Horizonte e os negros

Fonte: Blog do Laruiberto –

Um intercâmbio cultural sobre as raízes africanas será realizado no município de Horizonte amanhã (27). A comunidade Quilombola de Alto Alegre receberá a visita de 50 estudantes de Guiné-Bissau a partir das 15 horas. O grupo vai conhecer os projetos de resgate da cultura, cidadania e inclusão social desenvolvidos pela Prefeitura de Horizonte, além de participar de apresentações artísticas e culturais. As atividades do dia serão encerradas com a quinta edição do concurso a “Mais Bela Negra de Horizonte”. Os estudantes de Guiné-Bissau serão recebidos pelos horizontinos na sede da Associação dos Remanescentes de Quilombos de Alto Alegre e Adjacências (Arqua).

Na programação, também estão incluídas demonstrações de figurinos e penteados africanos e a apresentação do musical “Vozes Nagô”. O espetáculo, desenvolvido pelos bailarinos de Academia de Artes Vania Dutra, de Horizonte, resgata a história da cultura afrobrasileira e do negro horizontino por meio da música e da dança contemporânea. Segundo relatam os moradores mais antigos da região, a história da comunidade surgiu com a fuga do escravo Negro Cazuza de um navio ancorado na Barra do Ceará, no final do século XIX, seguindo em direção ao interior do Estado. Alguns dias depois, chegou em Alto Alegre, onde firmou raízes. Seus descendentes foram, então, povoando a área e, atualmente, as famílias já são a quinta geração de quilombolas vivendo na região. A luta pelo reconhecimento teve início em 2003, a partir do Decreto Presidencial Nº 4.887, que determinou a identificação e demarcação e registro das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos, prevista na Constituição.

Considerada uma das mais importantes partes da identidade antropológica do município, a comunidade teve seu reconhecimento formal em maio de 2005, quando foi considerada remanescente dos Quilombos pela Fundação Palmares. O documento agora ocupa lugar de destaque na sala principal da Associação dos Remanescentes de Quilombos (Arqua), fundada em maio de 2005, que reúne a história da comunidade, onde são realizados cursos e oficinas de conscientização, arte e cultura. Hoje, a comunidade tem mais de 500 famílias e as heranças da cultura negra presente em Horizonte estão por toda parte. As ações também chegam aos professores da Rede Municipal de Ensino, que levam o conhecimento para o dia-a-dia das salas de aula. Destaque também para a produção de peças artesanais e para o grupo de capoeira da comunidade

Mais informações sobre o assunto com a AD2M Engenharia de Comunicação, responsável pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Horizonte. Falar com Ludmila Vitorasso (9156.0038) ou Gabriela Alves (8849.6038) pelo fone 3258.100

Matéria orignal

+ sobre o tema

para lembrar

APAN participa de audiência pública para debater futuro das políticas afirmativas no audiovisual

No próximo dia 3 de setembro, quarta-feira, a Associação...

Condenação da Volks por trabalho escravo é histórica, diz procurador

A condenação da multinacional do setor automobilístico Volkswagen por...

Desigualdade de renda e taxa de desocupação caem no Brasil, diz relatório

A desigualdade de renda sofreu uma queda no Brasil...

Relator da ONU critica Brasil por devolver doméstica escravizada ao patrão

O relator especial da ONU para formas contemporâneas de...

ECA Digital

O que parecia impossível aconteceu. Nesta semana, a polarização visceral cedeu e os deputados federais deram uma pausa na defesa de seus próprios interesses...

ActionAid pauta racismo ambiental, educação e gênero na Rio Climate Action Week

A ActionAid, organização global que atua para a promoção da justiça social, racial, de gênero e climática em mais de 70 países, participará da Rio...

De cada 10 residências no país, 3 não têm esgoto ligado à rede geral

Dos cerca de 77 milhões de domicílios que o Brasil tinha em 2024, 29,5% não tinham ligação com rede geral de esgoto. Isso representa...