Ficções de candomblé e capoeira dão o tom ao livro de Muniz Sodré

A magia do candomblé e a ginga da capoeira dão o tom dos 18 contos reunidos por Muniz Sodré em SANTUGRI. Publicado originalmente em 1988, a obra ganha agora nova edição, com dois contos inéditos: A filha de Obá e O cágado na cartola. De maneira simples e envolvente, como uma boa conversa, o autor apresente o universo de personagens marcados pela cultura negra. Desde Edna, que vive em São Paulo mas vem de família ligada ao candomblé, ao pescador João, que engrossa o orçamento como mágico de festas infantis. Aclamado pela crítica e pelos leitores, o livro foi traduzido para o alemão, ganhou montagem de um de seus contos no teatro e inspirou ainda canções de João Bosco. A nova edição de SANTUGRI chega às livrarias na próxima semana pela JOSÈ OLYMPIO EDITORA

A magia da África negra, representada no Brasil pela capoeira e pelo candomblé são a inspiração para os contos que compõem SANTUGRI, obra de Muniz Sodré. Publicada originalmente em 1988, o livro propõe uma visão autêntica, e muito bem-humorada, da cultura negra.

Nesta reedição, somam-se aos 16 contos mais dois ainda não publicado: Uma filha de obá e O cágado na cartola. No primeiro, conta a história de Edna, uma mulher que vem da uma família de tradição no candomblé, mas que não segue a religião. Apenas brinca com sua mitologia para decifrar os que estão a sua volta. No segundo conto, conta a história de um pescador, João “Changue” Souza, que para equilibrar o orçamento faz vezes de mágico.

Escrito de maneira fluida, como uma boa conversa, SANTUGRI cativou leitores nacionais e internacionais. Teve alguns de seus contos traduzidos para o Almeão. Ganhou também a adaptação do conto Vovó chegou para jantar pelas mãos da diretora teatral Carmen Luz e ganhou homenagem dos compositores João e Francisco Bosco n canção “Convocação” no disco Mil e uma aldeias.

Muniz Sodré de Araújo Cabral nasceu em 12 de janeiro de 1942, na cidade de São Gonçalo dos Campos, Bahia. Passou a infância na cidade de Feira de Santana. Em Salvador, iniciou sua vida profissional como jornalista no Jornal da Bahia e como tradutor no Departamento de Turismo da Prefeitura.

Com mestrado em Sociologia da Informação na Sorbonne, e doutorado em Letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro, é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi presidente da Fundação Biblioteca Nacional.

Escreveu vários livros sobre comunicação e cultura no Brasil e cinco de ficção. Este é seu primeiro trabalho de ficção publicado.

 

Fonte: 45Graus

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