que tava pronto. O Rafa Dias eu admiro e me identifico muito. Por eu produzir também, amo ouvir a forma que cada um tem de ver a música, produzir, propor ideias. Sempre aprendo muito e fiquei feliz demais com a vibe que o Rafa trouxe.

FICHA TÉCNICA

1. “Teu Pretim”

Letra, Produção Musical: Fabriccio

Guitarras: Bill Saramiolo

Teclados, Bateria, Baixo, Percussão, Vozes: Fabriccio

Mix Master: Jone B

2. “Amor e Som”

Letra, Produção Musical: Fabriccio

Teclados, Bateria, Baixo, Guitarras, Vozes, Colagens: Fabríccio.

Mix, Master: Hataka 

3. “O Poder do Machado de Xangô”

Letra, Produção Musical: Fabriccio

Teclados, Baixo, Bateria, Percussões, Vozes: Fabriccio 

Mix Master: Jone BL

4. “Foge Comigo”

Letra, Produção Musical: Fabriccio

Teclados, Sintetizadores, Guitarras, Baixo, Bateria, Vozes, Percussões: Fabríccio

Mix Master: Jone BL

5. “Dia de Ver o Meu Bem” 

Letra, Produção Musical: Fabriccio

Teclados, Sintetizadores, Guitarras, Vozes, Baixo, Bateria: Fabriccio

Mix Master Jone BL

6. “Bossa Velha” 

Composição/Letra: Thais Ochoa

Produção Musical: Fabriccio

Voz, Baixo, Teclados/sintetizadores, Bateria, Percussão: Fabriccio

Mix, Master: Jone BL

7. “Orfeu”

Letra, Produção Musical: Fabriccio

Voz, Violão, Guitarra, Baixo, Teclados/sintetizadores, Bateria, Percussão: Fabriccio

Mix, Master: Jone BL

8. “Preta”

Letra, Produção Musical: Fabriccio

Participação: Tássia Reis 

Voz, Baixo, Teclados/sintetizadores, Bateria, Percussão: Fabriccio

Mix, Master: Jone BL

9. “Beira Mar”

Letra, Produção Musical: Fabríccio

Voz, Guitarra, Baixo, Teclados/sintetizadores, Bateria, Percussão: Fabriccio

Mix Master: Jone BL

10. “Sorte das Marés” 

Letra, Produção Musical: Fabriccio

Teclados, Sintetizadores, Baixo, Vozes, Bateria: Fabriccio

Mix, Master: Jone BL

11. “O Negro Quando Canta”

Letra, Produção Musical: Fabriccio

Voz, Teclados, Baixo, Guitarras: Fabríccio

Mix, Master: Jone BL

12. “Aonde o Sol se Esconde”

Letra, Produção Musical: Fabriccio

Teclados, Sintetizadores, Vozes, Bateria, Baixo, colagens: Fabríccio.

Mix, Master: Jone BL

13. “SP” 

Letra, Produção Musical: Fabriccio

Voz, Guitarra, Baixo, Teclados/sintetizadores: Fabriccio

Mix, Master: Jone BL

14. “Me Abraça”

Letra, Produção Musical: Fabríccio

Participação: Tuyo

Voz, Violões, Guitarra, Baixo, Teclados/sintetizadores, Bateria, Percussão: Fabriccio

Mix, Master: Jone BL

15. “Teu Pretim (REMIX)”

Produção musical: RDD

Letra: Fabriccio / Drik Barbosa

Mix, Master: Jone BL

SOBRE FABRÍCCIO

Fabriccio, nome artístico de Fabriccio Oliveira, é natural de Vitória (ES). É um dos nomes da  nova MPB, no circuito musical alternativo. Além de compor, é multi-instrumentista e atua como produtor musical. Suas canções dialogam sobre afetividade preta, sensibilidade masculina, espiritualidade  e autoconhecimento. Morador da ilha, tem um contato muito presente com o mar, o que permite que essa sintonia vital se reflita em sua musicalidade. Em 2012, lançou de maneira independente o EP Desajeito, que alcançou  espaços inesperados. Desenvolveu a faixa “Feito Tamborim”, que chegou a fazer parte da coletânea internacional AMPLIFICADOR – Novíssima Música Brasileira, ao lado de nomes como  Nômade Orquestra, Boogarins e Curumin. Seu primeiro álbum, Jungle, foi lançado em 2017 e conta com participações de Tássia  Reis e Luedji Luna. A construção musical do álbum mescla com a MPB referências como  grooves do Reggae, Rock, R&B/Soul, Jungle/Drum Bass e Jazz. Em 2021, em comum acordo com sua antiga gravadora, o álbum Jungle foi extinto, dando lugar a SELVA, disco que traz as canções de Jungle ressignificadas e conta com a participação de Tássia Reis, Tuyo e  Rafa Dias (RDD, ÀTTØØXXÁ). Como base de tudo o que inspira a partir do seu estilo de vida e existência, SELVA é a narrativa de Fabríccio sob uma nova perspectiva. 

