Geledés – Instituto da Mulher Negra está presente na COP29, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Baku, Azerbaijão, acompanhando as principais agendas de negociação e intensificando sua atuação para incluir a perspectiva afrodescendente nos documentos e recomendações. A meta é que o combate às desigualdades raciais esteja refletido nas áreas de adaptação, financiamento, transição justa, gênero e perdas e danos.
Para contribuir com o conteúdo das negociações, o Instituto elaborou recomendações específicas. No Brasil, essas contribuições foram enviadas aos Ministérios das Relações Exteriores, Meio Ambiente e Igualdade Racial, e, no âmbito internacional, foram apresentadas à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). As recomendações abordam temas como o Objetivo Global de Adaptação (GGA), a Transição Justa, o Plano de Ação de Gênero e a Nova Meta Coletiva Quantificada sobre Financiamento Climático (NCQG), reafirmando a importância de integrar as agendas de raça e gênero de forma transversal.
A população afrodescendente, estimada em cerca de 300 milhões de pessoas globalmente, segundo o Grupo de Trabalho de Especialistas em Afrodescendentes, é parte essencial da história e do desenvolvimento econômico, político, ambiental e social das nações na América Latina e no Caribe.
O objetivo do Geledés é assegurar a incorporação do binômio raça e gênero em todas as discussões, visando concretizar metas e objetivos mais sólidos de justiça climática e reduzir as violências que afetam a população afrodescendente, em especial mulheres e meninas afrodescendentes. O Instituto também busca aprofundar a agenda de direitos para essa população, participando ativamente das negociações em curso em Baku, durante a COP29.Letícia Leobet – assessora internacional de Geledés Instituto da Mulher Negra
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