Filho da presidenta da Unegro, Santa Alves, é assassinado

Morreu, na madrugada deste sábado (28), Bruno Alves de Oliveira Feitosa, 26 anos, filho de Santa Alves, presidenta da Unegro em Brasília. O jovem foi esfaqueado enquanto andava com um grupo de amigos, em Sobradinho II. Amigos de Santa Alves, ao se solidarizarem com a ativista, destacam que Bruno foi mais uma vítima do extermínio de jovens negros.

Por Márcia Xavier , no Portal Vermelho 

Para Carlos Scaldaferri, ouvidor nacional na Secretaria Promoção de Políticas da Igualdade Racial (Seppir), “Bruno é mais um jovem negro que é vítima desse sistema perverso no qual a carne negra é sempre a desvalorizada, a sem importância”. Nas redes sociais, onde centenas de amigos e militantes se solidarizaram com Santa Alves, Scaldaferri afirmou que “não deixaremos Bruno ser apenas mais uma estatística, lutaremos mais aguerrido para acabar com esse extermínio da nossa juventude negra.”

A secretária-adjunta da Secretaria nacional da Juventude, Ângela Guimarães, lamentou a morte prematura de Bruno Alves, dizendo ser lamentável “qualquer notícia que resulta deste sistemático extermínio programado a que a juventude negra está submetida no país.”

De acordo com informações da Polícia Civil, Bruno, acompanhado de alguns amigos, estava andando no bairro de Sobradinho II, onde morava com a família, quando avistaram uma pessoa agachada na esquina. Essa pessoa falou algo que não foi compreendido pelo grupo e a partir daí, começou uma confusão. Após o bate-boca, Bruno Feitosa se virou para ir embora, mas foi atacado pelo suspeito e os dois entraram em luta corporal.

Segundo informações das testemunhas, os amigos conseguiraram tirar Bruno da posse do envolvido. No entanto, notaram que o jovem estava sangrando. A vítima foi atingida na altura do tórax. Logo em seguida, o suspeito perseguiu o grupo com uma faca por meio quarteirão, antes de fugir do local do crime. A 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho II) investiga o caso.

O velório de Bruno Alves terá início às 9 horas deste domingo (29) na capela 4, no cemitério Campo da Esperança, de Sobradinho II (S/n, AR-7 Setor Oeste). O sepultamento será às 15 horas.

Do Portal Vermelho
De Brasília, Márcia Xavier

+ sobre o tema

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...

para lembrar

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...
spot_imgspot_img

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro no pé. Ou melhor: é uma carga redobrada de combustível para fazer a máquina do racismo funcionar....

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a categoria racial coloured, mestiços que não eram nem brancos nem negros. Na prática, não tinham...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira (27) habeas corpus ao policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, réu por assassinato de Guilherme Dias...