https://www.instagram.com/fabricciomusic/

SOBRE ZEFERINA PRODUÇÕES

Fundada por Tainá Ramos e Ciça Pereira, a Zeferina Produções é uma produtora de  impacto sócio cultural que atua especificamente em projetos e ações nas áreas de  música, artes visuais e demais linguagens artísticas. O propósito da Zeferina é promover e gerir idéias, projetos e pessoas que através da arte, da música e da cultura. Promovem transformações sociais relevantes com ações que variam desde a gestão de carreira, elaboração, captação e execução de projetos, aprovação em leis de incentivo, booking, consultoria e captação de recursos; produção executiva e consultorias. A Zeferina Produções traz para  o mercado cultural projetos artísticos e culturais de impacto que inovam o cenário atual e dialogam diretamente com demandas humanizadas e de diversidade, de forma jovem, antenada e conectada.

https://www.instagram.com/zeferinaproducoes/

SOBRE CEGÊ

Somos a dupla CeGê, Camila Tuon e Gabiru. Juntas propomos um novo movimento de  potências e realizações, com autenticidade e verdade em primeiro plano, para o  audiovisual. Nossa responsabilidade é abrir oportunidades para profissionais pretos, a partir de projetarmos uma visão de portas abertas para que outros sejam reconhecidos  e valorizados pelo seu intelecto. É da vivência e o entendimento de identidade nacional  que surgem as nossas principais referências, construções estéticas e intelectuais.  Atuamos na Direção Criativa e de Cena, Fotografia, Moda, Direcionamento de  Comportamento e Identidade. Manter a nossa rede de apoio e estarmos rodeadas por pessoas que entendam nossa  identidade e se sintam encorajadas a conquistar o que almejam, se tornou o nosso lema. 

https://www.instagram.com/ce.ge_/

SOBRE MOOC

Louis Rodrigues e Vinicius Texeira são diretores criativos e fundadores da MOOC.  Direcionam suas especialidades para uma variedade de mídias criativas, incluindo moda,  design gráfico, ilustração e imagem em movimento, direção de peças audiovisuais,  campanhas publicitárias e conteúdos de marcas. MOOC, ou Movimento Observador Criativo, é uma agência de  criação e cultura, que por meio de olhares genuínos, traduz linguagens para gerar  impacto. Fundada em 2015, desenvolve projetos multidisciplinares nas áreas de estratégia,  concepção criativa e produção para marcas globais como Facebook, Netflix, Budweiser,  Nike, P&G, Afropunk e nomes como, Mano Brown, Elza Soares, Iza, Ludmilla, Rincon  Sapiência e Sandra de Sá.

https://www.instagram.com/wearemooc/

SOBRE NOYSE

A NOYZE é uma produtora audiovisual que atua no mercado desde 2015. Nossa missão é sempre propor alternativas humanas e respeitosas dentro do mercado, produzindo imagens de impacto e excelência, que refletem a nossa criatividade, vivências e cultura. Composta por criativos das áreas de produção, vídeo, fotografia e pós produção, a NOYZE se fortalece no mercado com um histórico de clientes como Facebook, Brahma, Itaú, Budweiser, Kraft Heinz, Warner BR, Grey Goose, entre outros.

https://www.instagram.com/noyse.ag/

SOBRE PEGGE

Artista plástico focado nas experiências urbanas dos jovens negros periféricos de São Paulo, Pegge pinta seus sentimentos pela cidade e suas relações humanas, colocando a figura do negro em suas obras. Criado sem pai, quando criança, ele se chamava “mecânico de desenho” porque estava deitado no chão e rabiscava sob as cadeiras. Ele passou a infância e a adolescência desenhando centenas de desenhos e jogando quase todo mundo fora. Aos 12 anos, Pegge perdeu parcialmente a visão, tudo o que viu foram rostos embaçados. Ele olhou para dentro, procurou a cura e agora vê claramente o mundo além dos horizontes. Em uma tela reutilizada e em tintas infantis, Pegge pintou sua primeira obra em fevereiro de 2018. Em pouco mais de um ano, produziu mais de 60 pinturas. Ele assina todos os seus trabalhos como Lo-Fi, o tipo de produção musical de baixo custo usada no passado, onde a filosofia era “o melhor momento é agora”.

https://www.instagram.com/pegge_/

** ESTE ARTIGO É DE AUTORIA DE COLABORADORES OU ARTICULISTAS DO PORTAL GELEDÉS E NÃO REPRESENTA IDEIAS OU OPINIÕES DO VEÍCULO. PORTAL GELEDÉS OFERECE ESPAÇO PARA VOZES DIVERSAS DA ESFERA PÚBLICA, GARANTINDO ASSIM A PLURALIDADE DO DEBATE NA SOCIEDADE. 

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