Fundação sul-africana quer firmar parcerias com a Seppir

Educação e cultura deverão ser foco de colaboração entre os dois países

O diretor da Fundação sul-africana Steve Biko, Nkosinathi Biko, propôs hoje (08) à Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, uma série de parcerias voltadas para o desenvolvimento de lideranças negras da África do Sul e brasileiras. O gestor cumpre no Brasil uma agenda que inclui passagens por São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, onde visita o Instituto Cultural Steve Biko, criado em 1992 com a proposta de qualificar jovens negros para o ingresso no ensino superior.

Na opinião da ministra Luiza Bairros, a Fundação pode estabelecer colaborações com a Seppir e com organizações negras brasileiras, visando prioritariamente as áreas da educação e da cultura. “O ensino de idiomas é uma linha de intercâmbio muito importante para estudantes brasileiros e sul-africanos”, declarou a titular da Seppir. Para o embaixador da África do Sul no Brasil, Mohakama Dbete, que participou da audiência, essa diretriz é fundamental para a atuação profissional no mundo globalizado.

No encontro também foram abordadas possibilidades de parcerias para edição de obras literárias sobre as culturas dos dois países. Sobre este ponto, a ministra destacou que ícones africanos como Steve Biko e Nelson Mandela, temas de publicações a serem resgatadas, são referência para o movimento negro do Brasil.

Nkosinathi é filho de Steve Biko, um dos maiores ícones da luta contra o apartheid, política racial implantada na África do Sul no século passado. Esse regime segregacionista reservava o direito a voto à minoria branca, que também detinha todo poder político e econômico no país, enquanto à imensa maioria negra restava a obrigação de obedecer rigorosamente à legislação separatista. Nkosinathi assume a direção da Fundação, que é dedicada ao legado de Steve Biko e a projetos de empoderamento e desenvolvimento de lideranças.

Fonte: SEPPIR

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